Super-Matheus ajuda a manter o sonho
O Sporting de Braga não vive um bom momento e poucos esperavam que, frente a um dos colossos do futebol europeu, conseguisse uma vitória histórica (2-0). Mas aconteceu. Aconteceu num jogo em que o Arsenal até foi melhor equipa, apesar de jogar com muitas das segundas linhas, mas em que
os minhotos contaram com um super-Matheus no ataque.
O brasileiro marcou dois golos, o segundo de forma espectacular, com um sprint de cerca de 40 metros concluído com um remate fortíssimo. Dois momentos para ajudar a esquecer a goleada (6-0) que os bracarenses tinham sofrido em Londres. A noite só não foi perfeita porque da Sérvia surgiu a pior notícia possível: o Partizan perdeu com Shakhtar Donetsk e complicou as contas do apuramento. Foi o ponto negro numa noite histórica, em que o Braga voltou a não permitir uma vitória dos ingleses em território português. E o Arsenal fica agora obrigado a ganhar ao Partizan.
A paisagem do jogo ficou definida muito cedo. O Braga, como todas as equipas, estava avisado para a capacidade de posse e circulação de bola do Arsenal. Domingos tentou combater esse facto procurando dar a posse de bola ao adversário longe da sua área e tentando ganhar os lances quando a formação de Londres saía para o ataque.
O resultado foi um jogo com mais Arsenal. Elderson, o lateral esquerdo, que foi uma das piores unidades em Londres, até surgiu com confiança e a tapar muitas vezes uma das armas do adversário: o jovem Theo Walcott. Mas para a estratégia de Domingos funcionar era preciso um Leandro Salino noutra forma, um Alan mais participativo, outra tranquilidade de Vandinho como pivot defensivo e uma maior atenção de Luis Aguiar.Miguel Garcia, que recebeu um voto de confiança, depois do autogolo em Guimarães, também foi uma unidade menor. Tudo junto resultou numa equipa que nunca teve posse de bola o tempo suficiente para colocar homens na área adversária. A capacidade para sair rapidamente para o ataque também nunca se viu.
O Arsenal não foi a equipa expansiva do costume. Apresentou-se algo limitado. Por lesões e poupanças do treinador francês: Wenger resguardou, por exemplo, Van Persie ou Arshavin e deixou no banco Nasri e Sagna. Apostou em Fàbregas, um jogador que vem de uma lesão e está longe da melhor forma e que acabaria por pedir a substituição na segunda parte (67’), mas esteve sempre mais perto do golo, ganhando quase todos os duelos individuais. Salvava-se, nos bracarenses, o central Rodriguez, a dar uma elevada consistência ao sector defensivo.
Na segunda parte tudo se alterou. O Arsenal começou a cometer erros, ao contrário do que tinha acontecido na primeira metade, em que o único pecado que se lhe pode apontar é o facto de não ter acertado na baliza. E a grande oportunidade do jogo surgiu aos 59’, num lance em que Matheus trabalhou muito bem e ofereceu uma excelente oportunidade a Luis Aguiar - o uruguaio não aproveitou quando tinha tudo para fazer muito melhor.
Depois, o árbitro foi generoso ao perdoar uma grande penalidade de Rodriguez sobre Chamakh, numa altura em que Domingos não parecia querer arriscar muito. Mas, aos 81’, tirou Lima e colocou em campo Elton. Uma substituição que acabou por fazer uma diferença enorme. Aos 83’, o brasileiro interceptou uma bola e lançou para as costas da defesa inglesa (desfalcada de Eboué, que entretanto saíra lesionado, o que deixou a equipa apenas com dez jogadores), Matheus recebeu e, perante a saída de Fabianski, atirou para o fundo da baliza.
O golo como que ampliou ainda mais a superioridade numérica do Braga, que naquela altura estava a ser mais incisivo. E a obra de arte surgiu ao cair do pano. Um golaço de Matheus. O brasileiro arrancou do meio-campo, bailou entre três defesas e puxou a bola para o pé esquerdo, arrancando um potente remate ao canto superior da baliza. Fabianski nada podia fazer.
Fonte: Público
O brasileiro marcou dois golos, o segundo de forma espectacular, com um sprint de cerca de 40 metros concluído com um remate fortíssimo. Dois momentos para ajudar a esquecer a goleada (6-0) que os bracarenses tinham sofrido em Londres. A noite só não foi perfeita porque da Sérvia surgiu a pior notícia possível: o Partizan perdeu com Shakhtar Donetsk e complicou as contas do apuramento. Foi o ponto negro numa noite histórica, em que o Braga voltou a não permitir uma vitória dos ingleses em território português. E o Arsenal fica agora obrigado a ganhar ao Partizan.
A paisagem do jogo ficou definida muito cedo. O Braga, como todas as equipas, estava avisado para a capacidade de posse e circulação de bola do Arsenal. Domingos tentou combater esse facto procurando dar a posse de bola ao adversário longe da sua área e tentando ganhar os lances quando a formação de Londres saía para o ataque.
O resultado foi um jogo com mais Arsenal. Elderson, o lateral esquerdo, que foi uma das piores unidades em Londres, até surgiu com confiança e a tapar muitas vezes uma das armas do adversário: o jovem Theo Walcott. Mas para a estratégia de Domingos funcionar era preciso um Leandro Salino noutra forma, um Alan mais participativo, outra tranquilidade de Vandinho como pivot defensivo e uma maior atenção de Luis Aguiar.Miguel Garcia, que recebeu um voto de confiança, depois do autogolo em Guimarães, também foi uma unidade menor. Tudo junto resultou numa equipa que nunca teve posse de bola o tempo suficiente para colocar homens na área adversária. A capacidade para sair rapidamente para o ataque também nunca se viu.
O Arsenal não foi a equipa expansiva do costume. Apresentou-se algo limitado. Por lesões e poupanças do treinador francês: Wenger resguardou, por exemplo, Van Persie ou Arshavin e deixou no banco Nasri e Sagna. Apostou em Fàbregas, um jogador que vem de uma lesão e está longe da melhor forma e que acabaria por pedir a substituição na segunda parte (67’), mas esteve sempre mais perto do golo, ganhando quase todos os duelos individuais. Salvava-se, nos bracarenses, o central Rodriguez, a dar uma elevada consistência ao sector defensivo.
Na segunda parte tudo se alterou. O Arsenal começou a cometer erros, ao contrário do que tinha acontecido na primeira metade, em que o único pecado que se lhe pode apontar é o facto de não ter acertado na baliza. E a grande oportunidade do jogo surgiu aos 59’, num lance em que Matheus trabalhou muito bem e ofereceu uma excelente oportunidade a Luis Aguiar - o uruguaio não aproveitou quando tinha tudo para fazer muito melhor.
Depois, o árbitro foi generoso ao perdoar uma grande penalidade de Rodriguez sobre Chamakh, numa altura em que Domingos não parecia querer arriscar muito. Mas, aos 81’, tirou Lima e colocou em campo Elton. Uma substituição que acabou por fazer uma diferença enorme. Aos 83’, o brasileiro interceptou uma bola e lançou para as costas da defesa inglesa (desfalcada de Eboué, que entretanto saíra lesionado, o que deixou a equipa apenas com dez jogadores), Matheus recebeu e, perante a saída de Fabianski, atirou para o fundo da baliza.
O golo como que ampliou ainda mais a superioridade numérica do Braga, que naquela altura estava a ser mais incisivo. E a obra de arte surgiu ao cair do pano. Um golaço de Matheus. O brasileiro arrancou do meio-campo, bailou entre três defesas e puxou a bola para o pé esquerdo, arrancando um potente remate ao canto superior da baliza. Fabianski nada podia fazer.
Fonte: Público