Homossexuais: Obama quer acabar com restrições no Exército


Na véspera de uma marcha dos direitos gay, marcada para hoje em Washington, o Presidente norte-americano renovou a promessa de que irá acabar com as restrições à presença de homossexuais no Exército, a chamada política “não pergunte, não conte”. Faltou-lhe avançar com um calendário, acusam alguns críticos.


“Vou acabar com o ‘não pergunte, não conte’. É este o meu compromisso perante vocês”, disse Barack Obama num jantar organizado pela Human Rights Campaign, um grupo de defesa dos direitos dos homossexuais. A política, que impede a presença de homossexuais entre os militares se a sua orientação for conhecida foi herdada do Presidente democrata Bill Clinton.


Segundo o “New York Times”, Obama afirmou que está a trabalhar com o Pentágono, a Casa Branca e líderes do Senado para colocar um ponto final nesta questão. Mas muitos activistas, que participaram na campanha para a sua eleição, não escondem a sua frustração pela demora com que as promessas estão a passar à prática. Entre estas está a garantia de que irá acabar com a Defense Marriage Act, que impede que o Governo Federal possa obrigar os estados a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo.


O Presidente reconheceu que estas questões têm demorado mais tempo a resolver “do que vocês gostariam”; mas garantiu que “não foram postas de parte”. Apenas foram subjugadas à urgência em avançar primeiro com a reforma do sistema de saúde e com medidas de combate à crise económica.


“Não duvidem da direcção que estamos a tomar e do destino que alcançaremos”, lançou, citado pela Reuters. “A minha expectativa é que quando olharmos para estes anos, veremos o momento em que pusemos um ponto final à discriminação contra os gays e lésbicas, quer no escritório, quer no campo de batalha”. E adiantou que irá chegar o dia em que “nós, como nação, finalmente reconheceremos que as relações entre dois homens ou duas mulheres são tão reais e dignas de admiração como as relações entre um homem e uma mulher” e que “ninguém na América terá que ter medo de ser gay”, cita por seu lado o “NYT”.


Bil Browning, que tem um blog chamado Bilerico Projecto, sobre activismo dos direitos dos homossexuais, comentou ao diário que logo depois do discurso do Presidente recebeu vários comentários críticos de pessoas que diziam não estar a ouvir nada de novo. Dentro da sala, Raj Malthotra, de 29 anos, afirmou ao jornal: “Ele está a fazer tempo até precisar dos nossos votos novamente”.




Fonte: Público

POSTED BY Mari
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