Clijsters conquista o Open dos EUA


A belga Kim Clijsters, segunda cabeça de série, conquistou o seu terceiro título no Open dos Estados Unidos em ténis, repetindo os triunfos de 2005 e 2009, após uma final em que bateu sem dificuldade a russa Vera Zvonareva.

Praticamente a jogar em casa, a belga de 27 anos, radicada na vizinha New Jersey e "adoptada" pelo público nova-iorquino, venceu por 6-2 e 6-1, sem dar qualquer hipótese a Zvonareva, sétima pré-designada, alcançando o seu 21.º triunfo consecutivo em Flushing Meadows.

“A minha experiência ajudou-me, já que esta era a minha sétima final num Grand Slam. Eu disputei muitas finais antes de atingir o ponto de ganhar uma em torneios do Grans Slam [4]. Vera [Zvonareva] vai chegar lá se continuar assim”, afirmou Clijsters, consolando a adversária.

A número oito mundial não escondia a desilusão por sair derrotada pela segunda vez seguida numa final de um dos quatro "majors", após ter perdido o título de Wimbledon para Serena Williams.

Ainda mais porque esta, com apenas 59 minutos, foi a final mais rápida desde que a duração dos encontros passou a ser registada, em 1980. “Kim jogou super bem. Ela merece completamente esta vitória. Estou triste, mas continuo a adorar Nova Iorque”, afirmou a russa.

Clijsters não perdeu qualquer encontro em Nova Iorque desde a derrota na final de 2003 face à compatriota Justin Henin. Vencedora em 2005 e 2009, a belga esteve ausente por lesão em 2004 e 2007 e retirou-se da competição em 2007 e 2008, antes de decidir regressar aos "courts" em Agosto de 2009 para triunfar em Nova Iorque um mês depois, batendo a dinamarquesa Caroline Wozniacki na final.

Tal como no ano passado, Jada, filha de Kim Clijsters nascida há dois anos e meio do casamento com o basquetebolista norte-americano Brian Lynch, acompanhou a mãe no "court" do estádio Arthur Ashe após a entrega do troféu, mas manteve o silêncio ao microfone. A belga aproveitou para agradecer aos mais chegados e deixar uma palavra aos nova-iorquinos em dia de aniversário dos atentados de 11 de Setembro.

“Há nove anos, o mundo mudou. Foi uma honra jogar aqui e oferecer-vos um pouco de distracção neste dia”, afirmou Clijsters, que se tornou a primeira jogadora a conseguir defender um título do Open dos EUA desde que a norte-americana Venus Williams alcançou um segundo triunfo seguido em 2001.

O triunfo não vai, no entanto, permitir-lhe progredir na tabela WTA. Pelo contrário, vai cair de terceiro para quinto lugar, devido aos resultados de Zvonareva, que vai ascender à quarta posição, e da semi-finalista Venus Williams, que sobe a terceiro.

Em relação ao encontro, o equilíbrio durou apenas até ao 2-2 no primeiro "set", antes de Clijsters conseguir um "break" para colocar o resultado em 4-2. Implacável na resposta aos ataques, a belga enervou Zvonareva, que perdeu o discernimento e começou a cometer demasiados erros (24 faltas directas). A 5-2, novo "break" e primeira partida ganha em 27 minutos.

O figurino não se alterou no segundo "set". Impaciente face à "omnipresença" de Clijsters no campo, Zavonareva perdeu o seu serviço no segundo jogo com uma dupla falta e a belga chegou à vantagem de 3-1. A russa ainda reagiu, dispôs de uma bola de "break", mas a belga anulou-a com um ás, acabando com a resistência da adversária.

De novo com uma dupla falta, Zvonareva ofereceu o seu serviço no sexto jogo (5-1) e no seguinte falhou nova oportunidade de "break", permitindo a Clijsters um final de encontro tranquilo.




Fonte: Público

POSTED BY Joana Vieira
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