Morreu arquitecto António Portugal

ANTÓNIO PORTUGAL, (Murtosa, 1965-2009) e MANUEL MARIA REIS, (Marco de Canaveses, 1960)

O arquitecto António Portugal, autor, entre outros projectos, do Centro de Arte Graça Morais, em Vila Flor, faleceu hoje, no Porto, aos 44 anos, vítima de cancro, disse à Agência Lusa fonte do atelier onde trabalhava.


De acordo com a mesma fonte, o arquitecto encontrava-se doente há alguns meses e o seu estado de saúde agravou-se recentemente, tendo sido internado no Hospital de São João, onde viria a falecer.


O corpo de António Portugal encontra-se em câmara ardente na capela mortuária de Oliveira do Douro, onde se realiza sábado, às 15:00, a cerimónia fúnebre.


Nascido em Maio de 1965 em Murtosa, concelho de Aveiro, António Portugal estudou na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, onde concluiu os estudos em 1990.


Entre 1986 e 1990 colaborou com os arquitectos Carlos Prata e José Carlos Portugal, depois fundou atelier no Porto em conjunto com Manuel Maria Reis, e entre 2001 e 2008 foi professor na Escola Superior de Artes e Design, em Matosinhos.


Das suas obras, em conjunto com Manuel Maria Reis, destacam-se a transformação de um palacete em “Private Banking” do Banco Espírito Santo, Porto (2002-2006), Prémio João Almada, em 2006, a reabilitação parcial da Igreja Matriz de Caminha (1997-2007), e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em Portalegre (1992-1999), obra nomeada em 1998 para o Prémio Secil de Arquitectura.


Foi premiado, entre outros, com o “Highly Commended” - AR Awards for Emerging Architecture, em Inglaterra, em 2005, e participou em importantes certames na área profissional, nomeadamente na Bienal de Veneza - 10ª Exposição Internacional de Arquitectura, e na Bienal de Miami 2005, com a obra do restaurante na aldeia de Brufe, Terras de Bouro.


Num comunicado divulgado pela presidente do Conselho Directivo Regional Norte da Ordem dos Arquitectos, Teresa Novais, a instituição "lamenta profundamente" o falecimento de António Portugal, "que se revelou desde cedo como um dos mais promissores arquitectos da sua geração".


"O seu desaparecimento dá-se em pleno percurso profissional, numa fase de realização de projectos públicos importantes, como o Centro de Arte Graça Morais, em Vila Flor, ou a remodelação do edifício da antiga Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, para instalação da Reitoria", assinala a responsável.


António Portugal "deixa entre os colegas de profissão e o público atento a memória de um homem com elevado sentido ético na prática da arquitectura e da vida", sublinha a arquitecta Teresa Novais.


Fonte: ionline

POSTED BY Joana Vieira
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