Hoje há derby em Alvalade
Ninguém poupará esforços no derby de Lisboa. O Sporting é o que tem mais em jogo - tudo. O Benfica ainda pensa em títulos no plural.
José Eduardo Bettencourt chegou ontem de férias. O presidente do Sporting não viu os "leões" ficarem (se é que não estavam já) afastados da luta pelo título, nem a eliminação da Taça de Portugal com um jogo de resultado humilhante frente ao FC Porto. Mas irá ver ao vivo, com Luís Filipe Vieira ao lado, se o Sporting continua, ou não, na corrida pelo único troféu nacional que realisticamente ainda pode conquistar esta época. Hoje, em Alvalade, está em causa um lugar na final da Taça da Liga, com os "leões" em crise a defrontarem um Benfica ligeiramente beliscado depois do empate para o campeonato em Setúbal no último fim-de-semana.
O ambiente que rodeia este derby de Lisboa não é o melhor. O Benfica queixa-se de não ter recebido 30 por cento dos bilhetes que o Sporting teria prometido em troca da antecipação do jogo, os "leões" queixam-se que nunca fizeram tal promessa e que já foram muito generosos em fornecer um número de ingressos acima do que os regulamentos exigem. Quem não se juntou a esta guerra de palavras foram os treinadores. Nem Carlos Carvalhal, nem Jorge Jesus falaram para antecipar a partida.
Se as diferenças de comportamento entre as duas equipas são abis- sais - o Benfica está na frente do campeonato e quase só ganha; o Sporting está mais longe do primeiro classificado que do último -, no campo o único confronto entre os dois deu um empate sem golos. Já a última vez que se defrontaram nesta competição - a final, na época passada -, as coisas foram bem menos pacíficas. O Benfica saiu vencedor, o Sporting queixou-se da arbitragem devido uma inexistente mão na bola de Pedro Silva que deu um penálti que não existiu e até motivou um pedido de desculpas do árbitro Lucílio Baptista.
Sem poupanças
O Sporting é que parece chegar pior a este derby. Depois de uma série de sete jogos só com vitórias, os homens de Carlos Carvalhal parece que acusaram a pressão de jogos decisivos e já somam três derrotas consecutivas. O encontro de hoje é mais um do difícil ciclo de Fevereiro, que inclui ainda uma eliminatória complicada na Liga Europa com o Everton. Carvalhal não se está a sair muito bem na tarefa de mostrar que pode ser mais que um treinador a prazo em Alvalade e muito do seu futuro imediato também pode passar pelo que o Sporting fizer hoje.
Por ser o jogo do quase tudo para o Sporting, não devem existir poupanças. O técnico "leonino" convocou todos os disponíveis, mas deverá apostar no seu "onze" habitual, com Izmailov a regressar, depois da ausência frente à Académica. Dúvida será o parceiro de Liedson no ataque, se o esforçado mas ainda "corpo estranho" Pongolle, se o estático e alto Saleiro, ou até se joga Miguel Veloso na esquerda, ele que tem estado lesionado (mas que foi convocado), ou se aposta em Vukcevic.
O Benfica, por seu lado, chega a Alvalade numa posição de força em relação ao adversário, mesmo que ligeiramente desapontado com o empate na última jornada do campeonato que esvaziou um pouco a antecipação do jogo com a União de Leiria. O Benfica, por enquanto, até tem mais por que lutar esta época, mas não deverá querer deixar fugir este título, que até pode bem vir a ser o único.
Jesus também não é de poupanças, devendo, por isso, apostar naqueles que têm construído a aura de quase invencibilidade do Benfica. Saviola e Cardozo são pouco menos que intocáveis no ataque "encarnado", tal como Di María e Ramires. Aimar, fisicamente menos resistente, pode ser poupado, mas aí tem um suplente à altura, Carlos Martins, que terá a motivação extra de defrontar a antiga equipa.
Fonte: Público
O ambiente que rodeia este derby de Lisboa não é o melhor. O Benfica queixa-se de não ter recebido 30 por cento dos bilhetes que o Sporting teria prometido em troca da antecipação do jogo, os "leões" queixam-se que nunca fizeram tal promessa e que já foram muito generosos em fornecer um número de ingressos acima do que os regulamentos exigem. Quem não se juntou a esta guerra de palavras foram os treinadores. Nem Carlos Carvalhal, nem Jorge Jesus falaram para antecipar a partida.
Se as diferenças de comportamento entre as duas equipas são abis- sais - o Benfica está na frente do campeonato e quase só ganha; o Sporting está mais longe do primeiro classificado que do último -, no campo o único confronto entre os dois deu um empate sem golos. Já a última vez que se defrontaram nesta competição - a final, na época passada -, as coisas foram bem menos pacíficas. O Benfica saiu vencedor, o Sporting queixou-se da arbitragem devido uma inexistente mão na bola de Pedro Silva que deu um penálti que não existiu e até motivou um pedido de desculpas do árbitro Lucílio Baptista.
Sem poupanças
O Sporting é que parece chegar pior a este derby. Depois de uma série de sete jogos só com vitórias, os homens de Carlos Carvalhal parece que acusaram a pressão de jogos decisivos e já somam três derrotas consecutivas. O encontro de hoje é mais um do difícil ciclo de Fevereiro, que inclui ainda uma eliminatória complicada na Liga Europa com o Everton. Carvalhal não se está a sair muito bem na tarefa de mostrar que pode ser mais que um treinador a prazo em Alvalade e muito do seu futuro imediato também pode passar pelo que o Sporting fizer hoje.
Por ser o jogo do quase tudo para o Sporting, não devem existir poupanças. O técnico "leonino" convocou todos os disponíveis, mas deverá apostar no seu "onze" habitual, com Izmailov a regressar, depois da ausência frente à Académica. Dúvida será o parceiro de Liedson no ataque, se o esforçado mas ainda "corpo estranho" Pongolle, se o estático e alto Saleiro, ou até se joga Miguel Veloso na esquerda, ele que tem estado lesionado (mas que foi convocado), ou se aposta em Vukcevic.
O Benfica, por seu lado, chega a Alvalade numa posição de força em relação ao adversário, mesmo que ligeiramente desapontado com o empate na última jornada do campeonato que esvaziou um pouco a antecipação do jogo com a União de Leiria. O Benfica, por enquanto, até tem mais por que lutar esta época, mas não deverá querer deixar fugir este título, que até pode bem vir a ser o único.
Jesus também não é de poupanças, devendo, por isso, apostar naqueles que têm construído a aura de quase invencibilidade do Benfica. Saviola e Cardozo são pouco menos que intocáveis no ataque "encarnado", tal como Di María e Ramires. Aimar, fisicamente menos resistente, pode ser poupado, mas aí tem um suplente à altura, Carlos Martins, que terá a motivação extra de defrontar a antiga equipa.
Fonte: Público