Obama: "É prematuro condenar Israel"
O Presidente norte-americano, Barak Obama, afirmou ontem que o incidente da frota pró-palestiniana foi “trágico”, mas sublinhou que Israel tem “preocupações de segurança legítimas” e considerou prematuro condenar Israel. Enquanto isso, não se sabe onde pára o navio "Rachel Corrie", que tentava furar o bloqueio naval imposto por Israel à Faixa de Gaza.
“Estamos a pedir uma investigação eficaz a tudo o que aconteceu”, disse Obama numa entrevista a Larry King. “Acho que Israel concordará com isso – uma investigação de padrão internacional”.
Uma condenação de Israel seria, assim, prematura. “Temos de saber os factos”, disse, acrescentando “Mas não é prematuro dizer que o statu quo é insustentável”.
Obama, que falou pela primeira vez sobre a questão numa entrevista dedicada sobretudo ao desastre do petróleo da BP, falou tanto as preocupações de Israel como da situação em Gaza. “Temos uma situação em que Israel tem preocupações de segurança legítimas quando tem mísseis a cair sobre cidades ao longo da fronteira entre Gaza e Israel.” Por outro lado, “há um bloqueio que está a impedir que as pessoas de Gaza tenham oportunidades de trabalho e consigam criar negócios e ter comércio e oportunidades para o futuro.”
“Acho que é importante neste momento que quebremos este impasse actual e usemos esta tragédia como oportunidade para saber como podemos ter em conta as preocupações de segurança de Israel, mas ao mesmo tempo começar a abrir oportunidades para os palestinianos”.
Não era claro o que acontecerá ao bloqueio imposto a Gaza. O Egipto abriu a sua fronteira na sequência do incidente com a frota, mas afirmou que o fará “temporariamente”. E ontem o jornal israelita "Ha’aretz" noticiava que o Governo de Benjamin Netanyahu estava a estudar maneiras “criativas” de fazer chegar ajuda à Faixa de Gaza.
Enquanto isso, o navio "Rachel Corrie" tentava furar o bloqueio naval. A embarcação pertencia à frota que acabou por ser impedida por Israel de chegar a Gaza, numa acção de comandos israelitas que mataram nove pessoas no navio "Mavi Marmara" mas atrasou-se e continuou entretanto o seu percurso. As autoridades israelitas afirmaram que não deixariam o "Rachel Corrie" (chamado assim em homenagem à activista britânica morta por um bulldozer israelita em 2003 em Gaza) passar.
O Movimento para a Libertação de Gaza, responsável pela acção, afirmou ter perdido o contacto com o navio, partindo do princípio de que este corte de comunicações seria uma acção de Israel.
Na operação anterior, o primeiro passo de Israel foi o corte de comunicações dos navios. A operação foi alvo de uma grande de onda de críticas em Israel, com comentadores, escritores e analistas a queixarem-se de que o exército caiu numa armadilha que lhe foi montada, respondendo com violência a uma provocação e matando nove pessoas sem qualquer baixa do seu lado.
Fonte: Público
“Estamos a pedir uma investigação eficaz a tudo o que aconteceu”, disse Obama numa entrevista a Larry King. “Acho que Israel concordará com isso – uma investigação de padrão internacional”.
Uma condenação de Israel seria, assim, prematura. “Temos de saber os factos”, disse, acrescentando “Mas não é prematuro dizer que o statu quo é insustentável”.
Obama, que falou pela primeira vez sobre a questão numa entrevista dedicada sobretudo ao desastre do petróleo da BP, falou tanto as preocupações de Israel como da situação em Gaza. “Temos uma situação em que Israel tem preocupações de segurança legítimas quando tem mísseis a cair sobre cidades ao longo da fronteira entre Gaza e Israel.” Por outro lado, “há um bloqueio que está a impedir que as pessoas de Gaza tenham oportunidades de trabalho e consigam criar negócios e ter comércio e oportunidades para o futuro.”
“Acho que é importante neste momento que quebremos este impasse actual e usemos esta tragédia como oportunidade para saber como podemos ter em conta as preocupações de segurança de Israel, mas ao mesmo tempo começar a abrir oportunidades para os palestinianos”.
Não era claro o que acontecerá ao bloqueio imposto a Gaza. O Egipto abriu a sua fronteira na sequência do incidente com a frota, mas afirmou que o fará “temporariamente”. E ontem o jornal israelita "Ha’aretz" noticiava que o Governo de Benjamin Netanyahu estava a estudar maneiras “criativas” de fazer chegar ajuda à Faixa de Gaza.
Enquanto isso, o navio "Rachel Corrie" tentava furar o bloqueio naval. A embarcação pertencia à frota que acabou por ser impedida por Israel de chegar a Gaza, numa acção de comandos israelitas que mataram nove pessoas no navio "Mavi Marmara" mas atrasou-se e continuou entretanto o seu percurso. As autoridades israelitas afirmaram que não deixariam o "Rachel Corrie" (chamado assim em homenagem à activista britânica morta por um bulldozer israelita em 2003 em Gaza) passar.
O Movimento para a Libertação de Gaza, responsável pela acção, afirmou ter perdido o contacto com o navio, partindo do princípio de que este corte de comunicações seria uma acção de Israel.
Na operação anterior, o primeiro passo de Israel foi o corte de comunicações dos navios. A operação foi alvo de uma grande de onda de críticas em Israel, com comentadores, escritores e analistas a queixarem-se de que o exército caiu numa armadilha que lhe foi montada, respondendo com violência a uma provocação e matando nove pessoas sem qualquer baixa do seu lado.
Fonte: Público