Apple vende 300 mil iPads
O comportamento positivo, mas pouco expansivo, das acções da Apple ao longo da sessão bolsista de segunda-feira talvez reflicta a forma como as vendas iniciais do iPad foram recebidas pelo mercado.
Segundo um comunicado divulgado ontem ao início da manhã pela tecnológica norte-americana, até à meia-noite de sábado (dia do lançamento exclusivo nos Estados Unidos) foram vendidos 300 mil destes tablet PC (incluindo pré-encomendas). A empresa não divulgou previsões, mas os números avançados pela maioria dos analistas para as vendas iniciais oscilavam entre 300 mil e 400 mil unidades, havendo mesmo quem considerasse que as vendas poderiam chegar a uns optimistas 700 mil computadores. Daí que os 300 mil efectivamente vendidos não sejam um número mau, mas também não representem exactamente um estrondoso sucesso.
E, assumindo que entre aqueles que no sábado fizeram fila em frente às lojas deverão estar os fãs da Apple (que não dispensam os novos produtos da marca) ou os compradores compulsivos de tudo o que são novos lançamentos tecnológicos, há já quem se pergunte se a empresa californiana irá conseguir manter o nível de vendas.
Até porque os méritos do iPad não são consensuais e muitos ainda questionam a sua verdadeira utilidade. Este novo computador, que tem sido descrito como qualquer coisa a meio caminho entre um iPhone grande e um portátil menos sofisticado, permite ligação à Internet, ver vídeos, ouvir música, jogos e ler e-books. Mas não tem rato, nem teclado, nem suporte para flash, formato que é usado por um grande número de sites para exibir vídeos e conteúdo animado e interactivo e que, por isso, segundo os mais críticos, limitará a possibilidade de os utilizadores acederem a uma série de vídeos e jogos on-line. Como escreve na sua página de Internet o cronista de tecnologia do New York Times David Pogue, os detractores do iPad são essencialmente techies (especialistas e utilizadores intensivos de produtos tecnológicos). Já os fãs são pessoas "comuns", diz Pogue.
Além das vendas de lançamento, a empresa dirigida por Steve Jobs anunciou ainda que no primeiro dia os utilizadores do iPad fizeram o download de mais de um milhão de aplicações da loja da Apple, assim como de mais de 250 mil livros da iBookstore. O modelo que foi lançado no dia 3 tem ligação de Internet sem fios e custa 499 dólares e brevemente será posta à venda a versão com ligação em 3G (terceira geração móvel), por 829 dólares. "É óptimo ter lançado o iPad ao mundo", disse Steve Jobs, no comunicado divulgado ontem de manhã. Agora é esperar para ver se o mundo vai retribuir e fazer do iPad um caso de sucesso como são os seus familiares iPod e iPhone.
À hora de fecho desta edição, os títulos da Apple seguiam a subir 0,63 por cento, para 237,5 dólares, em Wall Street.
Fonte: Público
Segundo um comunicado divulgado ontem ao início da manhã pela tecnológica norte-americana, até à meia-noite de sábado (dia do lançamento exclusivo nos Estados Unidos) foram vendidos 300 mil destes tablet PC (incluindo pré-encomendas). A empresa não divulgou previsões, mas os números avançados pela maioria dos analistas para as vendas iniciais oscilavam entre 300 mil e 400 mil unidades, havendo mesmo quem considerasse que as vendas poderiam chegar a uns optimistas 700 mil computadores. Daí que os 300 mil efectivamente vendidos não sejam um número mau, mas também não representem exactamente um estrondoso sucesso.
E, assumindo que entre aqueles que no sábado fizeram fila em frente às lojas deverão estar os fãs da Apple (que não dispensam os novos produtos da marca) ou os compradores compulsivos de tudo o que são novos lançamentos tecnológicos, há já quem se pergunte se a empresa californiana irá conseguir manter o nível de vendas.
Até porque os méritos do iPad não são consensuais e muitos ainda questionam a sua verdadeira utilidade. Este novo computador, que tem sido descrito como qualquer coisa a meio caminho entre um iPhone grande e um portátil menos sofisticado, permite ligação à Internet, ver vídeos, ouvir música, jogos e ler e-books. Mas não tem rato, nem teclado, nem suporte para flash, formato que é usado por um grande número de sites para exibir vídeos e conteúdo animado e interactivo e que, por isso, segundo os mais críticos, limitará a possibilidade de os utilizadores acederem a uma série de vídeos e jogos on-line. Como escreve na sua página de Internet o cronista de tecnologia do New York Times David Pogue, os detractores do iPad são essencialmente techies (especialistas e utilizadores intensivos de produtos tecnológicos). Já os fãs são pessoas "comuns", diz Pogue.
Além das vendas de lançamento, a empresa dirigida por Steve Jobs anunciou ainda que no primeiro dia os utilizadores do iPad fizeram o download de mais de um milhão de aplicações da loja da Apple, assim como de mais de 250 mil livros da iBookstore. O modelo que foi lançado no dia 3 tem ligação de Internet sem fios e custa 499 dólares e brevemente será posta à venda a versão com ligação em 3G (terceira geração móvel), por 829 dólares. "É óptimo ter lançado o iPad ao mundo", disse Steve Jobs, no comunicado divulgado ontem de manhã. Agora é esperar para ver se o mundo vai retribuir e fazer do iPad um caso de sucesso como são os seus familiares iPod e iPhone.
À hora de fecho desta edição, os títulos da Apple seguiam a subir 0,63 por cento, para 237,5 dólares, em Wall Street.
Fonte: Público
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