‘Avatar’: O início de uma nova era
É o filme mais caro do cinema – custou mais de 200 milhões de euros – e o mais falado do ano. Ninguém sabia muito bem o que esperar, mas James Cameron já avisara: "‘Avatar’ é uma história de amor." E não só...
Cameron também esperou mais de uma década para fazer o filme dos seus sonhos. O primeiro argumento que escreveu data de 1994, antes de ‘Titanic’, mas o mestre dos efeitos especiais teve de aguardar pela evolução tecnológica para conseguir fazer um filme bem à sua medida.
E se a sua medida é, por um lado, megalónama – na ambição de revolucionar o cinema 3D e arrancar para uma nova era –, é também simplista (talvez até simplória) – no recurso à velha fórmula: o amor pode tudo!
No fundo, Cameron é como uma ponte entre o velho e o novo cinema. Juntando a mais futurista tecnologia à acção, não esquece a herança dos anos 40, quando Humphrey Bogart e Ingrid Bergman protagonizavam os mais puros amores no ecrã.
A acção de ‘Avatar’ passa-se em 2154, e segue um soldado paraplégico (Sam Worthington) que ruma a Pandora, um planeta distante fora do sistema solar, para integrar uma investigação científica liderada pela Drª Grace Augustine (Sigourney Weaver). Capaz de se integrar no povo Na’vi graças ao seu avatar – um híbrido de ADN humano com ADN alien –, Sully aprende os costumes e regras sociais daquele povo humanóide com ar felino, pele azul, cauda e olhos grandes. E apaixona-se. Por Neytiri (Zoe Saldana), que o conduz pelo novo Mundo; e pela Natureza, que rege a energia de todas as coisas.
Pandora é, de facto, uma caixinha de surpresas: o território mais parece uma floresta encantada, com montanhas suspensas no ar, medusas voadoras, ikrans (grandes pássaros que rasgam os céus) e incontáveis plantas iluminadas e animais bizarros que sobrevivem a uma rígida lei da selva...
A harmonia só é possível por causa de Eyra, a alma da árvore que controla toda a Natureza de Pandora... não fosse o Homem querer destruir o equilíbrio do planeta na busca gananciosa por um valioso mineral.
'É uma metáfora – não tão politizada como alguns gostariam – sobre como tratamos os nossos recursos naturais', antecipou James Cameron. 'É como se disséssemos: somos grandes, temos armas, tecnologia, cérebro e podemos fazer o que quisermos deste planeta. Mas não funciona assim e vamos descobrir isto da pior forma se não reflectirmos e procurarmos o equilíbrio com os ciclos naturais da vida na Terra.'
‘Salvem o planeta!’ é a mensagem óbvia numa megaprodução de quase três horas servida com efeitos especiais de última geração. Num cinema perto de si a partir de amanhã.
Fonte: Correio da Manhã
Cameron também esperou mais de uma década para fazer o filme dos seus sonhos. O primeiro argumento que escreveu data de 1994, antes de ‘Titanic’, mas o mestre dos efeitos especiais teve de aguardar pela evolução tecnológica para conseguir fazer um filme bem à sua medida.
E se a sua medida é, por um lado, megalónama – na ambição de revolucionar o cinema 3D e arrancar para uma nova era –, é também simplista (talvez até simplória) – no recurso à velha fórmula: o amor pode tudo!
No fundo, Cameron é como uma ponte entre o velho e o novo cinema. Juntando a mais futurista tecnologia à acção, não esquece a herança dos anos 40, quando Humphrey Bogart e Ingrid Bergman protagonizavam os mais puros amores no ecrã.
A acção de ‘Avatar’ passa-se em 2154, e segue um soldado paraplégico (Sam Worthington) que ruma a Pandora, um planeta distante fora do sistema solar, para integrar uma investigação científica liderada pela Drª Grace Augustine (Sigourney Weaver). Capaz de se integrar no povo Na’vi graças ao seu avatar – um híbrido de ADN humano com ADN alien –, Sully aprende os costumes e regras sociais daquele povo humanóide com ar felino, pele azul, cauda e olhos grandes. E apaixona-se. Por Neytiri (Zoe Saldana), que o conduz pelo novo Mundo; e pela Natureza, que rege a energia de todas as coisas.
Pandora é, de facto, uma caixinha de surpresas: o território mais parece uma floresta encantada, com montanhas suspensas no ar, medusas voadoras, ikrans (grandes pássaros que rasgam os céus) e incontáveis plantas iluminadas e animais bizarros que sobrevivem a uma rígida lei da selva...
A harmonia só é possível por causa de Eyra, a alma da árvore que controla toda a Natureza de Pandora... não fosse o Homem querer destruir o equilíbrio do planeta na busca gananciosa por um valioso mineral.
'É uma metáfora – não tão politizada como alguns gostariam – sobre como tratamos os nossos recursos naturais', antecipou James Cameron. 'É como se disséssemos: somos grandes, temos armas, tecnologia, cérebro e podemos fazer o que quisermos deste planeta. Mas não funciona assim e vamos descobrir isto da pior forma se não reflectirmos e procurarmos o equilíbrio com os ciclos naturais da vida na Terra.'
‘Salvem o planeta!’ é a mensagem óbvia numa megaprodução de quase três horas servida com efeitos especiais de última geração. Num cinema perto de si a partir de amanhã.
Fonte: Correio da Manhã