Ferreira Leite diz que a história lhe deu razão


Manuela Ferreira Leite abriu hoje o Congresso de Mafra com um discurso de despedida da liderança do PSD em que fez o balanço do seu mandato e do que foi defendendo à frente do partido, para concluir: “Sabíamos que a história nos ia dar razão. Não nos arrependemos. A política para mim só faz sentido quando temos como principal objectivo servir o país.”

Começando por ler um longo trecho do discurso que proferiu, em Junho de 2008, quando foi eleita líder do partido, Manuela Ferreira Leite considerou que todas as criticas que fez então e que foi fazendo ao longo da sua liderança estavam certas: “Infelizmente, isto podia ter sido hoje.”

A prova de que o PSD tinha razão, garantiu, foi o Plano de Estabilidade e Crescimento que alcunhou de “Plano de Estabilidade e de Estagnação”. Defendendo que “hoje está desmascarada a farsa” e lembrando o “crescimento galopante” da dívida externa, Manuela Ferreira Leite frisou que o Governo foi “rasgando uma a uma todas as medidas que defendeu anteriormente e que não tinha meios para fazer.”

Acusando o Governo de agir pela pressão da realidade, a líder cessante do PSD afirmou que “só por desespero se pode aumentar impostos a três milhões e meio de portugueses, quando se disse que não ia aumentar impostos”. E concluiu: “A questão política que se coloca é como foi possível tanta irresponsabilidade.” Para garantir ainda que “a posição do PSD é decisiva para tranquilizar os mercados.”

Manuela Ferreira Leite apelou ainda aos congressistas para estarem atentos à crise dos partidos e ao desfasamento destes em relação à sociedade civil. E fez questão de se demarcar da tentativa do presidente da Mesa do Congresso de condensar os trabalhos congressuais em apenas um dia.




Fonte: Público

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