Argentina vence à Coreia do Sul
Houve Mundial. Houve um momento Messi – e não é por isso que cá estamos todos? Minuto 44. Na boca do lobo, como tem que ser, rodeado por seis sul-coreanos tão anónimos como os oito mexicanos que um dia foram atrás das manhas de Garrincha. A bola, magnética, junto aos pés. A baliza no subconsciente. O Soccer City e o mundo do futebol queriam que aquele golo entrasse – porque aquilo é um golo, mesmo que tenha atravessado a linha pelo lado errado do poste. No limite, a baliza é que estava mal colocada.
A Argentina de Messi, do polémico Maradona, de Santo Higuaín, também já está no Mundial. É impossível não dar por ela. Seria estúpido não contar com ela. Ganhou o segundo jogo consecutivo (4-1), somou seis pontos e começa a pensar noutros voos.
O jogo de ontem ainda não foi o jogo em que Messi foi lançado ao ar pelos colegas e recolhido por Maradona, maravilhado por se ver ao espelho quando olha para as habilidades de “Lio”. O génio voltou a estar presente. Sentiram-no os nigerianos e os sul-coreanos de forma semelhante. Mas estava escrito que ontem seria dia de Higuaín, Santo ketchup, “El Pipita”, protagonista de uma enxurrada de golos, autor de um hat-trick que não se via na Argentina desde Batistuta (em 1994, nos Estados Unidos, e quatro anos depois, em França).
O avançado que José Mourinho quer manter no Real Madrid materializou em golos todo o trabalho de uma equipa que picou pedra arduamente nas suas costas. Ele foi o único argentino com o privilégio de fazer mexer o placard, antes alimentado apenas por Park Chu Young. Aos 17’, o sul-coreano marcou, mas na baliza errada. Na baliza certa, terá dito Maradona, festejos contidos, preocupações em duplicado (Verón, por precaução, ficou de fora; Samuel, por lesão, foi substituído aos 23’ por Burdisso).
O jogo de Maradona, apesar de tudo, nunca ameaçou ruir. Aos 33’, a Argentina dos pequenitos, uma selecção que ontem apresentou uma média de 1,78 metros de altura, ampliou. Marcou Higuaín, após cruzamento (desviado) de Maxi Rodríguez, o substituto de “La bruxa” Verón, 35 anos. Foi o terceiro golo da Argentina no Mundial, o terceiro de bola parada. As vitórias pareciam vir de cima, do céu.
Há 24 anos, no México, a Coreia do Sul arranjou uma sombra para Maradona (“Foi mais taekwondo”, disse o argentino). Huh Jung Moo, agora seleccionador sul-coreano, depressa percebeu que seria impossível marcar tão severamente Messi. Para isso, teria que dispensar não um, mas dois ou três dos seus defesas mais aguerridos, mais inteligentes. Seria como tapar um lado para destapar do outro. A Coreia do Sul não foi capaz de tapar nem um lado nem o outro.
Huh Jung Moo pode dar-se por contente por Di María, com a cabeça no contrato com o Real Madrid, ainda não ter entrado neste Mundial. A segunda (e última) boa notícia da tarde para o técnico sul-coreano foi o golo de Lee Chung Yong na baliza certa e a segundos do intervalo. Sobre o anúncio do tempo suplementar, Demichelis, o rosto de uma defesa que continua a não dar garantias, distraiu-se e Maradona levou as mãos à cabeça antes da palestra no intervalo.
No regresso, a sua estratégia deu frutos a partir do momento em que chamou o genro Agüero (75’, para o lugar do extenuado Tévez). Se pouco antes, aos 58’, a Coreia do Sul merecera o empate, depois foi a vez de a Argentina acertar as contas e marcar os golos que não tinha marcado contra a Nigéria. Dois golos fáceis para Higuaín (76’ e 80’), dois golos que passaram pelos pés de Kun Agüero, dois golos vistoriados por Messi.
Fonte: Público
A Argentina de Messi, do polémico Maradona, de Santo Higuaín, também já está no Mundial. É impossível não dar por ela. Seria estúpido não contar com ela. Ganhou o segundo jogo consecutivo (4-1), somou seis pontos e começa a pensar noutros voos.
O jogo de ontem ainda não foi o jogo em que Messi foi lançado ao ar pelos colegas e recolhido por Maradona, maravilhado por se ver ao espelho quando olha para as habilidades de “Lio”. O génio voltou a estar presente. Sentiram-no os nigerianos e os sul-coreanos de forma semelhante. Mas estava escrito que ontem seria dia de Higuaín, Santo ketchup, “El Pipita”, protagonista de uma enxurrada de golos, autor de um hat-trick que não se via na Argentina desde Batistuta (em 1994, nos Estados Unidos, e quatro anos depois, em França).
O avançado que José Mourinho quer manter no Real Madrid materializou em golos todo o trabalho de uma equipa que picou pedra arduamente nas suas costas. Ele foi o único argentino com o privilégio de fazer mexer o placard, antes alimentado apenas por Park Chu Young. Aos 17’, o sul-coreano marcou, mas na baliza errada. Na baliza certa, terá dito Maradona, festejos contidos, preocupações em duplicado (Verón, por precaução, ficou de fora; Samuel, por lesão, foi substituído aos 23’ por Burdisso).
O jogo de Maradona, apesar de tudo, nunca ameaçou ruir. Aos 33’, a Argentina dos pequenitos, uma selecção que ontem apresentou uma média de 1,78 metros de altura, ampliou. Marcou Higuaín, após cruzamento (desviado) de Maxi Rodríguez, o substituto de “La bruxa” Verón, 35 anos. Foi o terceiro golo da Argentina no Mundial, o terceiro de bola parada. As vitórias pareciam vir de cima, do céu.
Há 24 anos, no México, a Coreia do Sul arranjou uma sombra para Maradona (“Foi mais taekwondo”, disse o argentino). Huh Jung Moo, agora seleccionador sul-coreano, depressa percebeu que seria impossível marcar tão severamente Messi. Para isso, teria que dispensar não um, mas dois ou três dos seus defesas mais aguerridos, mais inteligentes. Seria como tapar um lado para destapar do outro. A Coreia do Sul não foi capaz de tapar nem um lado nem o outro.
Huh Jung Moo pode dar-se por contente por Di María, com a cabeça no contrato com o Real Madrid, ainda não ter entrado neste Mundial. A segunda (e última) boa notícia da tarde para o técnico sul-coreano foi o golo de Lee Chung Yong na baliza certa e a segundos do intervalo. Sobre o anúncio do tempo suplementar, Demichelis, o rosto de uma defesa que continua a não dar garantias, distraiu-se e Maradona levou as mãos à cabeça antes da palestra no intervalo.
No regresso, a sua estratégia deu frutos a partir do momento em que chamou o genro Agüero (75’, para o lugar do extenuado Tévez). Se pouco antes, aos 58’, a Coreia do Sul merecera o empate, depois foi a vez de a Argentina acertar as contas e marcar os golos que não tinha marcado contra a Nigéria. Dois golos fáceis para Higuaín (76’ e 80’), dois golos que passaram pelos pés de Kun Agüero, dois golos vistoriados por Messi.
Fonte: Público