Os impostos vão subir


O primeiro-ministro anunciou no final de Conselho de Ministros de hoje as novas medidas para redução do défice do Estado, onde se cria uma taxa adicional de IRS de um a 1,5 por cento, e de IRC de 2,5 por cento, para as empresas com lucros acima de dois milhões de euros.

José Sócrates enfatizou que estas medidas vão permitir uma descida adicional do défice face ao que estava previsto no PEC e disse que este é um “esforço absolutamente indispensável” que pede aos portugueses até ao final de 2011 – prazo durante o qual está previsto que estas medidas se mantenham em vigor.

A sobretaxa no IRS será de um por cento até ao terceiro escalão do IRS e de 1,5 por cento a partir do quarto escalão. É também introduzida uma sobretaxa de 1,5 por cento para todas as taxas liberatórias de IRS.

Haverá também a já antecipada redução dos salários dos políticos em cinco por cento, bem como dos gestores de empresas públicas, e redução das transferências para o sector empresarial do Estado. As autarquias e regiões autónomas também serão afectadas, anunciou o primeiro-ministro.

Antes do início da conferência de imprensa do Governo, foi dito aos jornalistas presentes no local que haveria uma declaração sem direito a perguntas, à excepção de uma por cada cadeia de televisão. Quando terminou a sua intervenção, o primeiro-ministro disse no local aos jornalistas estar à “disposição para as perguntas que entenderem fazer”.

As novas medidas de austeridade hoje anunciadas juntam-se à antecipação para 2010 de medidas do PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento) previstas para 2011, com o objectivo de acelerar o reequilíbrio das contas públicas.



Fonte: Público

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