Mulheres ainda em minoria no cinema
Há mais mulheres do que homens no mundo. Há muitos mais homens do que mulheres no cinema. Se no primeiro caso a diferença é mínima (51 por cento de mulheres no planeta), no segundo é esmagadora - nos filmes feitos em 2007, as mulheres só conseguiram 29,9 por cento dos papéis. A diferença esbate-se quando na realização de um filme está uma mulher: aí, as actrizes representam 44,6 por cento dos intérpretes. “Já suspeitávamos que se desse este aumento. O estudo só veio confirmá-lo”, explica Stacy L. Smith, professora da Universidade de Southern California, que liderou o estudo sobre os cem filmes com maiores receitas de bilheteira no ano de 2007.
No que toca à presença de mulheres atrás das câmaras, a diferença ainda é mais esmagadora. De acordo com o mesmo estudo, 83 por cento dos directores, guionistas e produtores desses cem filmes analisados são homens. O lugar de realizador é particularmente sintomático: dos cem filmes analisados, apenas três foram realizados por mulheres.
As Nações Unidas reuniram na segunda-feira várias mulheres activistas numa sessão dedicada ao combate pela igualdade e contra a violência de género e a actriz Geena Davis foi uma das convidadas, queixando-se também do papel reduzido dado às mulheres na indústria cinematográfica.
Davis, fundadora de um instituto em prol da igualdade, argumentou em plena sede da ONU em Nova Iorque que, no contexto actual, “a mensagem que passa é que as raparigas e as mulheres têm menos importância do que os rapazes e homens”. Para a protagonista de filmes como "Accidents Happen" (2009) ou "Angie" (1994), a figura da mulher no cinema, com as suas roupas “tão reveladora sexualmente como as dos filmes eróticos”, é “estereotipada e hipersexualizada”.
Como assinala o "Los Angeles Times", o filme "Estado de Guerra", concorrente forte dos Óscares deste ano, a realizadora Kathryn Bigelow contou apenas com oito mulheres num universo de 34 actores, o que perfaz uma percentagem de 23 por cento de actrizes num filme que muitos acreditam poder consagrar a primeira mulher com o Óscar de Melhor Realizador.
Fonte: Público
No que toca à presença de mulheres atrás das câmaras, a diferença ainda é mais esmagadora. De acordo com o mesmo estudo, 83 por cento dos directores, guionistas e produtores desses cem filmes analisados são homens. O lugar de realizador é particularmente sintomático: dos cem filmes analisados, apenas três foram realizados por mulheres.
As Nações Unidas reuniram na segunda-feira várias mulheres activistas numa sessão dedicada ao combate pela igualdade e contra a violência de género e a actriz Geena Davis foi uma das convidadas, queixando-se também do papel reduzido dado às mulheres na indústria cinematográfica.
Davis, fundadora de um instituto em prol da igualdade, argumentou em plena sede da ONU em Nova Iorque que, no contexto actual, “a mensagem que passa é que as raparigas e as mulheres têm menos importância do que os rapazes e homens”. Para a protagonista de filmes como "Accidents Happen" (2009) ou "Angie" (1994), a figura da mulher no cinema, com as suas roupas “tão reveladora sexualmente como as dos filmes eróticos”, é “estereotipada e hipersexualizada”.
Como assinala o "Los Angeles Times", o filme "Estado de Guerra", concorrente forte dos Óscares deste ano, a realizadora Kathryn Bigelow contou apenas com oito mulheres num universo de 34 actores, o que perfaz uma percentagem de 23 por cento de actrizes num filme que muitos acreditam poder consagrar a primeira mulher com o Óscar de Melhor Realizador.
Fonte: Público