China não quer Obama com Dalai Lama
A China instou hoje o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a não se reunir em Washington com o Dalai Lama, conforme previsto.
O encontro com o líder espiritual dos tibetanos poderá “minar seriamente” as relações entre os dois países, avisa.
Numa longa conferência de imprensa, um dos responsáveis do Partido Comunista Chinês, Zhu Weigun, avisou que serão tomadas por Pequim “acções correspondentes” de retaliação para que os Estados Unidos “compreendam o erro”.
O eventual encontro “vai seguramente ameaçar a confiança e a cooperação entre a China e os Estados Unidos”, avaliou este responsável do regime de Pequim, que lidera as negociações com os tibetanos.
“Opomo-nos firmemente” insistiu, deixando já em estado de elevada tensão a visita de dez dias que o Dalai Lama inicia a 16 de Fevereiro aos Estados Unidos. Weigun fez o aviso um dia depois de terminada uma ronda de cinco dias de negociações entre a China e enviados do líder tibetano – o nono encontro desde 2002 – do qual não saiu, de resto, nenhum entendimento substancial.
Pequim recusa liminarmente fazer até mesmo a “mínima cedência” na soberania que exerce sobre o Tibete e as posições entre as duas partes sobre o estatuto da região “estão profundamente divididas”, reconheceria Weigun: “Já estamos habituados. Esta é a regra e não a excepção”.
A visita do Dalai Lama, Nobel da Paz de 1989, aos Estados Unidos – e a eventual reunião com Obama, não confirmada ainda, mas largamente sugerida como possível “em momento oportuno” pela Casa Branca – surge num período de crispada tensão entre Washington e Pequim.
Os dois países trocaram ao longo do último mês declarações bastante azedas a propósito das questões de censura na China, situação que ficou ainda mais agravada nos últimos dias com o anúncio de que os norte-americanos vão vender equipamento de ponta militar à Taiwan, num valor de 6,4 mil milhões de dólares. Pequim olha para o negócio como uma “ingerência grosseira” dos Estados Unidos nos seus assuntos internos.
O governo tibetano no exílio rejeitou as ameaças de Pequim, considerando “não haver qualquer razão no argumento” de que um encontro entre o Dalai Lama e o Presidente norte-americano possa prejudicar as relações entre os dois países. “Temos a convicção que o papel dos Estados Unidos é o de facilitar um diálogo justo e honesto entre os emissários do Dalai Lama e o Governo chinês”, declarou o porta-voz, Thubten Samphel, em declarações à agência noticiosa francesa AFP.
Fonte: Público
O encontro com o líder espiritual dos tibetanos poderá “minar seriamente” as relações entre os dois países, avisa.
Numa longa conferência de imprensa, um dos responsáveis do Partido Comunista Chinês, Zhu Weigun, avisou que serão tomadas por Pequim “acções correspondentes” de retaliação para que os Estados Unidos “compreendam o erro”.
O eventual encontro “vai seguramente ameaçar a confiança e a cooperação entre a China e os Estados Unidos”, avaliou este responsável do regime de Pequim, que lidera as negociações com os tibetanos.
“Opomo-nos firmemente” insistiu, deixando já em estado de elevada tensão a visita de dez dias que o Dalai Lama inicia a 16 de Fevereiro aos Estados Unidos. Weigun fez o aviso um dia depois de terminada uma ronda de cinco dias de negociações entre a China e enviados do líder tibetano – o nono encontro desde 2002 – do qual não saiu, de resto, nenhum entendimento substancial.
Pequim recusa liminarmente fazer até mesmo a “mínima cedência” na soberania que exerce sobre o Tibete e as posições entre as duas partes sobre o estatuto da região “estão profundamente divididas”, reconheceria Weigun: “Já estamos habituados. Esta é a regra e não a excepção”.
A visita do Dalai Lama, Nobel da Paz de 1989, aos Estados Unidos – e a eventual reunião com Obama, não confirmada ainda, mas largamente sugerida como possível “em momento oportuno” pela Casa Branca – surge num período de crispada tensão entre Washington e Pequim.
Os dois países trocaram ao longo do último mês declarações bastante azedas a propósito das questões de censura na China, situação que ficou ainda mais agravada nos últimos dias com o anúncio de que os norte-americanos vão vender equipamento de ponta militar à Taiwan, num valor de 6,4 mil milhões de dólares. Pequim olha para o negócio como uma “ingerência grosseira” dos Estados Unidos nos seus assuntos internos.
O governo tibetano no exílio rejeitou as ameaças de Pequim, considerando “não haver qualquer razão no argumento” de que um encontro entre o Dalai Lama e o Presidente norte-americano possa prejudicar as relações entre os dois países. “Temos a convicção que o papel dos Estados Unidos é o de facilitar um diálogo justo e honesto entre os emissários do Dalai Lama e o Governo chinês”, declarou o porta-voz, Thubten Samphel, em declarações à agência noticiosa francesa AFP.
Fonte: Público