CML recua e exclui casais gay
Dois dias depois de ter anunciado que a próxima edição dos Casamentos de Santo António poderia incluir casais homossexuais, a Câmara de Lisboa retrocedeu hoje nesta posição.
Num comunicado acabado de chegar às redacções, o presidente da autarquia, António Costa, declara que, afinal, não é sua intenção “propor à Igreja qualquer alteração ao actual modelo em decorrência da entrada em vigor da legislação que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo”.
Este comunicado surge após um artigo publicado na edição de hoje do "Diário de Notícias" segundo o qual a Igreja iria abandonar iniciativa destinada a promover o matrimónio na cidade, e que nos últimos anos passou a incluir também uniões civis e de outros credos, e não apenas católicas. Como o PÚBLICO noticiou na sexta-feira, a autarquia da capital estava disposta a aceitar a inclusão de candidaturas àquela iniciativa de casais homossexuais, desde que a nova lei das uniões entre pessoas do mesmo sexo entrasse em vigor ainda a tempo.
O Patriarcado nega uma relação directa entre a intenção de se desvincular dos casamentos de Santo António e o anúncio feito pela autarquia da sua abertura a uniões gay, preferindo aludir a críticas dos fiéis sobre a forma como têm decorrido as últimas edições – precisamente com casamentos civis e entre pessoas de outras religiões.
“Sendo uma iniciativa municipal, os Casamentos de Santo António resultam de um entendimento com a igreja católica, pelo que nunca houve alteração a este evento que não tivesse sido acertada com a Igreja”, refere o comunicado de António Costa. “Foi neste quadro que se introduziram os casamentos civis e de outras confissões religiosas”.
“É claro para o presidente da Câmara de Lisboa que, sem prejuízo de considerar o respeito a qualquer fórmula de constituir família, é necessário respeitar os sentimentos religiosos associados à figura de Santo António, um santo da Igreja Católica Apostólica Romana”, prossegue. “Para que não haja equívocos, não haverá qualquer alteração ao actual figurino dos Casamentos de Santo António que não seja previamente acertada com a Igreja”.
Quanto à posição da câmara de há dois dias, António Costa refere-se a ela como uma informação errada prestada pelos serviços municipais.
Fonte. Público
Num comunicado acabado de chegar às redacções, o presidente da autarquia, António Costa, declara que, afinal, não é sua intenção “propor à Igreja qualquer alteração ao actual modelo em decorrência da entrada em vigor da legislação que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo”.
Este comunicado surge após um artigo publicado na edição de hoje do "Diário de Notícias" segundo o qual a Igreja iria abandonar iniciativa destinada a promover o matrimónio na cidade, e que nos últimos anos passou a incluir também uniões civis e de outros credos, e não apenas católicas. Como o PÚBLICO noticiou na sexta-feira, a autarquia da capital estava disposta a aceitar a inclusão de candidaturas àquela iniciativa de casais homossexuais, desde que a nova lei das uniões entre pessoas do mesmo sexo entrasse em vigor ainda a tempo.
O Patriarcado nega uma relação directa entre a intenção de se desvincular dos casamentos de Santo António e o anúncio feito pela autarquia da sua abertura a uniões gay, preferindo aludir a críticas dos fiéis sobre a forma como têm decorrido as últimas edições – precisamente com casamentos civis e entre pessoas de outras religiões.
“Sendo uma iniciativa municipal, os Casamentos de Santo António resultam de um entendimento com a igreja católica, pelo que nunca houve alteração a este evento que não tivesse sido acertada com a Igreja”, refere o comunicado de António Costa. “Foi neste quadro que se introduziram os casamentos civis e de outras confissões religiosas”.
“É claro para o presidente da Câmara de Lisboa que, sem prejuízo de considerar o respeito a qualquer fórmula de constituir família, é necessário respeitar os sentimentos religiosos associados à figura de Santo António, um santo da Igreja Católica Apostólica Romana”, prossegue. “Para que não haja equívocos, não haverá qualquer alteração ao actual figurino dos Casamentos de Santo António que não seja previamente acertada com a Igreja”.
Quanto à posição da câmara de há dois dias, António Costa refere-se a ela como uma informação errada prestada pelos serviços municipais.
Fonte. Público