Danny diz que não o deixam jogar
O internacional português Danny sente-se numa encruzilhada: recuperou da operação à rotura do ligamento cruzado anterior do joelho (lesão sofrida há cinco meses), mas agora que está bom não pode treinar-se nem jogar pelo Zenit São Petersburgo porque o contrato estabelecido pelo clube russo com uma seguradora obriga-o a estar parado durante, pelo menos, mais seis meses. "Vamos ter de conversar e procurar uma solução", diz Danny, que não descarta a hipótese de ser cedido para poder voltar mais cedo à competição.
O problema surgiu a 15 ou a 16 de Maio - ao PÚBLICO, o jogador, de 26 anos, confessa que já não se recorda com exactidão. Numa sessão de treino, Danny ficou com o pé preso na relva e, na rotação, forçou o joelho e sofreu uma lesão grave. Obtida a autorização, foi operado em Portugal, seguindo-se a recuperação.
Ao fim de cerca de quatro meses, o problema parece resolvido. "Dizem-me que o meu joelho está óptimo. Fiz trabalho de campo em Portugal com o fisioterapeuta António Gaspar e regressei à Rússia", explicou o jogador, que ficou desmoralizado quando recebeu ordens para apenas prosseguir o treino de campo com o fisioterapeuta do Zenit.
Mundial 2010 em perigo
"Não me permitem sequer treinar-me com os meus colegas", explica. Tudo porque o clube tem um contrato com uma seguradora que inclui uma cláusula para aquele tipo de lesão, segundo a qual nenhum jogador poderá retomar a competição antes de passados seis meses. Uma cautela para o caso de o jogador sofrer uma recaída (ver texto à parte). "O Zenit diz que não pode fazer nada e que é um risco deixar-me treinar ou jogar, porque, em caso de nova lesão, a seguradora não pagaria nada", sublinha Danny.
O problema é que só faltam seis jornadas para o fim do campeonato, que termina a 29 de Novembro. A pré-temporada recomeça em Janeiro e a próxima edição da Liga russa arranca em Março, o que implicaria mais cinco meses de afastamento da competição. Danny acha que isso pode prejudicar a sua ida ao Mundial, no caso de Portugal confirmar o apuramento. "Vou ter de procurar uma solução, não quero estar tanto tempo parado. E é normal que o Zenit pense da mesma forma, porque investiu muito dinheiro em mim e o Mundial é uma montra grande", acrescenta o jogador.
A lesão verificou-se numa altura em que Danny começava a ser pretendido por grandes clubes, como o Chelsea. Nascido em Caracas, mas filho de pais portugueses, o jogador destacou-se nos escalões jovens do Marítimo. Lançado na equipa principal em 2001-02, rapidamente garantiu a titularidade, marcando cinco golos em 20 jogos. Suscitou então o interesse do Sporting, que pagou dois milhões de euros por 50 por cento dos seus direitos desportivos. Mas, em Alvalade, as coisas não lhe correram bem, até porque tinha a concorrência de João Pinto, Quaresma e Pedro Barbosa. Regressou, por empréstimo, ao Marítimo. Destacou-se e voltou ao Sporting. Mas, na maior parte das vezes, ficou no banco de suplentes.
A sua carreira sofreu uma mudança radical em Janeiro de 2006, quando o magnata Alexei Fedorichev decidiu que a melhor solução para reforçar o Dínamo de Moscovo seria gastar uma fortuna em vários jogadores portugueses (Costinha, Maniche, Luís Loureiro, Jorge Ribeiro, Frechaut, Nuno Espírito Santo e Cícero). Danny também foi incluído no "pacote", com o Dínamo a pagar dois milhões de euros. Só que o emblema russo passou a arrastar-se nos últimos lugares do campeonato, com a generalidade dos portugueses a não se adaptarem. Danny foi uma excepção. Jogou 85 jogos e marcou 15 golos, sendo eleito o melhor jogador do clube.
Em Agosto de 2008, o mundo do futebol foi surpreendido com a notícia de que o Zenit, campeão russo e vencedor da Taça UEFA 2007-08, investira 30 milhões de euros na contratação de Danny (uma das maiores transferências mundiais), acautelando a saída do russo Arshavin. Dias depois, fez uma grande exibição e marcou o golo que permitiu ao Zenit conquistar a Supertaça Europeia frente ao Manchester United.
Presença habitual nos sub-21 e na selecção olímpica (esteve em Atenas, em 2004), Danny passou também a ser passageiro frequente da selecção de Queiroz, estreando-se num particular com as ilhas Feroé. Na qualificação somou 142" em campo, sendo titular na recepção à Albânia e à Suécia.
Fonte: Público
Ao fim de cerca de quatro meses, o problema parece resolvido. "Dizem-me que o meu joelho está óptimo. Fiz trabalho de campo em Portugal com o fisioterapeuta António Gaspar e regressei à Rússia", explicou o jogador, que ficou desmoralizado quando recebeu ordens para apenas prosseguir o treino de campo com o fisioterapeuta do Zenit.
Mundial 2010 em perigo
"Não me permitem sequer treinar-me com os meus colegas", explica. Tudo porque o clube tem um contrato com uma seguradora que inclui uma cláusula para aquele tipo de lesão, segundo a qual nenhum jogador poderá retomar a competição antes de passados seis meses. Uma cautela para o caso de o jogador sofrer uma recaída (ver texto à parte). "O Zenit diz que não pode fazer nada e que é um risco deixar-me treinar ou jogar, porque, em caso de nova lesão, a seguradora não pagaria nada", sublinha Danny.
O problema é que só faltam seis jornadas para o fim do campeonato, que termina a 29 de Novembro. A pré-temporada recomeça em Janeiro e a próxima edição da Liga russa arranca em Março, o que implicaria mais cinco meses de afastamento da competição. Danny acha que isso pode prejudicar a sua ida ao Mundial, no caso de Portugal confirmar o apuramento. "Vou ter de procurar uma solução, não quero estar tanto tempo parado. E é normal que o Zenit pense da mesma forma, porque investiu muito dinheiro em mim e o Mundial é uma montra grande", acrescenta o jogador.
A lesão verificou-se numa altura em que Danny começava a ser pretendido por grandes clubes, como o Chelsea. Nascido em Caracas, mas filho de pais portugueses, o jogador destacou-se nos escalões jovens do Marítimo. Lançado na equipa principal em 2001-02, rapidamente garantiu a titularidade, marcando cinco golos em 20 jogos. Suscitou então o interesse do Sporting, que pagou dois milhões de euros por 50 por cento dos seus direitos desportivos. Mas, em Alvalade, as coisas não lhe correram bem, até porque tinha a concorrência de João Pinto, Quaresma e Pedro Barbosa. Regressou, por empréstimo, ao Marítimo. Destacou-se e voltou ao Sporting. Mas, na maior parte das vezes, ficou no banco de suplentes.
A sua carreira sofreu uma mudança radical em Janeiro de 2006, quando o magnata Alexei Fedorichev decidiu que a melhor solução para reforçar o Dínamo de Moscovo seria gastar uma fortuna em vários jogadores portugueses (Costinha, Maniche, Luís Loureiro, Jorge Ribeiro, Frechaut, Nuno Espírito Santo e Cícero). Danny também foi incluído no "pacote", com o Dínamo a pagar dois milhões de euros. Só que o emblema russo passou a arrastar-se nos últimos lugares do campeonato, com a generalidade dos portugueses a não se adaptarem. Danny foi uma excepção. Jogou 85 jogos e marcou 15 golos, sendo eleito o melhor jogador do clube.
Em Agosto de 2008, o mundo do futebol foi surpreendido com a notícia de que o Zenit, campeão russo e vencedor da Taça UEFA 2007-08, investira 30 milhões de euros na contratação de Danny (uma das maiores transferências mundiais), acautelando a saída do russo Arshavin. Dias depois, fez uma grande exibição e marcou o golo que permitiu ao Zenit conquistar a Supertaça Europeia frente ao Manchester United.
Presença habitual nos sub-21 e na selecção olímpica (esteve em Atenas, em 2004), Danny passou também a ser passageiro frequente da selecção de Queiroz, estreando-se num particular com as ilhas Feroé. Na qualificação somou 142" em campo, sendo titular na recepção à Albânia e à Suécia.
Fonte: Público