Vicious Five: o fim
Os Vicious Five chegaram ao fim , confirmou a BLITZ junto do agenciamento da banda. Em carta aberta, o projecto liderado por Joaquim Albergaria diz o seguinte: "Um fim não é um fim em si, é uma hipótese de começar outra vez. E o fim da história que vão ler agora, é o começo de cinco novos capítulos: os The Vicious Five vão deixar de tocar juntos ".
A explicação para este final vem logo a seguir: "A verdade é que no último ano nos fomos sentindo menos juntos, e começamos a perceber que o que púnhamos na banda não vinha devolvido na mesma proporção. E como em qualquer parceria ou casamento, cada um dá o que quer receber". E assim, a banda confessa: "Digamos que se tornou evidente uma escolha - manter amigos e abrir mão de uma banda ou manter uma banda, perder amigos e passados alguns meses perder a banda".
Na mesma carta aberta pode ler-se que os diversos elementos dos Vicious Five pretendem continuar ligados à música: "Estamos orgulhosos do que fizemos. Com o que vivemos e aprendemos juntos, cada um de nós vai continuar a fazer música e enquanto houver um puto insatisfeito que insista em perguntar "porquê?" a nossa música há-de estar viva".
Na sua página do Facebook, entretanto, o vocalista Joaquim Albergaria anuncia que já tem uma nova banda : "Joaquim Albergaria tem uma banda nova. mais notícias por aqui, muito em breve", pode ler-se.
Leia a carta aberta dos Vicious Five na íntegra abaixo.
Lisboa, 11 de Outubro de 2009
Um fim não é um fim em si, é uma hipótese de começar outra vez.
E o fim da história que vão ler agora, é o começo de cinco novos capítulos: os The Vicious Five vão deixar de tocar juntos.
A história que começou há seis anos atrás com os cinco putos de Lisboa a quererem tocar alto e fazer as pessoas dançar, acaba agora ainda com o mesmo sorriso nos lábios. E muito sinceramente, explicações são devidas na medida em que explicações são possíveis.
Começamos esta banda porque queríamos fazer a música que queríamos ouvir e não a encontrávamos em lado nenhum. Fomos descobri-la dentro de uma garagem, dentro de nós. Continuamos com esta banda porque o prazer que recebíamos de volta do tempo e trabalho que lhe oferecíamos todos os dias , compensava, sentíamo-nos retribuídos e muito mais vivos ao fim de cada ensaio, de cada gravação, de cada concerto. E The Vicious Five, a música que fizemos e tudo o que vivemos juntos ensinou-nos muito. Conseguimos dizer hoje, que somos pessoas melhores por termos decido construir isto juntos.
E é por respeito ao que construímos juntos que tivemos de parar para pensar e conversar. A verdade é que no último ano nos fomos sentindo menos juntos, e começamos a perceber que o que púnhamos na banda não vinha devolvido na mesma proporção. E como em qualquer parceria ou casamento, cada um dá o que quer receber.
Digamos que se tornou evidente uma escolha - manter amigos e abrir mão de uma banda ou manter uma banda, perder amigos e passados alguns meses perder a banda.
Sempre quisemos ser positivos e independentes em tudo o que fizemos, firmes crentes no amor, na honestidade e na autonomia, não queremos agora deixar que a vida decida por nós, a maneira como acabamos ou começamos as nossas histórias, nem queremos que o que construímos de bom e positivo fique manchado por não termos sabido parar quanda era altura de parar, nem considerar-nos uns aos outros.
Estamos orgulhosos do que fizemos. Com o que vivemos e aprendemos juntos, cada um de nós vai continuar a fazer música e enquanto houver um puto insatisfeito que insista em perguntar "porquê?" a nossa música há-de estar viva. Contamos com vocês para continuarmos a fazer o novo baile e para se continuar a espalhar o amor como se fosse manteiga.
Obrigado a todos, por tudo.
Stay horny, stay hungry, be thirsty.
Sempre vossos,