11.03.2011 - Mazgani - Teatro Aberto, Lisboa
--- Mazgani ---
Teatro Aberto, Lisboa
11.03.2011
Fotografia: Rodrigo Vargas
Texto: Filipa Leite Rosa
11.03.2011
Fotografia: Rodrigo Vargas
Texto: Filipa Leite Rosa
Se de entre as pessoas que entraram e encheram o Teatro Aberto, na passada noite de 11 de Março, havia um grupo bem definido de fãs e seguidores de Mazgani, à saída seria difícil identificar quem já não tivesse passado a fazer parte desse grupo.
O concerto dessa noite fez parte da tournée que celebra o último álbum de Mazgani, Song of Distance, e que contará com espectáculos em diversas cidades europeias. Mas o reconhecimento internacional da banda, liderada por Shahryar Mazgani, não é limitado à Europa, tendo vencido o terceiro prémio do International Songwriting Competition de Nashville com a canção “Somewhere Beneath This Sky” do primeiro álbum, Song of the New Heart (2007).
Entre os dois álbuns, Mazgani lançaram ainda um LP, Tell the People, e foi com um tema desse trabalho, “Thirst”, que o concerto teve início. O espectáculo começou sem aviso mas com a força indissociável dessa canção e intensificada pelo megafone dourado de Shahryar Mazgani, que canta as primeiras frases no meio da plateia, surpreendendo os presentes. Ao terceiro tema “Dust in the Sun”, é a vez de o público retribuir o gesto de proximidade, ouvindo-se uns uivos individuais, aqui e ali, e muitas palmas a acompanhar o ritmo da música. De facto, esta comunicação entre a plateia e o palco foi crescendo ao longo da noite, fruto das sempre provocadoras intervenções de Shahryar (“Até agora estão a portar-se muito bem. Continuem”), contrastando com a sua visível timidez. Estas tiradas deixaram na plateia um à vontade que é raro presenciar-se, tendo-se ouvido, por exemplo, uma voz masculina gritar “Meu querido!”, a que Shahryar responde “Meu amor!”, ou ainda, “És poderoso!” e muitos e muitos assobios aos passos de dança do cantor.
Esta ligação forte foi provavelmente um reflexo da personalidade de Shahryar, que mostrou sempre grande afecto para com os músicos que o acompanham e os convidados dessa noite, tendo sido constantes as trocas de beijos e abraços. A primeira convidada foi a cantora e pianista Nicole Eitner com “River of Lions”, seguida de Rui David com “Mercy” e “Moonless Garden” e, finalmente, nas palavras de Shahryar, “a minha grande amiga Sofia”, que cantou “Dance Me to the End of Love” (também com Nicole) e “Crying”. Todos estes momentos foram altamente apreciados pelo público, mas foi nas canções “Song of Distance”, o tema que dá o nome ao álbum mais recente, e “Somewhere Beneath This Sky” que se deram as grandes ovações da noite, tanto no fim como no início, assim que o público reconhecia a música pelos primeiros acordes.
É imperativo ainda referir o excelente trabalho de luzes e sombras produzido em palco, que completou cada interpretação com um espectáculo visual fantástico. Um dos elementos mais marcantes desta parte do espectáculo foi o painel colocado atrás da banda que era preenchido pelas sombras gigantes dos músicos ou era iluminado por uma luz vermelha intensa, consoante a “exigência” do ritmo de cada música.
No fim, era unânime que se tinha assistido a um espectáculo completo, que para além da personagem principal, a música, contou ainda com duas secundárias: a comunicação com o público e o trabalho visual. Como resultado disso, Mazgani conseguiu assim fidelizar mais um punhado de fãs, punhado este do tamanho da sala do Teatro Aberto.
O concerto dessa noite fez parte da tournée que celebra o último álbum de Mazgani, Song of Distance, e que contará com espectáculos em diversas cidades europeias. Mas o reconhecimento internacional da banda, liderada por Shahryar Mazgani, não é limitado à Europa, tendo vencido o terceiro prémio do International Songwriting Competition de Nashville com a canção “Somewhere Beneath This Sky” do primeiro álbum, Song of the New Heart (2007).
Entre os dois álbuns, Mazgani lançaram ainda um LP, Tell the People, e foi com um tema desse trabalho, “Thirst”, que o concerto teve início. O espectáculo começou sem aviso mas com a força indissociável dessa canção e intensificada pelo megafone dourado de Shahryar Mazgani, que canta as primeiras frases no meio da plateia, surpreendendo os presentes. Ao terceiro tema “Dust in the Sun”, é a vez de o público retribuir o gesto de proximidade, ouvindo-se uns uivos individuais, aqui e ali, e muitas palmas a acompanhar o ritmo da música. De facto, esta comunicação entre a plateia e o palco foi crescendo ao longo da noite, fruto das sempre provocadoras intervenções de Shahryar (“Até agora estão a portar-se muito bem. Continuem”), contrastando com a sua visível timidez. Estas tiradas deixaram na plateia um à vontade que é raro presenciar-se, tendo-se ouvido, por exemplo, uma voz masculina gritar “Meu querido!”, a que Shahryar responde “Meu amor!”, ou ainda, “És poderoso!” e muitos e muitos assobios aos passos de dança do cantor.
Esta ligação forte foi provavelmente um reflexo da personalidade de Shahryar, que mostrou sempre grande afecto para com os músicos que o acompanham e os convidados dessa noite, tendo sido constantes as trocas de beijos e abraços. A primeira convidada foi a cantora e pianista Nicole Eitner com “River of Lions”, seguida de Rui David com “Mercy” e “Moonless Garden” e, finalmente, nas palavras de Shahryar, “a minha grande amiga Sofia”, que cantou “Dance Me to the End of Love” (também com Nicole) e “Crying”. Todos estes momentos foram altamente apreciados pelo público, mas foi nas canções “Song of Distance”, o tema que dá o nome ao álbum mais recente, e “Somewhere Beneath This Sky” que se deram as grandes ovações da noite, tanto no fim como no início, assim que o público reconhecia a música pelos primeiros acordes.
É imperativo ainda referir o excelente trabalho de luzes e sombras produzido em palco, que completou cada interpretação com um espectáculo visual fantástico. Um dos elementos mais marcantes desta parte do espectáculo foi o painel colocado atrás da banda que era preenchido pelas sombras gigantes dos músicos ou era iluminado por uma luz vermelha intensa, consoante a “exigência” do ritmo de cada música.
No fim, era unânime que se tinha assistido a um espectáculo completo, que para além da personagem principal, a música, contou ainda com duas secundárias: a comunicação com o público e o trabalho visual. Como resultado disso, Mazgani conseguiu assim fidelizar mais um punhado de fãs, punhado este do tamanho da sala do Teatro Aberto.
-- Alinhamento --
“Thirst”
“Beggar’s Hands”
“Dust in the Sun”
“Rebel Sword”
“Nomad”
“Loving Guide”
“River of Lions”
“Song of Distance”
“Winter is Over”
“Last Words”
“Mercy”
“Moonless Garden”
“Dance Me to the End of Love”
“Crying”
“Broken Tree”
-- Encore --
“Slaughterhouse of Love”
“Lay Down”
“Somewhere Beneath This Sky”
“Strike Your Drum”
“Thirst”
“Beggar’s Hands”
“Dust in the Sun”
“Rebel Sword”
“Nomad”
“Loving Guide”
“River of Lions”
“Song of Distance”
“Winter is Over”
“Last Words”
“Mercy”
“Moonless Garden”
“Dance Me to the End of Love”
“Crying”
“Broken Tree”
-- Encore --
“Slaughterhouse of Love”
“Lay Down”
“Somewhere Beneath This Sky”
“Strike Your Drum”
Agradecimentos:
Teatro Aberto