'Eu amo-te, Phillip Morris' estreia amanhã


Estreia amanhã "Eu amo-te, Phillip Morris", em que Jim Carrey e Ewan McGregor personificam um casal homossexual. Baseado numa história verídica, a comédia fala do encontro entre um vigarista e um homem que lhe mudou a vida. Veja o trailer.

Steven Russell era agente da Polícia e homem casado, até que um episódio da vida o fez descobrir que era homossexual e que era mais divertido estar do outro lado da lei. Preso pelas suas vigarices, encontra, na prisão, Phillip Morris, por quem se apaixona perdidamente, a ponto de tudo fazer para o libertar, a bem ou a mal…

"Eu amo-te, Phillip Morris" é uma deliciosa comédia romântica, ou um filme de vigaristas - e de muitas vigarices -, e que ganha um relevo especial pelo facto de ter como principais intérpretes duas das grandes estrelas do momento, Jim Carrey e Ewan McGregor. E por muito estranho que pareçam as muitas peripécias que se vêem no filme, são quase todas verídicas. De tal forma que Phillip Morris vive hoje no Arkansas, mas em liberdade provisória, e Steven Russell está sozinho numa cela, numa prisão do Texas, onde enfrenta duas sentenças de prisão perpétua.

O filme assinala a estreia na realização da dupla constituída pelos argumentistas Glenn Ficarra e John Requa. Durante a primeira apresentação do filme na Europa, na edição do ano passado do Festival de Cannes, o JN falou com os dois.

John Requa explicou como fora possível financiar um filme de elevado risco, considerando ser uma primeira obra. "A partir do momento em que o Jim Carrey se envolveu no projecto, tudo se tornou mais fácil. Ele gostou muito do material." E acrescenta: "Como temos tido sucesso como argumentistas, podemos tirar um ano para escrever um argumento para nós dirigirmos. Já tivemos vários convites de estúdios para realizar filmes, mas nunca nos interessou muito. Eram quase sempre sequelas ou coisas muito comerciais. Se íamos dedicar uma parte considerável das nossas vidas a realizar um filme, teria de ser algo em que acreditássemos e pelo qual tivéssemos uma grande paixão."

O seu colaborador de sempre, desde que se conheceram, na Escola de Arte, Glenn Ficarra, recorda: "Ninguém acreditava que nos pudessem dar dinheiro para fazer um filme de golpe e gay ao mesmo tempo. Ainda me lembro do dia em que, finalmente, partimos para o Louisiana. Íamos mesmo fazer o nosso filme. Há muitos filmes que morrem na fase da pré-produção."

Jim Carrey é um "vulcão"

O realizador e argumentista define assim o filme: "Para nós, é uma comédia romântica. Não quisemos fazer um filme gay. Não é esse o tema do filme. Há muitos filmes sobre o que é ser gay. Não quisemos que nenhum deles falasse sobre esse aspecto." Ficarra tem uma enorme admiração pelo trabalho de Jim Carrey. Mas admite: "É como dirigir um vulcão.

Ele gostou muito do guião e não pediu para fazer nenhuma alteração, o que é raro. Seguiu o guião de uma forma muito religiosa. E o entusiasmo dele é inultrapassável."

Até por isso, para muitos espectadores, não será fácil esquecer os beijos apaixonados que ele e Ewan McGregor trocam na tela.






Fonte: JN

POSTED BY Joana Vieira
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