Autárquicas: Costa «sozinho» no aeroporto
O debate entre todos os candidatos à Câmara Municipal de Lisboa (CML) na RTP, esta quarta-feira à noite, abriu com um tema quente da campanha: o aeroporto da Portela e o aeroporto de Alcochete. António Costa assumiu que deseja a desactivação da Portela alegando «razões de segurança, económicas e ambientais». O candidato do PS acabou «sozinho» na defesa da sua posição.
Pedro Santana Lopes, cabeça de lista da coligação «Lisboa com Sentido» acabou por conseguir, sem pedir, uma espécie de consenso. Pelo menos, para os próximos anos, todos defenderam a manutenção da Portela, mesmo que o aeroporto de Alcochete seja construído «por módulos».
Ruben de Carvalho, da CDU, reafirmou o seu desejo em manter a Portela a funcionar. «Podemos ter um pequeno aeroporto de proximidade e um grande aeroporto internacional, como muitas outras cidades. É exequível e desejável».
Especulação imobiliária na Portela
Luís Fazenda, o candidato do Bloco de Esquerda revelou que, por enquanto, o aeroporto de Lisboa deve ficar activo. Pode mesmo ser usado em actividades complementares ao de Alcochete. Encerrar a Portela, «o tempo o ditará». Mas o bloquista trouxe para o debate o facto do actual presidente da CML, António Costa, quer alterar «já o uso do solo dos terrenos da Portela», que segundo o PDM só prevê infra-estruturas aeroportuárias e alertou para o perigo da «especulação imobiliária».
Em resposta ao «perigo» lançado por Luís Fazenda, António Costa garantiu que quer definir o futuro destes terrenos na próxima revisão do plano director municipal «exactamente para evitar essa especulação» e garantir espaços verdes e espaços empresariais.
Todos os outros candidatos, dos partidos mais pequenos - PTP; PNR; MMS e MEP - também se acabaram por revelar contra o encerramento da Portela, seja porque «a capital precisa de um aeroporto», «pelos milhões que ali foram gastos», porque terá «consequências no comércio, turismo ou emprego». Apenas o PCTP/MRPP não deixou uma posição clara sobre o tema.
A sociedade Frente Tejo e a frente ribeirinha
O segundo tema a debate foi a frente ribeirinha e a Sociedade Frente Tejo, mais um dossier que tem animado a campanha na capital.
Pedro Santana Lopes voltou a criticar a Sociedade Frente Tejo e a alienação da autarquia nos projectos, garantindo que quer de volta à câmara poder de decisão sobre zonas nobres da cidade. António Costa defendeu-se com a oposição na Assembleia Municipal, que «chumbou» a participação da autarquia na sociedade. Em seguida, garantiu que todos os projectos da sociedade passam pela autarquia. «Apenas para pareceres», responderam Santana Lopes e Luís Fazenda.
O candidato do Bloco criticou ainda a «falta de discussão pública e a falta de concurso público» sobre o que está a ser realizado na zona do Terreiro do Paço e considerou isso «muito grave». «A CML devia ser parte da Sociedade, é inaceitável que não o seja» e é por isso «que acusamos a actual vereação de seguidismo em relação ao Governo».
A confusão das alterações do «trânsito» no Terreiro do Paço foi também abordada pelos vários candidatos. Principalmente pela falta de «discussão pública», lembrada por Ruben de Carvalho da CDU, «e entendimento com os comerciantes». Mas aqui o candidato comunista garantiu que «a culpa é toda do Dr. António Costa», e revelou que «a Sociedade Frente Tejo nada teve a ver com o assunto». Acrescentou ainda que «votou contra» as alterações na forma de circulação na Ribeira das Naus, todas «da responsabilidade de António Costa».
Fonte: IOL
Pedro Santana Lopes, cabeça de lista da coligação «Lisboa com Sentido» acabou por conseguir, sem pedir, uma espécie de consenso. Pelo menos, para os próximos anos, todos defenderam a manutenção da Portela, mesmo que o aeroporto de Alcochete seja construído «por módulos».
Ruben de Carvalho, da CDU, reafirmou o seu desejo em manter a Portela a funcionar. «Podemos ter um pequeno aeroporto de proximidade e um grande aeroporto internacional, como muitas outras cidades. É exequível e desejável».
Especulação imobiliária na Portela
Luís Fazenda, o candidato do Bloco de Esquerda revelou que, por enquanto, o aeroporto de Lisboa deve ficar activo. Pode mesmo ser usado em actividades complementares ao de Alcochete. Encerrar a Portela, «o tempo o ditará». Mas o bloquista trouxe para o debate o facto do actual presidente da CML, António Costa, quer alterar «já o uso do solo dos terrenos da Portela», que segundo o PDM só prevê infra-estruturas aeroportuárias e alertou para o perigo da «especulação imobiliária».
Em resposta ao «perigo» lançado por Luís Fazenda, António Costa garantiu que quer definir o futuro destes terrenos na próxima revisão do plano director municipal «exactamente para evitar essa especulação» e garantir espaços verdes e espaços empresariais.
Todos os outros candidatos, dos partidos mais pequenos - PTP; PNR; MMS e MEP - também se acabaram por revelar contra o encerramento da Portela, seja porque «a capital precisa de um aeroporto», «pelos milhões que ali foram gastos», porque terá «consequências no comércio, turismo ou emprego». Apenas o PCTP/MRPP não deixou uma posição clara sobre o tema.
A sociedade Frente Tejo e a frente ribeirinha
O segundo tema a debate foi a frente ribeirinha e a Sociedade Frente Tejo, mais um dossier que tem animado a campanha na capital.
Pedro Santana Lopes voltou a criticar a Sociedade Frente Tejo e a alienação da autarquia nos projectos, garantindo que quer de volta à câmara poder de decisão sobre zonas nobres da cidade. António Costa defendeu-se com a oposição na Assembleia Municipal, que «chumbou» a participação da autarquia na sociedade. Em seguida, garantiu que todos os projectos da sociedade passam pela autarquia. «Apenas para pareceres», responderam Santana Lopes e Luís Fazenda.
O candidato do Bloco criticou ainda a «falta de discussão pública e a falta de concurso público» sobre o que está a ser realizado na zona do Terreiro do Paço e considerou isso «muito grave». «A CML devia ser parte da Sociedade, é inaceitável que não o seja» e é por isso «que acusamos a actual vereação de seguidismo em relação ao Governo».
A confusão das alterações do «trânsito» no Terreiro do Paço foi também abordada pelos vários candidatos. Principalmente pela falta de «discussão pública», lembrada por Ruben de Carvalho da CDU, «e entendimento com os comerciantes». Mas aqui o candidato comunista garantiu que «a culpa é toda do Dr. António Costa», e revelou que «a Sociedade Frente Tejo nada teve a ver com o assunto». Acrescentou ainda que «votou contra» as alterações na forma de circulação na Ribeira das Naus, todas «da responsabilidade de António Costa».
Fonte: IOL