Pilotos da TAP em greve
Os pilotos da TAP vão avançar com seis dias de greve entre 26 e 31 de Março, depois de falharem as negociações para o acordo de empresa, uma paralisação que a transportadora diz ir custar cerca de 30 milhões de euros.
Na sequência “do impasse a que chegaram as negociações do Acordo de Empresa, os pilotos vão adoptar vigorosas medidas de sensibilização da administração da TAP para que esta assuma uma postura construtiva e responsável nas negociações”, lê-se numa nota divulgada pelo sindicato dos pilotos.
As greves estão convocadas para os dias 26, 27, 28, 29, 30 e 31 de Março, a semana anterior à Páscoa, quando muitas pessoas estão de férias.
Os pilotos garantem que todas as ligações para a Madeira serão asseguradas naquele período, “num sinal de solidariedade”.
Em reacção ao pré-anúncio de greve, a TAP já veio dizer que a greve de seis dias terá um custo estimado de 30 milhões de euros, o que colocará a empresa numa situação "muito difícil".
Em declarações à Lusa, o porta-voz da transportadora, António Monteiro, considerou que, "além de negativa e prejudicial para a TAP, [esta greve] é também muito negativa para o país”.
De acordo com a empresa, o custo directo estimado para uma greve com eficácia total na TAP é de 5 milhões de euros ao dia.
Para a TAP, numa altura em que começa a haver “sinais de recuperação” e em que o período da Páscoa é “o primeiro do ano em que há a expectativa de receber fluxos importantes de turismo”, a paralisação de 26 a 31 de março “colocará a empresa numa situação muito difícil”.
A companhia lamenta assim o “historial de greves” do Sindicato de Pilotos de Aviação Civil (SPAC), quer na TAP, quer na Portugália, que considera não ser “nada favorável para uma empresa de transporte aéreo”, que deve transmitir confiança aos operadores.
“É um sindicato que ignora a realidade”, disse ainda António Monteiro.
Apesar de considerar “normal” que os sindicatos queiram mais aumentos salariais, a TAP sublinha assim que é necessário que os pilotos “olhem para o contexto”.
“A indústria dos transportes aéreos teve uma crise profunda que motivou o congelamento salarial em 2008 e 2009, mas em 2010 negociou-se já um aumento de 1,8 por cento”, disse.
O SPAC foi o único sindicato que se colocou à margem destas negociações e reivindica aumentos superiores, apesar das indicações do Governo de congelamento salarial nas empresas participadas pelo Estado, concluiu António Monteiro.
Já os pilotos acusam a TAP de ter “desvalorizado, de um modo inaceitável, as inúmeras concessões que solicitou ao SPAC, susceptíveis de reduzirem os custos operacionais, aumentarem a produtividade dos pilotos e melhorarem a qualidade do serviço prestado aos clientes” e dizem que vão cumprir apenas as disposições do acordo de empresa ainda em vigor.
Sobre as declarações do administrador delegado da TAP, Fernando Pinto, que ontem afirmou que "a greve é algo do século passado", os pilotos consideram que são “uma clara demonstração do estilo de gestão que esta administração da TAP tem vindo a adoptar”.
São um “sinal de desespero pela falta de soluções para os problemas da empresa que ela própria criou”, acrescenta a nota.
Fonte: Público
Na sequência “do impasse a que chegaram as negociações do Acordo de Empresa, os pilotos vão adoptar vigorosas medidas de sensibilização da administração da TAP para que esta assuma uma postura construtiva e responsável nas negociações”, lê-se numa nota divulgada pelo sindicato dos pilotos.
As greves estão convocadas para os dias 26, 27, 28, 29, 30 e 31 de Março, a semana anterior à Páscoa, quando muitas pessoas estão de férias.
Os pilotos garantem que todas as ligações para a Madeira serão asseguradas naquele período, “num sinal de solidariedade”.
Em reacção ao pré-anúncio de greve, a TAP já veio dizer que a greve de seis dias terá um custo estimado de 30 milhões de euros, o que colocará a empresa numa situação "muito difícil".
Em declarações à Lusa, o porta-voz da transportadora, António Monteiro, considerou que, "além de negativa e prejudicial para a TAP, [esta greve] é também muito negativa para o país”.
De acordo com a empresa, o custo directo estimado para uma greve com eficácia total na TAP é de 5 milhões de euros ao dia.
Para a TAP, numa altura em que começa a haver “sinais de recuperação” e em que o período da Páscoa é “o primeiro do ano em que há a expectativa de receber fluxos importantes de turismo”, a paralisação de 26 a 31 de março “colocará a empresa numa situação muito difícil”.
A companhia lamenta assim o “historial de greves” do Sindicato de Pilotos de Aviação Civil (SPAC), quer na TAP, quer na Portugália, que considera não ser “nada favorável para uma empresa de transporte aéreo”, que deve transmitir confiança aos operadores.
“É um sindicato que ignora a realidade”, disse ainda António Monteiro.
Apesar de considerar “normal” que os sindicatos queiram mais aumentos salariais, a TAP sublinha assim que é necessário que os pilotos “olhem para o contexto”.
“A indústria dos transportes aéreos teve uma crise profunda que motivou o congelamento salarial em 2008 e 2009, mas em 2010 negociou-se já um aumento de 1,8 por cento”, disse.
O SPAC foi o único sindicato que se colocou à margem destas negociações e reivindica aumentos superiores, apesar das indicações do Governo de congelamento salarial nas empresas participadas pelo Estado, concluiu António Monteiro.
Já os pilotos acusam a TAP de ter “desvalorizado, de um modo inaceitável, as inúmeras concessões que solicitou ao SPAC, susceptíveis de reduzirem os custos operacionais, aumentarem a produtividade dos pilotos e melhorarem a qualidade do serviço prestado aos clientes” e dizem que vão cumprir apenas as disposições do acordo de empresa ainda em vigor.
Sobre as declarações do administrador delegado da TAP, Fernando Pinto, que ontem afirmou que "a greve é algo do século passado", os pilotos consideram que são “uma clara demonstração do estilo de gestão que esta administração da TAP tem vindo a adoptar”.
São um “sinal de desespero pela falta de soluções para os problemas da empresa que ela própria criou”, acrescenta a nota.
Fonte: Público