Greve de pilotos na TAP
O normal funcionamento dos aeroportos nacionais irá ser novamente afectado. Depois da greve dos pilotos da Portugália e dos trabalhadores de terra, é agora a vez dos pilotos da TAP não levantarem voo. A paralisação está marcada para hoje e amanhã, quinta e sexta-feira, e deverá custar 10 milhões de euros à companhia nacional.
A TAP garantiu que vai fazer tudo o que estiver dentro da lei para assegurar o transporte dos passageiros que têm viagem marcada para os dias de greve. No entanto, admite atrasos e até mesmo o cancelamento de alguns voos.
Para minimizar os efeitos da greve, a TAP aconselha os viajantes a consultarem o site da companhia, que irá disponibilizar informação actualizada sobre a paralisação, antes de irem para o aeroporto. Em "www.flytap.pt" estará disponível o horário dos voos e respectivos atrasos. Os passageiros poderão ainda remarcar as suas viagens para outro dia, sem que sejam penalizados, nomeadamente no que diz respeito à alteração de tarifas. Ficam, no entanto, sujeitos à disponibilidade real de cada voo, explicou ao JN fonte oficial da TAP.
E para que os serviços mínimos sejam assegurados, estão já confirmados um voo diário para o Luxemburgo e outro para Luanda, além da totalidade das ligações para os Açores e de oito voos diários para a Madeira. Os voos de médio curso serão feitos pela PGA. Já os de longo curso serão assegurados por aviões fretados de outras companhias aéreas.
Os sindicatos consideram a substituição de voos e pilotos por serviços externos à TAP ilegal, e apelam ao Governo que obrigue a empresa a cumprir a lei. Numa carta enviada ontem ao ministro da tutela, o sindicato denuncia aquilo que considera ser uma "violação" do Código do Trabalho. Segundo a lei, "a tarefa do trabalhador em greve não pode, durante esta, ser realizada por empresa contratada para esse fim, salvo em caso de incumprimento dos serviços mínimos".
Na origem da greve está a luta dos pilotos por um aumento salarial médio de 600 euros. Já a administração da TAP diz que a reivindicação passa por subidas no salário que podem chegar aos mil euros. A totalidade das reivindicações dos 800 pilotos representa um aumento de encargos de 11,5 milhões.
Fonte: JN