Pixar em tribunal por réplica de candeeiro
Uma empresa de candeeiros norueguesa processou a Pixar e a Disney pela venda de uma réplica de um seu modelo, usado no primeiro filme de animação da empresa adquirida em 2006 pela Disney. A Pixar quer distribuir uma edição limitada em Blu-ray do filme Up - Altamente! acompanhado de um pequeno candeeiro que já se encontra em pré-venda na Amazon por 121 dólares (82,9 euros), com data prevista de lançamento para 10 de Novembro. O candeeiro tem sido a mascote da empresa de animação desde que em 1986 apresentou a curta- -metragem de animação Luxo Jr., realizada por John Lasseter - também responsável por Toy Story e outros filmes dos Pixar Animation Studios. O filme foi nomeado para melhor curta-metragem de animação nos Óscares e arrecadou diversos prémios em certames de animação por computador. "Luxo Jr. foi o primeiro filme animado em computador em que a história e as personagens eram mais importantes para os espectadores do que o facto de ter sido feito em computador", afirmou então Lasseter, que assumiu publicamente ter baseado os personagens (pai e filho) num candeeiro Luxo que tinha na sua secretária. A Luxo lançou comercialmente o candeeiro em 1937. Concebido por Jac Jacobsen e comercializado sob o modelo L-1, a empresa assegura no seu site que já vendeu mais de 25 milhões de exemplares. Segundo a queixa, aceite num tribunal de Nova Iorque no passado dia 3 e a que o DN teve acesso, a empresa reclama que a venda das réplicas com o nome Luxo Jr. pela Disney infringe a sua marca registada, é efectuada sem sua autorização e lhe causará "danos incalculáveis". A Luxo reclama ainda não ter sido consultada sobre a venda do modelo, de "qualidade inferior" e "que copia a Luxo", nem sobre partilha de receitas. O objectivo é a destruição das cópias ou poder decidir sobre o destino das mesmas. A empresa refere saber que a Pixar usa o candeeiro no seu logótipo mas sem qualquer "referência expressa" ao nome Luxo. Isso alterou-se com o anúncio da edição limitada de Up - Altamente! e também porque, desde 23 de Agosto, existe uma réplica animada de Luxo Jr., com quase dois metros de altura, num dos parques de entretenimento da Disney. A Pixar usou o nome de Luxo sem autorização no seu filme, assegura Brewer Amid no livro The Art of Pixar Short Films, mas tentou resolver o problema quando o filme teve sucesso. Segundo uma citação no site Cartoonbrew (www.cartoonbrew.com), "a animação por computador era tão nova que os responsáveis da Luxo nem sequer percebiam o que a Pixar tinha feito. 'Pensaram que pegámos em dois dos seus candeeiros e os animámos à mão'" afirmou Ralph Guggenheim, o responsável na Pixar pelo acordo inicial com a empresa norueguesa. Esta podia usar o filme nas suas apresentações comerciais e, em contrapartida, a Pixar podia usar o nome e distribuir o filme. A Disney não comenta a queixa por a desconhecer. Fonte: DN