Falta de patrocínios cancelou Red Bull Air Race
Não terão sido atrasos na organização da prova, mas problemas relacionados com o seu financiamento que levaram a Red Bull Air Race Championship, responsável pelo campeonato conhecido como "Fórmula 1 dos ceús", a anunciar ontem o cancelamento da prova prevista para 4 e 5 de Setembro, apurou o PÚBLICO junto de várias fontes. No site oficial da Red Bull Air Race, a empresa nunca reconheceu oficialmente a mudança da prova para as margens do Douro, depois de em Dezembro passado ter anunciado a corrida em Lisboa.
Em Março, contudo, os presidentes das câmaras do Porto e Lisboa anunciaram um acordo para a realização da corrida deste ano no Porto e em Gaia, comprometendo-se a uma alternância entre Douro e Tejo nos próximos quatro anos.
O entendimento surgiu depois de o anúncio da prova na capital ter suscitado inúmeras críticas, quer no Porto, quer em Lisboa, onde a oposição a António Costa denunciou um contrato "leonino" com a Red Bull. O protocolo, aprovado pelo executivo lisboeta com os votos contra da oposição, previa um custo total de 3,5 milhões. Na falta de patrocínios, a factura seria paga pelas autarquias de Lisboa e Oeiras e pelo Turismo de Lisboa.
No Norte o contrato era bem diferente. Gaia e o Porto pagavam 400 mil euros cada à Red Bull e o Turismo do Norte garantia 200 mil euros.
A dificuldade de angariar patrocínios terá ditado o cancelamento da prova, uma versão que a Red Bull não comenta. Num comunicado, a Câmara de Gaia afirma isso mesmo, referindo que foi informada pela empresa do cancelamento da prova, tendo esta evocado "motivos de natureza económico-financeira ligados à crise internacional". Numa nota divulgada ontem, a Red Bull atribuiu o cancelamento ao "inesperado atraso" no novo acordo para o destino da corrida. "Embora o processo negocial e de apoio à iniciativa com o Turismo de Portugal e as cidades associadas de Lisboa, do Porto e de Gaia tenha decorrido de forma positiva, a organização considera que se esgotou a margem de tempo necessária para colocar de pé um evento desta complexidade, dimensão e qualidade", lê-se no comunicado.
A Câmara do Porto e o Turismo de Portugal mostraram-se surpreendidos com a decisão. "Ainda na segunda-feira passada a mesma organização manteve uma reunião de trabalho no Porto, onde foram acertados mais alguns pormenores, nada fazendo supor esta súbita decisão", afirma a autarquia portuense. O Turismo de Portugal garante que todas as entidades envolvidas cumpriram os compromissos e critica a Red Bull. "Apesar de todo o empenho e garantia do cumprimento dessas obrigações, a organização da Red Bull Air Race entendeu cancelar a prova, o que demonstra a falta de fiabilidade do promotor", diz o Turismo de Portugal.
Fonte: Público
Em Março, contudo, os presidentes das câmaras do Porto e Lisboa anunciaram um acordo para a realização da corrida deste ano no Porto e em Gaia, comprometendo-se a uma alternância entre Douro e Tejo nos próximos quatro anos.
O entendimento surgiu depois de o anúncio da prova na capital ter suscitado inúmeras críticas, quer no Porto, quer em Lisboa, onde a oposição a António Costa denunciou um contrato "leonino" com a Red Bull. O protocolo, aprovado pelo executivo lisboeta com os votos contra da oposição, previa um custo total de 3,5 milhões. Na falta de patrocínios, a factura seria paga pelas autarquias de Lisboa e Oeiras e pelo Turismo de Lisboa.
No Norte o contrato era bem diferente. Gaia e o Porto pagavam 400 mil euros cada à Red Bull e o Turismo do Norte garantia 200 mil euros.
A dificuldade de angariar patrocínios terá ditado o cancelamento da prova, uma versão que a Red Bull não comenta. Num comunicado, a Câmara de Gaia afirma isso mesmo, referindo que foi informada pela empresa do cancelamento da prova, tendo esta evocado "motivos de natureza económico-financeira ligados à crise internacional". Numa nota divulgada ontem, a Red Bull atribuiu o cancelamento ao "inesperado atraso" no novo acordo para o destino da corrida. "Embora o processo negocial e de apoio à iniciativa com o Turismo de Portugal e as cidades associadas de Lisboa, do Porto e de Gaia tenha decorrido de forma positiva, a organização considera que se esgotou a margem de tempo necessária para colocar de pé um evento desta complexidade, dimensão e qualidade", lê-se no comunicado.
A Câmara do Porto e o Turismo de Portugal mostraram-se surpreendidos com a decisão. "Ainda na segunda-feira passada a mesma organização manteve uma reunião de trabalho no Porto, onde foram acertados mais alguns pormenores, nada fazendo supor esta súbita decisão", afirma a autarquia portuense. O Turismo de Portugal garante que todas as entidades envolvidas cumpriram os compromissos e critica a Red Bull. "Apesar de todo o empenho e garantia do cumprimento dessas obrigações, a organização da Red Bull Air Race entendeu cancelar a prova, o que demonstra a falta de fiabilidade do promotor", diz o Turismo de Portugal.
Fonte: Público