Caos no Meco e protestos no Facebook
A organização decide hoje se irá reembolsar o valor dos bilhetes a quem não conseguiu ver Prince no Super Bock Super Rock. Mas houve outras queixas.
É fácil identificar quem esteve (ou tentou estar) na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, no fim-de-semana passado: indivíduos com ar cansado, que conduzem carros envoltos numa nuvem de pó cor de barro e que encheram as redes sociais com insultos à Música no Coração, a organizadora do Super Bock Super Rock.
"O que dizem a 5 horas dentro do carro e não haver local para estacionar e ter de voltar para casa?", perguntava ontem Paula Pereira na página oficial do festival no Facebook. O músico David Fonseca também ficou preso no trânsito no domingo à noite. "Prince? Já perdi alguns concertos por razões compreensíveis, mas nunca tinha perdido um por não conseguir sequer chegar ao recinto", escreveu na sua página do Twitter. Ricardo Pardal também teve o mesmo problema. Depois de três horas dentro do carro, foi informado pela GNR que só a pé conseguiria chegar ao festival, a 6 km dali. "Será que me devolvem o valor dos bilhetes?"
Ivone Lourenço, assessora de imprensa da Música no Coração, garante que, durante o dia de hoje, a promotora de espectáculos musicais fará um comunicado e informará se reembolsa o dinheiro dos bilhetes.
No Facebook multiplicam-se os grupos de protesto ao festival. "Eu estive mais de 3 HORAS na fila para chegar ao Super Bock Super Rock" é um deles. Mas as filas de trânsito prolongaram-se principalmente depois dos concertos, quando milhares de pessoas - no último dia contaram-se mais de 32 mil - tentavam sair dos parques de estacionamento lotados e cheios de pó.
Nessa altura, quem sintonizou a TSF à espera de notícias de trânsito, ouvia Luís Montez, dono da Música no Coração, assegurar que o festival se irá manter no local nas próximas edições. "Podemos melhorar em alguns aspectos, como plantar alguma erva e água para regar", defendeu-se a propósito do pó que levou muita gente a assistir aos concertos com máscaras da Gripe A. Em relação ao acessos, disse apenas que no próximo ano a organização tem de estar "mais bem coordenada com a GNR". "O sítio é maravilhoso. Estes pinheiros mansos são únicos e dão muito boa sombra para quem acampa aqui", terminou.
"Por favor Luís Montez e Música no Coração, não voltem a fazer um festival desta natureza na Herdade do Cabeço da Flauta", pede Lígia Figueiredo. "E se voltarem a fazer, é porque não estiveram a dormir no parque de campismo." Falta de espaço e de sombras, chuveiros insuficientes, casas-de-banho entupidas que originaram "um curso de água que chegou a atingir tendas" são algumas das queixas dos campistas que tentaram dormir no parque do recinto. Como o i teve oportunidade de comprovar, o espaço que poderia ser confundido com um campo de refugiados, mostrou-se pequeno para tanta gente e a iluminação era de tal forma fraca que muitos passaram a noite a tropeçar nas tendas e a acordar os vizinhos.
Depois de 15 edições repartidas por Alcântara, Algés, a Praça Sony (durante a Expo'98) e o Parque Tejo, no Parque das Nações - onde o festival se instalou em 1999 -, a Música no Coração decidiu este ano transferir o Super Bock Super Rock para os arredores da Aldeia do Meco. O descampado não era desconhecido à promotora, já que no início da década tinha escolhido a mesma herdade para trazer artistas como o norte-americano Moby ou a islandesa Björk, no festival Hype@Meco. Uma péssima escolha diz quem lá esteve. E há festivaleiros que, como se lê no Facebook, vão mais longe: "A partir de agora só bebo Sagres."
Fonte: ionline
É fácil identificar quem esteve (ou tentou estar) na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, no fim-de-semana passado: indivíduos com ar cansado, que conduzem carros envoltos numa nuvem de pó cor de barro e que encheram as redes sociais com insultos à Música no Coração, a organizadora do Super Bock Super Rock.
"O que dizem a 5 horas dentro do carro e não haver local para estacionar e ter de voltar para casa?", perguntava ontem Paula Pereira na página oficial do festival no Facebook. O músico David Fonseca também ficou preso no trânsito no domingo à noite. "Prince? Já perdi alguns concertos por razões compreensíveis, mas nunca tinha perdido um por não conseguir sequer chegar ao recinto", escreveu na sua página do Twitter. Ricardo Pardal também teve o mesmo problema. Depois de três horas dentro do carro, foi informado pela GNR que só a pé conseguiria chegar ao festival, a 6 km dali. "Será que me devolvem o valor dos bilhetes?"
Ivone Lourenço, assessora de imprensa da Música no Coração, garante que, durante o dia de hoje, a promotora de espectáculos musicais fará um comunicado e informará se reembolsa o dinheiro dos bilhetes.
No Facebook multiplicam-se os grupos de protesto ao festival. "Eu estive mais de 3 HORAS na fila para chegar ao Super Bock Super Rock" é um deles. Mas as filas de trânsito prolongaram-se principalmente depois dos concertos, quando milhares de pessoas - no último dia contaram-se mais de 32 mil - tentavam sair dos parques de estacionamento lotados e cheios de pó.
Nessa altura, quem sintonizou a TSF à espera de notícias de trânsito, ouvia Luís Montez, dono da Música no Coração, assegurar que o festival se irá manter no local nas próximas edições. "Podemos melhorar em alguns aspectos, como plantar alguma erva e água para regar", defendeu-se a propósito do pó que levou muita gente a assistir aos concertos com máscaras da Gripe A. Em relação ao acessos, disse apenas que no próximo ano a organização tem de estar "mais bem coordenada com a GNR". "O sítio é maravilhoso. Estes pinheiros mansos são únicos e dão muito boa sombra para quem acampa aqui", terminou.
"Por favor Luís Montez e Música no Coração, não voltem a fazer um festival desta natureza na Herdade do Cabeço da Flauta", pede Lígia Figueiredo. "E se voltarem a fazer, é porque não estiveram a dormir no parque de campismo." Falta de espaço e de sombras, chuveiros insuficientes, casas-de-banho entupidas que originaram "um curso de água que chegou a atingir tendas" são algumas das queixas dos campistas que tentaram dormir no parque do recinto. Como o i teve oportunidade de comprovar, o espaço que poderia ser confundido com um campo de refugiados, mostrou-se pequeno para tanta gente e a iluminação era de tal forma fraca que muitos passaram a noite a tropeçar nas tendas e a acordar os vizinhos.
Depois de 15 edições repartidas por Alcântara, Algés, a Praça Sony (durante a Expo'98) e o Parque Tejo, no Parque das Nações - onde o festival se instalou em 1999 -, a Música no Coração decidiu este ano transferir o Super Bock Super Rock para os arredores da Aldeia do Meco. O descampado não era desconhecido à promotora, já que no início da década tinha escolhido a mesma herdade para trazer artistas como o norte-americano Moby ou a islandesa Björk, no festival Hype@Meco. Uma péssima escolha diz quem lá esteve. E há festivaleiros que, como se lê no Facebook, vão mais longe: "A partir de agora só bebo Sagres."
Fonte: ionline
