A música e a ciência num único concerto
“Uma visão diferente daquela a que o público normalmente está habituado”. É desta forma que o maestro da Orquestra Metropolitana de Lisboa, Cesário Costa, descreve a iniciativa que liga o projecto Ciência Viva à orquestra, num ciclo de concertos que será comentado por cientistas e músicos.
A ideia é “conceber um espectáculo onde se estabelecem laços entre a música e a ciência através do comentário de cientistas”, explica Cesário Costa. Assim, a partir de hoje, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Ciência Viva, uma agência nacional para a promoção da ciência e tecnologia, vão realizar um ciclo de concertos por todo o país, começando por Coimbra.
Para a Ciência Viva, e apesar ser a primeira vez que este ciclo de concertos comentados por cientistas acontece, o projecto não lhe é estranho. “A Ciência Viva já tem colaborado em várias iniciativas da área das artes, de modo a chegar a uma população mais vasta, a um público mais alheado dos aspectos científicos”, refere a directora executiva da Ciência Viva, Ana Noronha.
O maestro Cesário Costa salienta esse aspecto: “Desenvolvemos um novo conceito de concerto para levar alguém que está interessado quer na música, quer na ciência a estabelecer relações entre estas duas áreas no mesmo espectáculo musical”.
A ligação com a Ciência Viva é fulcral para os músicos, pois ajuda a perceber “que parte do cérebro é mais sensível às emoções, à música", refere Cesário Costa, acrescentando que se trata de "explorar aquilo que a música pode desenvolver”.
Por isso, “os cientistas que irão realizar os comentários estão ligados, de algum modo, à área da música, por exemplo, às neurociências, à acústica e vibrações, entre outras”, diz Ana Noronha. Alguns dos cientistas que estarão presentes são Octávio Inácio, especialista em Acústica e Vibrações, Vítor Oliveira, professor de Neurologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Carlota Simões, matemática.
Os comentários vão estar disponíveis no site da Ciência Viva TV, em www.cvtv.pt.
A escolha dos temas dos concertos incidiu em temas “deliberadamente alegres ou deliberadamente tristes, que possam sugerir aspectos misteriosos, apelar a expressões diversas”, revela Ana Noronha.
No ciclo de concertos os espectadores poderão ouvir: “Valsa Triste”, da Suite Kuolema de Jean Sibelius, “Adagio para Cordas” de Samuel Barber, “Danças Romenas” de Béla Bartók.
Quanto a projectos futuros, Ana Noronha diz que de ambas as partes “existe um interesse em continuar”.
A entrada é livre, e os próximos concertos serão:
Quinta-feira, 29 de Outubro, às 21h00 no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra
Sexta-feira, 30 de Outubro, às 21h00 na Universidade de Évora, Escola de Artes, Colégio Mateus d’Aranda.
Sábado, 31 de Outubro, às 17h00, no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa
Fonte: Público
A ideia é “conceber um espectáculo onde se estabelecem laços entre a música e a ciência através do comentário de cientistas”, explica Cesário Costa. Assim, a partir de hoje, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Ciência Viva, uma agência nacional para a promoção da ciência e tecnologia, vão realizar um ciclo de concertos por todo o país, começando por Coimbra.
Para a Ciência Viva, e apesar ser a primeira vez que este ciclo de concertos comentados por cientistas acontece, o projecto não lhe é estranho. “A Ciência Viva já tem colaborado em várias iniciativas da área das artes, de modo a chegar a uma população mais vasta, a um público mais alheado dos aspectos científicos”, refere a directora executiva da Ciência Viva, Ana Noronha.
O maestro Cesário Costa salienta esse aspecto: “Desenvolvemos um novo conceito de concerto para levar alguém que está interessado quer na música, quer na ciência a estabelecer relações entre estas duas áreas no mesmo espectáculo musical”.
A ligação com a Ciência Viva é fulcral para os músicos, pois ajuda a perceber “que parte do cérebro é mais sensível às emoções, à música", refere Cesário Costa, acrescentando que se trata de "explorar aquilo que a música pode desenvolver”.
Por isso, “os cientistas que irão realizar os comentários estão ligados, de algum modo, à área da música, por exemplo, às neurociências, à acústica e vibrações, entre outras”, diz Ana Noronha. Alguns dos cientistas que estarão presentes são Octávio Inácio, especialista em Acústica e Vibrações, Vítor Oliveira, professor de Neurologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Carlota Simões, matemática.
Os comentários vão estar disponíveis no site da Ciência Viva TV, em www.cvtv.pt.
A escolha dos temas dos concertos incidiu em temas “deliberadamente alegres ou deliberadamente tristes, que possam sugerir aspectos misteriosos, apelar a expressões diversas”, revela Ana Noronha.
No ciclo de concertos os espectadores poderão ouvir: “Valsa Triste”, da Suite Kuolema de Jean Sibelius, “Adagio para Cordas” de Samuel Barber, “Danças Romenas” de Béla Bartók.
Quanto a projectos futuros, Ana Noronha diz que de ambas as partes “existe um interesse em continuar”.
A entrada é livre, e os próximos concertos serão:
Quinta-feira, 29 de Outubro, às 21h00 no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra
Sexta-feira, 30 de Outubro, às 21h00 na Universidade de Évora, Escola de Artes, Colégio Mateus d’Aranda.
Sábado, 31 de Outubro, às 17h00, no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa
Fonte: Público