Filipa César vence BESPhoto 2009
Filipa César venceu a 6.ª edição do Prémio BESPhoto, para o qual foi nomeada pelos projectos "The Four Chambered Heart", "Le Passeur" e "Rapport/ Raccord". A distinção foi anunciada esta noite, em Lisboa.
O júri de premiação justificou a sua escolha pela "criação de um objecto ímpar. Pela maneira inédita de tratar múltiplos problemas - a história de Portugal, a censura e a moral salazarista, o degredo, a homossexualidade feminina, o trabalho e a matéria - cruzando narrativas com geografia e construindo imagens em que o a-humano, o elementar, o cósmico, contaminam com fora inatingível, a acção do homem".
Filipa César (Porto, 1975) explicou ao PÚBLICO que a ideia de trabalhar acerca de locais e documentos que simbolizam a repressão da ditadura de Oliveira Salazar "surgiu de experiências, memórias e influência de uma antiga professora que se mudou para Castro Marim e de um artigo de São José Almeida [jornalista do PÚBLICO]". "A densidade e a história de Castro Marim [para onde foram enviadas pessoas que estavam nas margens dos padrões morais do regime] são muito fortes", explica a artista para quem os trabalhos pelos quais foi nomeada são apenas "estações" para outras criações.
A exposição da artista vencedora daquele que já se transformou no principal prémio de arte contemporânea em Portugal (com um valor pecuniário de 25 mil euros) pode ser vista até ao dia 4 de Abril no Museu Colecção Berardo, em Lisboa. Os artistas finalistas foram seleccionados por um júri composto pelos críticos de arte e comissários Delfim Sardo, Miguel von Hafe Pérez e Nuno Crespo com base em exposições realizadas no ano passado.
Filipa César (1975) foi seleccionada pelos projectos "Le Passeur", na Fundação Ellipse; "Rapport/ Raccord", na Galeria Distrito Cuatro, em Madrid, e "The Four Chambered Heart", na Galeria Cristina Guerra, em Lisboa. Quando foi nomeada, o júri apontou "as qualidades fílmicas de documentário" do projecto Le Passeur e destacou nele "o olhar fotográfico consciente da tradição retratística do fotógrafo", considerando que esta relação está também bem explícita nos outros projectos da artista.
O júri de premiação foi constituído por José Gil, professor universitário, filósofo, ensaísta e ficcionista; Alberto Anaut, director da La Fábrica e presidente do PHotoEspaña e Marcel Feil, curador do Foam-Fotografiemuseum Amesterdam.
Fonte: Público
O júri de premiação justificou a sua escolha pela "criação de um objecto ímpar. Pela maneira inédita de tratar múltiplos problemas - a história de Portugal, a censura e a moral salazarista, o degredo, a homossexualidade feminina, o trabalho e a matéria - cruzando narrativas com geografia e construindo imagens em que o a-humano, o elementar, o cósmico, contaminam com fora inatingível, a acção do homem".
Filipa César (Porto, 1975) explicou ao PÚBLICO que a ideia de trabalhar acerca de locais e documentos que simbolizam a repressão da ditadura de Oliveira Salazar "surgiu de experiências, memórias e influência de uma antiga professora que se mudou para Castro Marim e de um artigo de São José Almeida [jornalista do PÚBLICO]". "A densidade e a história de Castro Marim [para onde foram enviadas pessoas que estavam nas margens dos padrões morais do regime] são muito fortes", explica a artista para quem os trabalhos pelos quais foi nomeada são apenas "estações" para outras criações.
A exposição da artista vencedora daquele que já se transformou no principal prémio de arte contemporânea em Portugal (com um valor pecuniário de 25 mil euros) pode ser vista até ao dia 4 de Abril no Museu Colecção Berardo, em Lisboa. Os artistas finalistas foram seleccionados por um júri composto pelos críticos de arte e comissários Delfim Sardo, Miguel von Hafe Pérez e Nuno Crespo com base em exposições realizadas no ano passado.
Filipa César (1975) foi seleccionada pelos projectos "Le Passeur", na Fundação Ellipse; "Rapport/ Raccord", na Galeria Distrito Cuatro, em Madrid, e "The Four Chambered Heart", na Galeria Cristina Guerra, em Lisboa. Quando foi nomeada, o júri apontou "as qualidades fílmicas de documentário" do projecto Le Passeur e destacou nele "o olhar fotográfico consciente da tradição retratística do fotógrafo", considerando que esta relação está também bem explícita nos outros projectos da artista.
O júri de premiação foi constituído por José Gil, professor universitário, filósofo, ensaísta e ficcionista; Alberto Anaut, director da La Fábrica e presidente do PHotoEspaña e Marcel Feil, curador do Foam-Fotografiemuseum Amesterdam.
Fonte: Público