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A jornalista foi condenada a pagar uma multa de 500 libras sudanesas (140 euros) e, em caso de não pagamento, deve cumprir uma pena de um mês de prisão, disseram testemunhas aos jornalistas à saída do tribunal em Cartum. Os jornalistas não tiveram acesso à sala de audiências.

"Não vou pagar a multa, prefiro ir para a prisão", disse Lubna Ahmed al-Hussein à agência noticiosa francesa AFP por telefone.

No entanto, os seus advogados declararam que iam tentar convencê-la a pagar.

Lubna Ahmed al-Hussein foi detida pela polícia no início de Julho num restaurante de Cartum, juntamente com 12 outras mulheres, por "vestuário impróprio", quando usava calças largas e uma blusa comprida.

Dez das mulheres detidas na mesma altura foram depois chamadas pela polícia e chicoteadas 10 vezes cada uma.

A jornalista, que publica textos regularmente no jornal de esquerda "Al-Sahafa" e também trabalha para a Missão das Nações Unidas no Sudão, poderia ter sofrido a mesma punição, mas contestou a acusação e iniciou uma campanha pública para abolir uma lei controversa.

O artigo 152 do código penal sudanês de 1991, que entrou em vigor dois anos após o golpe de Estado do actual presidente Omar el-Béchir, prevê uma pena máxima de 40 chicotadas para quem "cometa um acto indecente, viole a moral pública ou vista roupas indecentes".

Fonte: JN