Morreu o pintor Ângelo de Sousa
O pintor Ângelo de Sousa, uma das figuras marcantes da pintura portuguesa do último meio século, morreu ontem na sua casa no Porto, aos 73 anos, vítima de cancro.
Doente e afastado da sua arte desde há já vários meses, desapareceu agora um artista que foi "um dos protagonistas da contemporaneidade artística portuguesa, que se distinguiu sobretudo pelo seu experimentalismo e pela procura incessante de novas linguagens", disse ontem ao PÚBLICO João Fernandes, director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves (MACS). Ângelo César Cardoso de Sousa nasceu em Maputo (então Lourenço Marques), capital de Moçambique, em 1938. Em 1955 mudou-se para o Porto para frequentar a Escola de Belas-Artes, onde se formou em Pintura. Integrou, na década de 60, nesta cidade, o grupo "Os Quatro Vintes" (com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues). Criou depois uma obra pessoal e única, que se expressou principalmente na pintura, mas que cultivou muitas outras formas e disciplinas artísticas, como o desenho, a escultura, a fotografia, o cinema e o vídeo amador.
Para sintetizar o sentido da obra de Ângelo de Sousa, João Fernandes cita, de memória, o título de um quadro seu: Algumas formas ao alcance de todos. "Ele sabia criar formas e cores, que colocava ao alcance de todos nós, como ninguém o tinha feito até aí. Deixa uma obra pioneira, não só no contexto português, mas também a nível internacional, que um dia será devidamente reconhecida em todo o mundo", acrescenta o director do MACS - em cuja colecção a obra de Ângelo de Sousa está devidamente representada.
Paralelamente à sua carreira de artista, e depois de ter frequentado, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, a State School of Art e a Saint Martin"s School of Art, ambas em Londres, Ângelo de Sousa leccionou na ESBAP, onde se jubilou, no ano 2000, com a categoria de professor catedrático.
Desde o início da década de 60 realizou inúmeras exposições individuais e participou em colectivas em Portugal e muitos outros países.
Entre os vários prémios com que foi distinguido, assinalam-se o da Bienal de Arte de S. Paulo (1975), no Brasil, e o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian/Arte (2007), em Lisboa.
Fonte: Público
Doente e afastado da sua arte desde há já vários meses, desapareceu agora um artista que foi "um dos protagonistas da contemporaneidade artística portuguesa, que se distinguiu sobretudo pelo seu experimentalismo e pela procura incessante de novas linguagens", disse ontem ao PÚBLICO João Fernandes, director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves (MACS). Ângelo César Cardoso de Sousa nasceu em Maputo (então Lourenço Marques), capital de Moçambique, em 1938. Em 1955 mudou-se para o Porto para frequentar a Escola de Belas-Artes, onde se formou em Pintura. Integrou, na década de 60, nesta cidade, o grupo "Os Quatro Vintes" (com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues). Criou depois uma obra pessoal e única, que se expressou principalmente na pintura, mas que cultivou muitas outras formas e disciplinas artísticas, como o desenho, a escultura, a fotografia, o cinema e o vídeo amador.
Para sintetizar o sentido da obra de Ângelo de Sousa, João Fernandes cita, de memória, o título de um quadro seu: Algumas formas ao alcance de todos. "Ele sabia criar formas e cores, que colocava ao alcance de todos nós, como ninguém o tinha feito até aí. Deixa uma obra pioneira, não só no contexto português, mas também a nível internacional, que um dia será devidamente reconhecida em todo o mundo", acrescenta o director do MACS - em cuja colecção a obra de Ângelo de Sousa está devidamente representada.
Paralelamente à sua carreira de artista, e depois de ter frequentado, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, a State School of Art e a Saint Martin"s School of Art, ambas em Londres, Ângelo de Sousa leccionou na ESBAP, onde se jubilou, no ano 2000, com a categoria de professor catedrático.
Desde o início da década de 60 realizou inúmeras exposições individuais e participou em colectivas em Portugal e muitos outros países.
Entre os vários prémios com que foi distinguido, assinalam-se o da Bienal de Arte de S. Paulo (1975), no Brasil, e o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian/Arte (2007), em Lisboa.
Fonte: Público