Big Brother: princesa Diana era espiada, seguida e escutada
No fim de contas, Diana de Gales tinha razões para estar preocupada com a sua privacidade. A mulher que mais vezes foi capa de revistas e jornais em todo o mundo tinha a sua vida vigiada quase 24 horas por dia. Na biografia, agora publicada pelo "The Times", o advogado que representou Mohamed al-Fayed, pai de Dodi al-Fayed, explica que é "completamente razoável que a princesa Diana pensasse viver num Big Brother, que as suas conversas estavam a ser gravadas e as suas viagens eram controladas". Vídeos dos últimos momentos da princesa, apanhados pelas câmaras de vigilância, o nome do restaurante onde jantou antes do acidente, com quem viajava: todas essas informações vieram a público devido ao constante aparato noticioso que envolveu a vida de Diana e que perpetuou a especulação em torno da sua morte.
Só na internet, existem aproximadamente 36 mil teorias sobre a morte de Diana e muitas mais poderão surgir enquanto o caso não for totalmente encerrado. Michael Mansfield, de 67 anos, também tem a sua versão da história. O advogado que acompanhou de perto a morte de Diana e de Dody al-Fayed recusa acreditar que "esta foi só mais uma trágica história". Ou, acrescenta, "até pode ser o caso, mas isso é o que 'eles' querem que todos pensemos".
No livro, o advogado explica o que aconteceu no dia do veredicto. "No dia 7 de Abril de 2008, o júri não decidiu apenas que foi um trágico acidente. Foi apontada a negligência do motorista do carro em que seguia Diana e dos quatro paparazzis que a perseguiam no túnel da Ponte d'Alma."
Nos excertos agora divulgados, Mansfield faz questão de salientar outras questões dúbias, como é o caso do desaparecimento de uma caixa na qual estavam documentos pessoais de Diana, o motorista desaparecido do Fiat branco envolvido no acidente ou mesmo a soma considerável de dinheiro que foi transferida para a conta de Henri Paul, motorista da princesa, três meses antes do acidente - do qual foi o único sobrevivente. Apesar da sua importância para o resultado do julgamento, estes aspectos nunca foram considerados como provas. Marta Cerqueira
Fonte: ionline