Joan Baez volta a Portugal
A cantora folk norte-americana Joan Baez regressa a Portugal para dois concertos. Hoje, segunda-feira, na Casa da Música, no Porto, e depois de amanhã no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, leva ao palco canções novas e algumas das que marcaram a sua carreira, já com 50 anos.
Há muito esgotado, o espectáculo da Casa da Música começa às 21.30 horas. No palco da sala Suggia vai estar uma senhora que é apenas uma das maiores vozes da folk dos anos 60. A comemorar meio século de música, Joan Baez apresenta o mais recente álbum, "Day after tomorrow", editado em 2008 para celebrar a carreira inciada no famoso "Club 47" de Boston.
Volvidos 30 anos sobre o concerto que deu no Dramático de Cascais - em que o malogrado baterista dos King Fisher's Band, Pedro Taveira, combateu um inesperado corte de luz indo sozinho para o palco, no que foi seguido pela cantora -, Joan Baez está de regresso com um álbum feito em estreita colaboração com Steve Earle, produtor e ainda autor de dois temas e responsável pela guitarra e pelos coros. A esperança e o regresso a casa são temas recorrentes em "Day after tomorrow".
Mas outras canções exploram os dramas, individuais e colectivos, vividos durante os tempos de guerra. São disso exemplo o trecho que dá nome ao CD, da autoria de Tom Waits, e também a canção "Scarlet tide", assinada por Elvis Costello e T. Bone Burnett. O tema faz parte da banda sonora de "Cold mountain", filme que juntou Jude Law e Nicole Kidman em cenas da Guerra Civil americana.
Tanto no Porto como em Lisboa, o público irá também ouvir algumas das canções mais marcantes da carreira da artista de Nova Iorque. Como, por exemplo, o original "Diamonds & rust", que dá nome a um disco lançado em 1975 e que se diz ter sido dedicado a Bob Dylon, anos depois de a cantora o ter apresentado ao mundo. Os dois chegaram a viver juntos.
Hino dos direitos civis
Outro tema que a artista imortalizou, tornando histórica a sua participação em Woodstock, em 1969, foi "We shall overcome". É uma canção popular de protesto que veio a tornar-se um hino do movimento pelos direitos civis norte-emericanos em 1959. Foi escrita a partir do refrão de uma canção gospel quer era cantada por Charles Albert Tindley.
Entre os temas célebres que Joan Baez cantou estão ainda "Don't cry for me Argentina", original de Andrew Lloy Webber para o musical "Evita", "Gracias a la vida", da chilena Violeta Parra, ou "The night they drove old Dixie down", dos canadianos The Band.
A tendência da cantora para "covers" foi demonstrada logo no primeiro álbum, editado em 1960 com o seu nome, em que interpretou 13 canções populares. Em "Diamonds & rust" usou temas de Bob Dylan, Stevie Wonder, The Allman Brothers e Jackson Browne. Com a sua voz de soprano, Joan Baez rapidamente conquistou o mundo. E, à medida que a sua popularidade aumentou, passou a intervir também a nível político, participando em manifestações e cantando canções de protesto, como a já mencionada "We shall overcome".
Com 69 anos completados em Janeiro, Joan Chandos Baez mantém a frescura e o brilho que tanto a caracterizam, a par de um sorriso inconfudível. A digressão que assinala meio século de carreira começou nos Estados Unidos, em 2009, e chegou à Europa no mês passado. Depois de Áustria, Alemanha, França e Espanha, é agora a vez de Portugal assistir a dois concertos da cantora norte-americana.
Fonte: JN
Há muito esgotado, o espectáculo da Casa da Música começa às 21.30 horas. No palco da sala Suggia vai estar uma senhora que é apenas uma das maiores vozes da folk dos anos 60. A comemorar meio século de música, Joan Baez apresenta o mais recente álbum, "Day after tomorrow", editado em 2008 para celebrar a carreira inciada no famoso "Club 47" de Boston.
Volvidos 30 anos sobre o concerto que deu no Dramático de Cascais - em que o malogrado baterista dos King Fisher's Band, Pedro Taveira, combateu um inesperado corte de luz indo sozinho para o palco, no que foi seguido pela cantora -, Joan Baez está de regresso com um álbum feito em estreita colaboração com Steve Earle, produtor e ainda autor de dois temas e responsável pela guitarra e pelos coros. A esperança e o regresso a casa são temas recorrentes em "Day after tomorrow".
Mas outras canções exploram os dramas, individuais e colectivos, vividos durante os tempos de guerra. São disso exemplo o trecho que dá nome ao CD, da autoria de Tom Waits, e também a canção "Scarlet tide", assinada por Elvis Costello e T. Bone Burnett. O tema faz parte da banda sonora de "Cold mountain", filme que juntou Jude Law e Nicole Kidman em cenas da Guerra Civil americana.
Tanto no Porto como em Lisboa, o público irá também ouvir algumas das canções mais marcantes da carreira da artista de Nova Iorque. Como, por exemplo, o original "Diamonds & rust", que dá nome a um disco lançado em 1975 e que se diz ter sido dedicado a Bob Dylon, anos depois de a cantora o ter apresentado ao mundo. Os dois chegaram a viver juntos.
Hino dos direitos civis
Outro tema que a artista imortalizou, tornando histórica a sua participação em Woodstock, em 1969, foi "We shall overcome". É uma canção popular de protesto que veio a tornar-se um hino do movimento pelos direitos civis norte-emericanos em 1959. Foi escrita a partir do refrão de uma canção gospel quer era cantada por Charles Albert Tindley.
Entre os temas célebres que Joan Baez cantou estão ainda "Don't cry for me Argentina", original de Andrew Lloy Webber para o musical "Evita", "Gracias a la vida", da chilena Violeta Parra, ou "The night they drove old Dixie down", dos canadianos The Band.
A tendência da cantora para "covers" foi demonstrada logo no primeiro álbum, editado em 1960 com o seu nome, em que interpretou 13 canções populares. Em "Diamonds & rust" usou temas de Bob Dylan, Stevie Wonder, The Allman Brothers e Jackson Browne. Com a sua voz de soprano, Joan Baez rapidamente conquistou o mundo. E, à medida que a sua popularidade aumentou, passou a intervir também a nível político, participando em manifestações e cantando canções de protesto, como a já mencionada "We shall overcome".
Com 69 anos completados em Janeiro, Joan Chandos Baez mantém a frescura e o brilho que tanto a caracterizam, a par de um sorriso inconfudível. A digressão que assinala meio século de carreira começou nos Estados Unidos, em 2009, e chegou à Europa no mês passado. Depois de Áustria, Alemanha, França e Espanha, é agora a vez de Portugal assistir a dois concertos da cantora norte-americana.
Fonte: JN