Embaixada no Iémen já reabriu


A embaixada norte-americana no Iémen reabriu hoje depois de ter estado encerrada durante dois dias por questões de segurança. Os EUA saudaram a actuação das autoridades iemenitas que numa operação junto à capital, Sanaa, mataram dois alegados militantes da Al-Qaeda na Península Arábica e feriram outros três.

Também as embaixadas do Reino Unido e da França no Iémen retomaram as suas actividades, ainda que se mantenha o acesso restrito às instalações. A segurança em várias representações diplomáticas no Iémen foi reforçada depois de, no dia de Natal, um cidadão nigeriano com ligações à Al-Qaeda, que terá sido treinado no Iémen, ter conseguido entrar com explosivos num avião que seguia de Amesterdão para Detroit, nos EUA. A tentativa de ataque acabou por ser reivindicada pela Al-Qaeda na Península Arábica.

Num comunicado publicado no seu “site” na Internet, a embaixada norte-americana adiantou que a decisão de reabrir as instalações seguiu-se às “operações antiterroristas levadas a cabo pelas forças de segurança iemenitas a norte da capital”, onde foram mortos dois presumíveis membros da Al-Qaeda. “As ameaças de ataques terroristas contra interesses americanos continuam elevadas”, adiantou, no entanto, o comunicado, em que é pedido aos cidadãos norte-americanos no Iémen “que continuem vigilantes”.

“O Governo americano agradece ao Iémen os esforços destinados a desmantelar a rede da Al-Qaeda na Península Arábica e reafirma que continuará a apoiar esses esforços”, acrescenta o comunicado. Pouco antes, o Ministério iemenita do Interior tinha anunciado a detenção de cinco “terroristas” e afirmado que as autoridades do Iémen estão capazes de assegurar a segurança das embaixadas e dos estrangeiros em todo o país. É ainda referido que será lançada uma campanha sem tréguas contra “os elementos da Al-Qaeda”. Foi entretanto reforçada a segurança junto às embaixadas e outros locais frequentados por estrangeiros.

Na segunda-feira, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, considerou que a “instabilidade” no Iémen é uma ameaça “regional e mesmo mundial”. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, manifestou, por outro lado, o seu apoio à proposta de realização de uma conferência internacional sobre o Iémen avançada pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.




Fonte: Público

POSTED BY Joana Vieira
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