Rita Redshoes com novas canções
Abandonou os sapatos vermelhos e decidiu afirmar-se como compositora explorando lados ora introspectivos ora luminosos. Dois anos após o álbum de estreia Rita Redshoes está de volta com "Ligths & Darks", que chega hoje aos pontos de venda.
O segundo disco da cantora e compositora inspira-se num roteiro de afectos onde as músicas surgem "um bocadinho mais despidas". "Ligths & Darks" é um disco mais aberto.
"Comparado com o anterior, "Golden Era", diria que, para mim, este novo trabalho é mais claro, mais directo. Nele exponho-me mais, quer como compositora, quer vocalmente. Não quis que este segundo disco fosse tão orquestrado e tão arranjadinho como o primeiro. Queria despir um bocadinho as músicas, de forma a que elas fossem mais orgânicas e mais vivas", explicou a cantora numa entrevista ao JN.
Para Rita Redshoes, "se uma música tiver uma boa estrutura com certeza que continuará a resultar só com um instrumento e uma voz". Daí que, em estúdio tenha tido a ideia de gravar as músicas ao vivo e deixar que as mesmas ficassem assim. "Não senti necessidade de voltar a ouvi-las e de lhes acrescentar à posteriori mais instrumentos. Gostei desse desafio de me sentar e de não passar horas e horas a gravar instrumento a instrumento", explica.
Afirmação de personalidade
Assim sendo, neste novo álbum as músicas não apareceram sobrecarregadas de melodias. "Este é um disco mais aberto e mais exposto. É também mais afirmativo da minha personalidade como compositora".
O processo criativo teve um início difícil. "Ao fim de dois anos e depois de uma digressão com espectáculos um pouco por todo o país, é natural que recomeçar a compor não tenha sido fácil. Mas esforcei-me por arranjar um modo de contrariar essa dificuldade. Disse para mim mesma que com certeza, depois de "Golden Era" ,teria ainda muito mais para dizer, que não me esgotei nesse trabalho de estreia. De repente fiquei mais receptiva às coisas que me influenciaram ", contou. Entre essas influências refere as que retirou das viagens que fez a Florença e Maldivas, das exposições que visitou, dos livros e dos filmes que viu.
"O título do álbum surgiu-me logo no início inspirado por uma frase que ouvi dizer uma personagem de um filme de Wim Wenders. Ela falava de "Lights & Darks", referindo-se às diferentes cambiantes de uma paisagem. Esse foi o meu ponto de partida. Explorei o meu lado mais introspectivo, mais escuro e o lado mais luminoso e mais humorado. Acho que tenho essas facetas todas na minha personalidade". No final, afirma, sobraram ainda algumas músicas. Sobretudo temas instrumentais. "Tenho que fazer algo com isso. Gostaria que essas músicas fossem aproveitadas para bandas sonoras ou para um disco instrumental", confessa Rita Redshoes, que estudou canto e música clássica, admitindo que este género continua, de certo modo, a influenciar o seu trabalho. "Penso que o meu gosto pelos arranjos, pela escolha dos instrumentos e timbres vem da música clássica ". E explica ainda que canta em inglês não por estar a pensar numa carreira internacional , ou porque não tenha orgulho na língua pátria. "Comecei por cantar desta forma e nunca me questionei sobre o assunto. Numa olhei para a música com esse preconceito".
Fonte: JN
O segundo disco da cantora e compositora inspira-se num roteiro de afectos onde as músicas surgem "um bocadinho mais despidas". "Ligths & Darks" é um disco mais aberto.
"Comparado com o anterior, "Golden Era", diria que, para mim, este novo trabalho é mais claro, mais directo. Nele exponho-me mais, quer como compositora, quer vocalmente. Não quis que este segundo disco fosse tão orquestrado e tão arranjadinho como o primeiro. Queria despir um bocadinho as músicas, de forma a que elas fossem mais orgânicas e mais vivas", explicou a cantora numa entrevista ao JN.
Para Rita Redshoes, "se uma música tiver uma boa estrutura com certeza que continuará a resultar só com um instrumento e uma voz". Daí que, em estúdio tenha tido a ideia de gravar as músicas ao vivo e deixar que as mesmas ficassem assim. "Não senti necessidade de voltar a ouvi-las e de lhes acrescentar à posteriori mais instrumentos. Gostei desse desafio de me sentar e de não passar horas e horas a gravar instrumento a instrumento", explica.
Afirmação de personalidade
Assim sendo, neste novo álbum as músicas não apareceram sobrecarregadas de melodias. "Este é um disco mais aberto e mais exposto. É também mais afirmativo da minha personalidade como compositora".
O processo criativo teve um início difícil. "Ao fim de dois anos e depois de uma digressão com espectáculos um pouco por todo o país, é natural que recomeçar a compor não tenha sido fácil. Mas esforcei-me por arranjar um modo de contrariar essa dificuldade. Disse para mim mesma que com certeza, depois de "Golden Era" ,teria ainda muito mais para dizer, que não me esgotei nesse trabalho de estreia. De repente fiquei mais receptiva às coisas que me influenciaram ", contou. Entre essas influências refere as que retirou das viagens que fez a Florença e Maldivas, das exposições que visitou, dos livros e dos filmes que viu.
"O título do álbum surgiu-me logo no início inspirado por uma frase que ouvi dizer uma personagem de um filme de Wim Wenders. Ela falava de "Lights & Darks", referindo-se às diferentes cambiantes de uma paisagem. Esse foi o meu ponto de partida. Explorei o meu lado mais introspectivo, mais escuro e o lado mais luminoso e mais humorado. Acho que tenho essas facetas todas na minha personalidade". No final, afirma, sobraram ainda algumas músicas. Sobretudo temas instrumentais. "Tenho que fazer algo com isso. Gostaria que essas músicas fossem aproveitadas para bandas sonoras ou para um disco instrumental", confessa Rita Redshoes, que estudou canto e música clássica, admitindo que este género continua, de certo modo, a influenciar o seu trabalho. "Penso que o meu gosto pelos arranjos, pela escolha dos instrumentos e timbres vem da música clássica ". E explica ainda que canta em inglês não por estar a pensar numa carreira internacional , ou porque não tenha orgulho na língua pátria. "Comecei por cantar desta forma e nunca me questionei sobre o assunto. Numa olhei para a música com esse preconceito".
Fonte: JN