"Modern Family" estreia hoje
O canal Fox Life estreia esta noite a série de comédia "Uma família muito moderna", nomeada para o Globo de Ouro desta categoria. Em estilo documental, pretende-se satirizar o estilo de vida norte-americano "pelas complicações diárias de uma família do século XXI".
"Grande, hetero, gay, multicultural e tradicional família feliz" é deste modo que o canal descreve a família "Pritchett". Confuso? Talvez não. O patriarca, "Jay" é casado com uma mulher muito mais nova. "Claire", a filha de um relacionamento anterior, é casada com "Phil", de quem tem três filhos. O irmão desta, "Mitchell" é gay e acabou de adoptar com o companheiro "Cameron" uma criança vietnamita. São estes os ingredientes da produção classificada como a melhor "sitcom" (comédia de situação) de 2009 pela revista "Time".
Como o nome indica, as histórias escolhidas pelos autores - Christopher Lloyd e Steven Levitan -, satirizam os novos modelos familiares norte-americanos, ou, por outro lado, recorrem ao humor para os tornar mais bem aceites pela opinião pública?
Na opinião de Albertino Gonçalves, sociólogo, a escolha destes três tipos de casais deve-se ao tipo de situações que se pretendem satirizar e não pelos estereótipos que representam.
Segundo o investigador da Universidade do Minho, o argumento do formato "não tem de ser um espelho do que se passa na realidade. Funciona como escape e como fantasia". O sociólogo considera que uma série deste género "propõe situações, afectos e um conjunto de emoções" com que os espectadores "se identificam, sem se acharem iguais".
Aposta na anormalidade
"Os programas de humor apostam mais na anormalidade do que na normalidade. As famílias convencionais não são o melhor repositório do humor. Veja-se o caso de 'Os Simpsons' e de "Quem sai aos seus', com o Michael J. Fox", recorda.
"Não se pode pedir a um programa cómico que seja um telejornal ou um documentário. Brinca-se com situações, com problemas de hoje, que fazem sentido para a totalidade da sociedade, com figuras que não são necessariamente as mais vulgares", frisa.
Fonte: JN
"Grande, hetero, gay, multicultural e tradicional família feliz" é deste modo que o canal descreve a família "Pritchett". Confuso? Talvez não. O patriarca, "Jay" é casado com uma mulher muito mais nova. "Claire", a filha de um relacionamento anterior, é casada com "Phil", de quem tem três filhos. O irmão desta, "Mitchell" é gay e acabou de adoptar com o companheiro "Cameron" uma criança vietnamita. São estes os ingredientes da produção classificada como a melhor "sitcom" (comédia de situação) de 2009 pela revista "Time".
Como o nome indica, as histórias escolhidas pelos autores - Christopher Lloyd e Steven Levitan -, satirizam os novos modelos familiares norte-americanos, ou, por outro lado, recorrem ao humor para os tornar mais bem aceites pela opinião pública?
Na opinião de Albertino Gonçalves, sociólogo, a escolha destes três tipos de casais deve-se ao tipo de situações que se pretendem satirizar e não pelos estereótipos que representam.
Segundo o investigador da Universidade do Minho, o argumento do formato "não tem de ser um espelho do que se passa na realidade. Funciona como escape e como fantasia". O sociólogo considera que uma série deste género "propõe situações, afectos e um conjunto de emoções" com que os espectadores "se identificam, sem se acharem iguais".
Aposta na anormalidade
"Os programas de humor apostam mais na anormalidade do que na normalidade. As famílias convencionais não são o melhor repositório do humor. Veja-se o caso de 'Os Simpsons' e de "Quem sai aos seus', com o Michael J. Fox", recorda.
"Não se pode pedir a um programa cómico que seja um telejornal ou um documentário. Brinca-se com situações, com problemas de hoje, que fazem sentido para a totalidade da sociedade, com figuras que não são necessariamente as mais vulgares", frisa.
Fonte: JN