Prémio José Saramago para João Tordo
"As três vidas", de João Tordo, venceu o Prémio Literário José Saramago, atribuído pela Fundação Círculo de Leitores. O prémio foi entregue, ontem, em Penafiel, na presença do próprio Saramago.
Com o objectivo de distinguir jovens escritores portugueses até aos 35 anos, o Prémio Literário, que passará a ser atribuído, já a partir do próximo ano, alternadamente entre Portugal e Espanha. foi para João Tordo, nascido em Lisboa, um ano depois da revolução de 74. O júri escolheu esta obra entre 36 autores do universo lusófono.
"Não tenha dúvidas de que efectivamente gostei do seu livro, mas não esqueçamos que 70% da boa literatura é linguagem", disse José Saramago ao premiado. Para Saramago, João Tordo "tem dotes de efabulação que não se encontram facilmente, não perde o pé, o que numa narrativa é fundamental". "Recomendaria apenas os 70% mais importantes de uma obra literária são simplesmente a linguagem. E que a cuide, que a defenda, que a proteja, que se responsabilize por ela porque tem essa responsabilidade, não por ganhar o prémio, mas porque é um autêntico escritor", disse.
"As três vidas" é o terceiro romance de João Tordo, e conta a história de um homem inocente caído num enredo de acontecimentos mundiais que se cruzam por uma quinta nos arredores de Santiago do Cacém. "Além da marca reflexiva (e autoreflexiva) da narrativa, João Tordo demonstra grande capacidade em descrever ambientes citadinos, o espaço claustrofóbico das grandes cidades, mesmo que nesse romance a acção também se passe em território nacional: no Alentejo e numa Lisboa pessoanamente "revisitada", disse Maria Nazaré Gomes dos Santos.
"Sou o sexto escritor que vence este prémio, atribuído bianualmente. É uma grande responsabilidade porque a partir do momento em que ficamos debaixo deste jugo que é o nome de José Saramago - nome mais importante das nossas letras nos últimos cem anos - temos de fazer jus desse nome. Portanto, tudo o que vier daqui para frente são momentos que me vão obrigar a pensar muito bem naquilo que vou escrever e publicar", confessou o premiado.
Fonte: JN
Com o objectivo de distinguir jovens escritores portugueses até aos 35 anos, o Prémio Literário, que passará a ser atribuído, já a partir do próximo ano, alternadamente entre Portugal e Espanha. foi para João Tordo, nascido em Lisboa, um ano depois da revolução de 74. O júri escolheu esta obra entre 36 autores do universo lusófono.
"Não tenha dúvidas de que efectivamente gostei do seu livro, mas não esqueçamos que 70% da boa literatura é linguagem", disse José Saramago ao premiado. Para Saramago, João Tordo "tem dotes de efabulação que não se encontram facilmente, não perde o pé, o que numa narrativa é fundamental". "Recomendaria apenas os 70% mais importantes de uma obra literária são simplesmente a linguagem. E que a cuide, que a defenda, que a proteja, que se responsabilize por ela porque tem essa responsabilidade, não por ganhar o prémio, mas porque é um autêntico escritor", disse.
"As três vidas" é o terceiro romance de João Tordo, e conta a história de um homem inocente caído num enredo de acontecimentos mundiais que se cruzam por uma quinta nos arredores de Santiago do Cacém. "Além da marca reflexiva (e autoreflexiva) da narrativa, João Tordo demonstra grande capacidade em descrever ambientes citadinos, o espaço claustrofóbico das grandes cidades, mesmo que nesse romance a acção também se passe em território nacional: no Alentejo e numa Lisboa pessoanamente "revisitada", disse Maria Nazaré Gomes dos Santos.
"Sou o sexto escritor que vence este prémio, atribuído bianualmente. É uma grande responsabilidade porque a partir do momento em que ficamos debaixo deste jugo que é o nome de José Saramago - nome mais importante das nossas letras nos últimos cem anos - temos de fazer jus desse nome. Portanto, tudo o que vier daqui para frente são momentos que me vão obrigar a pensar muito bem naquilo que vou escrever e publicar", confessou o premiado.
Fonte: JN