Benfica nos quartos da Liga Europa
Se há equipa sobre a qual Didier Deschamps não deve querer mais ouvir falar é o Benfica. Vinte anos depois do golo com a mão de Vata ter eliminado os franceses das meias-finais da Taça dos Campeões Europeus, com o treinador como jogador, os lisboetas voltaram a fazer a desgraça do agora técnico. Um golo de Kardec em cima dos 90’ e lançou os “encarnados” para os quartos-de-final da Liga Europa. Hoje será conhecido o próximo adversário.
Jorge Jesus acertou em tudo em Marselha. Acertou quando antecipou que esta seria uma partida com golos das duas equipas. Acertou no diagnóstico do adversário. Acertou ao fazer entrar Aimar, aos 77’. E acertou na aposta em Kardec para os derradeiros instantes. Foi o argentino quem cobrou o livre que originou o golo da vitória do brasileiro, mas já antes fizera meio golo com um passe a isolar Di María, que falha incrivelmente na finalização.
Foi uma eliminatória muito suada para o Benfica e as coisas pioraram no Vélodrome antes de melhorarem. A equipa da casa marcou primeiro, por Niang, aos 70’, com os lisboetas, que foram sempre mais perigosos, a empatarem minutos depois. Seguiram-se duas perdidas incríveis da equipa portuguesa, mas a sorte esteve desta vez do seu lado. Ironicamente, marcou o golo da vitória na mesma altura em que o Marselha empatara na Luz.
Para a segunda parte da eliminatória, Jorge Jesus fez duas alterações. Uma forçada pela lesão de César Peixoto, rendido por Fábio Coentrão, outra por opção, trocando Aimar por Carlos Martins. Do lado do Marselha, Deschamps apostou no mesmo “onze” de Lisboa, apesar de ter trocado as posições de Brandão (alinhou na esquerda) e Niang (centro).
A precisar de marcar em França, o Benfica não entrou cerimonioso e, logo aos 2’, Di María deu o primeiro dos inúmeros avisos da equipa portuguesa. Nenhum foi transformado em golo (o árbitro também contribuiu para tal ao não assinalar uma grande penalidade contra a equipa francesa), mas os “encarnados” mostraram uma atitude mais competitiva do que em igual período da partida da Luz. Cardozo, com uma bola ao poste, protagonizou a mais flagrante oportunidade, aos 24’.
Em casa, o Marselha procurou repetir a dose do primeiro jogo, apostando na neutralização do meio-campo benfiquista, o que conseguiu parcialmente, inibindo a primeira linha de construção. Já Carlos Martins, por culpa própria, passou grande parte do tempo ao lado do jogo. Mesmo assim, a equipa portuguesa foi sempre superior e o primeiro remate do adversário surgiria apenas à passagem da meia-hora.
Mais determinado voltou o conjunto de Jorge Jesus para o segundo tempo, mas alguma lentidão nas transições ofensivas permitia aos franceses equilibrarem-se defensivamente. Com meia hora para jogar, o Benfica acelerou e as oportunidades foram finalmente surgindo junto da baliza de Mandanda. Completamente contra a corrente do jogo (e quando já se ouviam assobios dos adeptos do Marselha), Niang marcou o golo inaugural, na sequência de um livre (e de um erro de Júlio César), mas o contratempo não desmoralizou as hostes lisboetas, que deram um recital de futebol atacante nos derradeiros 20 minutos.
Um jogo desgastante para o Benfica, que parte só hoje de Marselha para o Algarve, onde começará a preparar a final da Taça da Liga. O moral, esse, está em alta.
Fonte: Público
Jorge Jesus acertou em tudo em Marselha. Acertou quando antecipou que esta seria uma partida com golos das duas equipas. Acertou no diagnóstico do adversário. Acertou ao fazer entrar Aimar, aos 77’. E acertou na aposta em Kardec para os derradeiros instantes. Foi o argentino quem cobrou o livre que originou o golo da vitória do brasileiro, mas já antes fizera meio golo com um passe a isolar Di María, que falha incrivelmente na finalização.
Foi uma eliminatória muito suada para o Benfica e as coisas pioraram no Vélodrome antes de melhorarem. A equipa da casa marcou primeiro, por Niang, aos 70’, com os lisboetas, que foram sempre mais perigosos, a empatarem minutos depois. Seguiram-se duas perdidas incríveis da equipa portuguesa, mas a sorte esteve desta vez do seu lado. Ironicamente, marcou o golo da vitória na mesma altura em que o Marselha empatara na Luz.
Para a segunda parte da eliminatória, Jorge Jesus fez duas alterações. Uma forçada pela lesão de César Peixoto, rendido por Fábio Coentrão, outra por opção, trocando Aimar por Carlos Martins. Do lado do Marselha, Deschamps apostou no mesmo “onze” de Lisboa, apesar de ter trocado as posições de Brandão (alinhou na esquerda) e Niang (centro).
A precisar de marcar em França, o Benfica não entrou cerimonioso e, logo aos 2’, Di María deu o primeiro dos inúmeros avisos da equipa portuguesa. Nenhum foi transformado em golo (o árbitro também contribuiu para tal ao não assinalar uma grande penalidade contra a equipa francesa), mas os “encarnados” mostraram uma atitude mais competitiva do que em igual período da partida da Luz. Cardozo, com uma bola ao poste, protagonizou a mais flagrante oportunidade, aos 24’.
Em casa, o Marselha procurou repetir a dose do primeiro jogo, apostando na neutralização do meio-campo benfiquista, o que conseguiu parcialmente, inibindo a primeira linha de construção. Já Carlos Martins, por culpa própria, passou grande parte do tempo ao lado do jogo. Mesmo assim, a equipa portuguesa foi sempre superior e o primeiro remate do adversário surgiria apenas à passagem da meia-hora.
Mais determinado voltou o conjunto de Jorge Jesus para o segundo tempo, mas alguma lentidão nas transições ofensivas permitia aos franceses equilibrarem-se defensivamente. Com meia hora para jogar, o Benfica acelerou e as oportunidades foram finalmente surgindo junto da baliza de Mandanda. Completamente contra a corrente do jogo (e quando já se ouviam assobios dos adeptos do Marselha), Niang marcou o golo inaugural, na sequência de um livre (e de um erro de Júlio César), mas o contratempo não desmoralizou as hostes lisboetas, que deram um recital de futebol atacante nos derradeiros 20 minutos.
Um jogo desgastante para o Benfica, que parte só hoje de Marselha para o Algarve, onde começará a preparar a final da Taça da Liga. O moral, esse, está em alta.
Fonte: Público