Coppola mostra 'Tetro' no Estoril


Hoje é dia especial no Estoril Film Festival, com a projecção, às 20.30, na Selecção Oficial-Fora de Competição, de Tetro, o novo filme de Francis Ford Coppola, que teve antestreia mundial no Festival de Cannes, abrindo a Quinzena dos Realizadores. Após a projecção das 20.30, Coppola fará um encontro com o público. Está marcada uma sessão extra do filme, às 00.00, na qual o realizador também marcará presença.


Rodado na Argentina, com um elenco que inclui Vincent Gallo, Maribel Verdú, Carmen Maura, Klaus Maria Brandauer e o jovem Alden Ehrenreich, Tetro passa-se em Buenos Aires, entre membros de uma família de origem italiana. O jovem Bennie, de 17 anos (Ehrenreich) chega à capital argentina para reencontrar Tetro (Gallo), o seu irmão mais velho, um escritor.


Bennie não vê o irmão há mais de uma década, após a família se ter mudado da Argentina para Nova Iorque devido ao sucesso artístico do pai, um famoso maestro, e Tetro ter saído de casa e instalado em Buenos Aires, após um conflito com este.


Aos 70 anos, e pesar do seu estatuto de gigante no cinema americano, Francis Ford Coppola tem tido muitas dificuldades em arranjar financimentos para os seus projectos. Tetro, tal como o seu filme anterior, Uma Segunda Juventude (2007) foi pago em grande parte com os proventos das vinhas do realizador.


Coppola, que também escreveu o argumento do filme (é o seu primeiro argumento original desde há 35 anos), rodou Tetro em digital e a preto e branco, com explosões ocasionais de cor, correspondentes aos flashbacks, tal como já havia feito em Juventude Inquieta (1983).


Segundo o realizador, este filme e Tetro têm "ligações espirituais", dado tratarem ambos das relações entre irmãos. Matt Dillon, que interpretou o principal papel de Juventude Inquieta, chegou a estar indicado para o papel do irmão mais velho, desempenhado por Vincent Gallo, mas estava envolvido noutros projectos que colidiam com as datas de rodagem do filme.


Francis Ford Coppola disse numa entrevista recente à revista inglesa Empire que Tetro era "o filme mais bonito" que já tinha feito, bem como um projecto " muito pessoal".




Fonte: DN

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