Review - Au Revoir Simone - Casa da Música
--- Au Revoir Simone ---
Casa da Música - Porto
03-10-2009
Texto: Mariana Ribas
Fotografia: Joana Vieira
Já passava da 1h da manhã quando as encantadoras Au Revoir Simone entraram em palco, e apesar do adiantado da hora a sala 2 da Casa da Música estava esgotadíssima para ver este trio americano.
Com o seu ar envergonhado abriram o concerto com “Sad Song” que rapidamente envolveu o público na energia positiva emanada pelas três. Na verdade, apesar de transmitirem quase sempre uma sensação de calma e bem-estar, como se fossem uma só, nota-se em palco o que as diferencia. Assim, enquanto Heather apresentou sempre uma postura tímida, como se estranhasse todo aquele ambiente confuso, e permanecesse isolada no seu mundo, Annie que destoava um pouco das outras duas pela sua irreverência e constante energia, que acabavam por levá-la a incursões até à beira do palco para animar o público, e por fim Erika que parece funcionar como o pilar do grupo, e como o equilíbrio perfeito entre as personalidades distintas das suas colegas, utilizando o seu sorriso encantador e as suas várias interacções com o público para completar o actuação da banda.
No decorrer do concerto, permaneceram quase sempre atrás da sua “muralha” de instrumentos, que parecendo que não, acabou por prejudicar a cumplicidade que podiam ter tido com o público (que tinha tudo para ser grande). Perdem elas e perde o público, a meu ver uma das principais falhas do concerto.
Sem grandes surpresas, o concerto decorreu com mais êxitos como: “Shadows”, “All Or Nothing”, “Lucky Star”, interrompidos apenas por um momento peculiar em que a Annie decide que quer dizer ao público “amo-te” em português, pedindo aos mesmos que gritassem como se pronunciava para ela repetir, ora por esta altura devem estar a pensar o mesmo que eu, que assistia ao vivo, foi um desastre! As meninas bem tentavam dizer amo-te mas saia sempre algo como “amode” ou “omote”, até que ao fim de uns minutos aparece vindo do público o que podemos chamar de um “príncipe num cavalo branco”, que com uma simples folha de papel escreveu em letras grandes a palavra tão ansiada, e salvou as belas princesas que finalmente disseram amo-te em alto e bom som para delírio do público.
Até ao fim do concerto nada mais a destacar, foi uma actuação segura e harmoniosa. Não é de estranhar o sucesso este trio americano, de tal modo que David lynch já dirigiu um vídeo clip das mesmas e declarou que: “"Adoro as Au Revoir Simone. Estas raparigas têm o que é preciso. A música sai-lhes com tanta naturalidade: e é música espectacular (...). Elas já são grandes, mas vão ser ainda maiores. Vão ser grandes a sério". Parece que David não se enganou, Au Revoir Simone já arrastam multidões, pois o seu misto de loucura e mistério, misturado com as suas figuras tímidas e calorosas são mais que ingredientes para o sucesso das mesmas.
Um aparte apenas para dizer que as condições da sala não eram as melhores para um concerto desta envergadura, e por isso o trabalho dos repórteres e fotógrafos era muito complicado e o público não ganhou nada com isso.
Bem mas se perdeu este concerto, não desanime, ainda as poderá ver actuar na Aula Magna em Lisboa ainda hoje, e acreditem, vai valer a pena.
Com o seu ar envergonhado abriram o concerto com “Sad Song” que rapidamente envolveu o público na energia positiva emanada pelas três. Na verdade, apesar de transmitirem quase sempre uma sensação de calma e bem-estar, como se fossem uma só, nota-se em palco o que as diferencia. Assim, enquanto Heather apresentou sempre uma postura tímida, como se estranhasse todo aquele ambiente confuso, e permanecesse isolada no seu mundo, Annie que destoava um pouco das outras duas pela sua irreverência e constante energia, que acabavam por levá-la a incursões até à beira do palco para animar o público, e por fim Erika que parece funcionar como o pilar do grupo, e como o equilíbrio perfeito entre as personalidades distintas das suas colegas, utilizando o seu sorriso encantador e as suas várias interacções com o público para completar o actuação da banda.
No decorrer do concerto, permaneceram quase sempre atrás da sua “muralha” de instrumentos, que parecendo que não, acabou por prejudicar a cumplicidade que podiam ter tido com o público (que tinha tudo para ser grande). Perdem elas e perde o público, a meu ver uma das principais falhas do concerto.
Sem grandes surpresas, o concerto decorreu com mais êxitos como: “Shadows”, “All Or Nothing”, “Lucky Star”, interrompidos apenas por um momento peculiar em que a Annie decide que quer dizer ao público “amo-te” em português, pedindo aos mesmos que gritassem como se pronunciava para ela repetir, ora por esta altura devem estar a pensar o mesmo que eu, que assistia ao vivo, foi um desastre! As meninas bem tentavam dizer amo-te mas saia sempre algo como “amode” ou “omote”, até que ao fim de uns minutos aparece vindo do público o que podemos chamar de um “príncipe num cavalo branco”, que com uma simples folha de papel escreveu em letras grandes a palavra tão ansiada, e salvou as belas princesas que finalmente disseram amo-te em alto e bom som para delírio do público.
Até ao fim do concerto nada mais a destacar, foi uma actuação segura e harmoniosa. Não é de estranhar o sucesso este trio americano, de tal modo que David lynch já dirigiu um vídeo clip das mesmas e declarou que: “"Adoro as Au Revoir Simone. Estas raparigas têm o que é preciso. A música sai-lhes com tanta naturalidade: e é música espectacular (...). Elas já são grandes, mas vão ser ainda maiores. Vão ser grandes a sério". Parece que David não se enganou, Au Revoir Simone já arrastam multidões, pois o seu misto de loucura e mistério, misturado com as suas figuras tímidas e calorosas são mais que ingredientes para o sucesso das mesmas.
Um aparte apenas para dizer que as condições da sala não eram as melhores para um concerto desta envergadura, e por isso o trabalho dos repórteres e fotógrafos era muito complicado e o público não ganhou nada com isso.
Bem mas se perdeu este concerto, não desanime, ainda as poderá ver actuar na Aula Magna em Lisboa ainda hoje, e acreditem, vai valer a pena.
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