Benfica vence e assume liderança
Uma equipa de Jorge Jesus lidera pela primeira vez a Liga portuguesa. E o técnico bem o merece. O Benfica é uma máquina de golos, com um futebol avassalador, mesmo numa altura da época em que a qualidade dos adversários começa a subir. O Nacional saiu vergado da Luz, por 6-1, em mais uma demonstração de força de uma equipa que já deve deixar os rivais sem dormir.
Os primeiros 16 minutos até mostraram que há uma fórmula para parar a máquina de golos de Jorge Jesus, pelo menos durante algum tempo. Manuel Machado também é bom treinador e desenhou um 3x5x2 capaz de restringir os movimentos ao Benfica. Mas como o futebol não se esgota na táctica, emergiu o lado mais belo da modalidade: a criatividade. Aimar, o agora alegre e feliz Aimar, acelerou, descobriu Fábio Coentrão e o vilacondense ofereceu o 1-0 a Cardozo, aos 17’.
No primeiro remate, o Benfica chegava à vantagem e Jesus ganhava uma aposta. César Peixoto lesionou-se no aquecimento e o técnico lançou Fábio Coentrão em vez de adaptar Rúben Amorim ou desviar David Luiz para lateral. O jovem de 21 anos, potenciado por Jesus como tantos outros neste plantel, retribuiu a confiança do treinador com uma grande exibição. Tanto a atacar, como a defender. E foi dele o passe para o segundo golo do Benfica, marcado de cabeça por Saviola (40’). Um golo de devolveu a vantagem à equipa da Luz, depois de o Nacional ter empatado aos 27’, após um bom passe de Ruben Micael para Edgar Costa. O avançado madeirense, em fora-de-jogo, bateu Quim, naquele que viria a ser o primeiro erro grave da equipa de arbitragem.
Os insaciáveis
O Nacional mostrou na primeira parte (os melhores 45 minutos deste campeonato) que é uma boa equipa e que tem um jogador que merece transferir-se para um “grande” o mais depressa possível: Ruben Micael, um médio ofensivo com muita técnica nos pés e muito futebol na cabeça.
Mas os madeirenses, que depois mudaram para um 3x4x3, afundaram-se no segundo tempo. Porque caíram fisicamente, porque tiveram de arriscar mais e perderam o equilíbrio e, sobretudo, porque do outro lado esteve uma grande equipa. O Benfica é inegavelmente a formação que melhor joga em Portugal. À sagacidade táctica de Jorge Jesus junta-se um conjunto de jogadores de grande qualidade, quase todos a viver os melhores momentos da carreira. Cada toque de Aimar é uma delícia, como diria Maradona; Di María anda endiabrado; Saviola regressou aos tempos em que era a estrela da Argentina; Coentrão revelou-se um lateral esquerdo de enorme rotação e Cardozo não pára de marcar golos: já leva 11 no campeonato, num total de 15 em jogos oficiais.
O décimo golo do paraguaio na Liga voltou a ser de penálti, mas desta vez após uma falta inexistente sobre Aimar. O Nacional pode queixar-se deste lance aos 50’, mas o Benfica também viu um golo mal anulado (por fora-de-jogo) a Saviola (62’). O argentino, porém, bisou na recarga a um lance de Coentrão que Cardozo não foi capaz de finalizar (64’).
O Benfica impressiona pela criatividade, pela frescura física e pelo ritmo de jogo infernal, capaz de desfazer equipas de qualidade como o Everton ou o Nacional. E Jorge Jesus colocou o moral das tropas em valores elevadíssimos. Até os suplentes respiram confiança, como se viu com Nuno Gomes. Entrou e, 11 minutos depois fazia o 5-1, na recarga a um livre de David Luiz.
Outra característica deste Benfica é ser insaciável. Mesmo a golear nunca pára. E Cardozo ainda foi a tempo de marcar outro penálti, após falta sobre Ramires.
O Benfica volta à liderança nove meses depois e consegue a sétima vitória consecutiva, algo que não acontecia desde 2005/06. Mas a produção goleadora (30 golos em oito jornadas) é, acima de tudo, um excelente cartão de visita antes da cimeira de líderes, no sábado, em Braga.
Fonte: Público
No primeiro remate, o Benfica chegava à vantagem e Jesus ganhava uma aposta. César Peixoto lesionou-se no aquecimento e o técnico lançou Fábio Coentrão em vez de adaptar Rúben Amorim ou desviar David Luiz para lateral. O jovem de 21 anos, potenciado por Jesus como tantos outros neste plantel, retribuiu a confiança do treinador com uma grande exibição. Tanto a atacar, como a defender. E foi dele o passe para o segundo golo do Benfica, marcado de cabeça por Saviola (40’). Um golo de devolveu a vantagem à equipa da Luz, depois de o Nacional ter empatado aos 27’, após um bom passe de Ruben Micael para Edgar Costa. O avançado madeirense, em fora-de-jogo, bateu Quim, naquele que viria a ser o primeiro erro grave da equipa de arbitragem.
Os insaciáveis
O Nacional mostrou na primeira parte (os melhores 45 minutos deste campeonato) que é uma boa equipa e que tem um jogador que merece transferir-se para um “grande” o mais depressa possível: Ruben Micael, um médio ofensivo com muita técnica nos pés e muito futebol na cabeça.
Mas os madeirenses, que depois mudaram para um 3x4x3, afundaram-se no segundo tempo. Porque caíram fisicamente, porque tiveram de arriscar mais e perderam o equilíbrio e, sobretudo, porque do outro lado esteve uma grande equipa. O Benfica é inegavelmente a formação que melhor joga em Portugal. À sagacidade táctica de Jorge Jesus junta-se um conjunto de jogadores de grande qualidade, quase todos a viver os melhores momentos da carreira. Cada toque de Aimar é uma delícia, como diria Maradona; Di María anda endiabrado; Saviola regressou aos tempos em que era a estrela da Argentina; Coentrão revelou-se um lateral esquerdo de enorme rotação e Cardozo não pára de marcar golos: já leva 11 no campeonato, num total de 15 em jogos oficiais.
O décimo golo do paraguaio na Liga voltou a ser de penálti, mas desta vez após uma falta inexistente sobre Aimar. O Nacional pode queixar-se deste lance aos 50’, mas o Benfica também viu um golo mal anulado (por fora-de-jogo) a Saviola (62’). O argentino, porém, bisou na recarga a um lance de Coentrão que Cardozo não foi capaz de finalizar (64’).
O Benfica impressiona pela criatividade, pela frescura física e pelo ritmo de jogo infernal, capaz de desfazer equipas de qualidade como o Everton ou o Nacional. E Jorge Jesus colocou o moral das tropas em valores elevadíssimos. Até os suplentes respiram confiança, como se viu com Nuno Gomes. Entrou e, 11 minutos depois fazia o 5-1, na recarga a um livre de David Luiz.
Outra característica deste Benfica é ser insaciável. Mesmo a golear nunca pára. E Cardozo ainda foi a tempo de marcar outro penálti, após falta sobre Ramires.
O Benfica volta à liderança nove meses depois e consegue a sétima vitória consecutiva, algo que não acontecia desde 2005/06. Mas a produção goleadora (30 golos em oito jornadas) é, acima de tudo, um excelente cartão de visita antes da cimeira de líderes, no sábado, em Braga.
Fonte: Público