Delfins despedem-se em Lisboa


Foi com entusiasmo e sem tristeza que os Delfins se despediram oficialmente de Lisboa com um concerto no Coliseu dos Recreios esgotado há cerca de um mês. Vinte cinco anos depois do lançamento do primeiro single, «Letras », a banda de Cascais disse adeus ao som dos 25 maiores êxitos que marcaram a sua carreira.

Ainda nem os Delfins estavam em palco e já o Coliseu em peso chamava por eles com aplausos compassados. Entre o público ouviam-se alguns comentários: «Não percebo por que é que eles vão acabar» ou «Não vão nada acabar», o que demonstra bem o quão é difícil para os fãs interiorizar o fim da banda, anunciado já em 2008.


Foi então que Miguel Ângelo subiu ao palco acompanhado por Mário Andrade (guitarrista), Jorge Quadros (baterista), Luís Sampaio (teclista) e Rui Fadiga (baixista). «Bandeira», que faz parte do segundo álbum da banda «O Outro Lado Existe», lançado em 1988, foi o tema escolhido para abrir o concerto na sala lisboeta, que quase rebentava pelas costuras.


«Quero muito apoio desse lado», pediu Miguel Ângelo, enquanto iam sendo projectadas fotografias que testemunhavam alguns dos melhores momentos dos Delfins.


À medida que os temas se iam sucedendo uns aos outros era como se estivesse a ser contada a história da banda através dos momentos mais marcantes da sua carreira, onde não podia faltar «Ao Passar Um Navio», «Não vou Ficar» - música que fez parte da banda sonora do filme «Adeus, Pai», ou «Solta os Prisioneiros» - tema que em tempos viajou até Timor e que este sábado fez com que o Coliseu também começasse a soltar-se.


Um momento verdadeiramente mágico viria a acontecer durante a música «A Queda De Um Anjo» quando Dora Fidalgo, que sempre acompanhou a banda, desceu do tecto sentada num baloiço e vestida de branco para cantar com Miguel Ângelo.


«Estão cansados?», perguntava o vocalista a dada altura. «Não!», respondeu o público em uníssono. «Então toca a levantar!», disse Miguel Ângelo, que conseguiu pôr novamente o público de pé e a dançar ao som de «Saber Amar». Em palco viviam-se verdadeiros momentos de cumplicidade.



Fonte: IOL

POSTED BY Mari
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