Honduras: Zelaya afastado de vez
Os deputados das Honduras disseram «não», por larga maioria, ao regresso de Manuel Zelaya ao poder, numa votação que se prolongou noite dentro. De acordo com a Reuters, 64 dos 126 membros do Congresso votaram quarta-feira contra a recondução do Presidente, que foi deposto pelos militares a 28 de Junho e vê agora afastada qualquer possibilidade de cumprir os dois meses de mandato que lhe restam.
Honduras: Zelaya quer reassumir cargo quinta-feira
A decisão do Congresso das Honduras sobre o não regresso de Zelaya à Presidência acaba por contrariar a forte pressão internacional e, sobretudo, as expectativas dos Estados Unidos, país que mediou o acordo entre Zelaya e o Governo interino hondurenho para que o Congresso se pronunciasse.
Um acordo concluído no fim de Outubro entre Zelaya e aquele que o substituiu à frente do país após o golpe de Estado, Roberto Micheletti, previa submeter ao Congresso a questão do regresso do presidente deposto ao poder até ao fim mandato, a 27 de Janeiro.
A enviada especial do jornal «O Estado de S. Paulo» a Tegucigalpa conta que o que definiu o resultado da votação foi a decisão do Partido Nacional (PN), do presidente eleito no domingo, Porfírio «Pepe» Lobo, de não apoiar a restituição de Zelaya.
Honduras: Porfírio Lobo vence eleições
«A nossa posição é clara perante o requerimento das comissões negociadoras do Acordo San José-Tegucigalpa e perante a comunidade internacional», disse Rodolfo Irias Navas, líder da bancada do PN, que reúne 55 deputados. «Zelaya fez declarações contundentes contra as eleições mais limpas e transparentes que o nosso país já teve e disse que não está disposto a voltar para o Executivo. Por isso, manifestamo-nos a favor do decreto que destituiu Zelaya».
A maior parte dos 62 deputados do Partido Liberal já se tinha manifestado contra a volta de Zelaya e a posição do PN era a grande incógnita da votação. Havia a expectativa de que Porfírio Lobo poderia conseguir convencer os colegas de bancada a votarem a favor da restituição para facilitar a aceitação internacional do governo que agora lidera.
Após três horas de atraso, a sessão teve início com um vídeo que enumerava os «crimes de Zelaya» e os artigos da Constituição que ele violou enquanto esteve no poder.
A cerca de 150 metros do Congresso, separados por três barreiras policiais, centenas de apoiantes do presidente deposto exigiam o regresso incondicional de Zelaya à Presidência das Honduras.
Decisão é «vergonha nacional»
Em reacção à votação dos deputados, Manuel Zelaya considerou que a decisão do Congresso é uma «vergonha nacional» e uma «punhalada na democracia». Numa entrevista à rádio Globo, a que a AFP faz referência, o Presidente deposto afirmou-se «decepcionado» com a atitude do chefe de Estado eleito, Porfírio Lobo.
«Zelaya já é história», tinha dito antes Roberto Micheletti, em entrevista ao Canal 10 de televisão. «O povo respondeu a todas as perguntas, como ele tinha exigido», rematou.
Fonte: IOL
Honduras: Zelaya quer reassumir cargo quinta-feira
A decisão do Congresso das Honduras sobre o não regresso de Zelaya à Presidência acaba por contrariar a forte pressão internacional e, sobretudo, as expectativas dos Estados Unidos, país que mediou o acordo entre Zelaya e o Governo interino hondurenho para que o Congresso se pronunciasse.
Um acordo concluído no fim de Outubro entre Zelaya e aquele que o substituiu à frente do país após o golpe de Estado, Roberto Micheletti, previa submeter ao Congresso a questão do regresso do presidente deposto ao poder até ao fim mandato, a 27 de Janeiro.
A enviada especial do jornal «O Estado de S. Paulo» a Tegucigalpa conta que o que definiu o resultado da votação foi a decisão do Partido Nacional (PN), do presidente eleito no domingo, Porfírio «Pepe» Lobo, de não apoiar a restituição de Zelaya.
Honduras: Porfírio Lobo vence eleições
«A nossa posição é clara perante o requerimento das comissões negociadoras do Acordo San José-Tegucigalpa e perante a comunidade internacional», disse Rodolfo Irias Navas, líder da bancada do PN, que reúne 55 deputados. «Zelaya fez declarações contundentes contra as eleições mais limpas e transparentes que o nosso país já teve e disse que não está disposto a voltar para o Executivo. Por isso, manifestamo-nos a favor do decreto que destituiu Zelaya».
A maior parte dos 62 deputados do Partido Liberal já se tinha manifestado contra a volta de Zelaya e a posição do PN era a grande incógnita da votação. Havia a expectativa de que Porfírio Lobo poderia conseguir convencer os colegas de bancada a votarem a favor da restituição para facilitar a aceitação internacional do governo que agora lidera.
Após três horas de atraso, a sessão teve início com um vídeo que enumerava os «crimes de Zelaya» e os artigos da Constituição que ele violou enquanto esteve no poder.
A cerca de 150 metros do Congresso, separados por três barreiras policiais, centenas de apoiantes do presidente deposto exigiam o regresso incondicional de Zelaya à Presidência das Honduras.
Decisão é «vergonha nacional»
Em reacção à votação dos deputados, Manuel Zelaya considerou que a decisão do Congresso é uma «vergonha nacional» e uma «punhalada na democracia». Numa entrevista à rádio Globo, a que a AFP faz referência, o Presidente deposto afirmou-se «decepcionado» com a atitude do chefe de Estado eleito, Porfírio Lobo.
«Zelaya já é história», tinha dito antes Roberto Micheletti, em entrevista ao Canal 10 de televisão. «O povo respondeu a todas as perguntas, como ele tinha exigido», rematou.
Fonte: IOL