Tóquio em risco de apagão
Depois do sismo, do maremoto e dos danos nas centrais nucleares, os japoneses da região Leste tê agora outro inimigo: o Inverno e as temperaturas abaixo de zero. Por causa dele, Tóquio, onde se vive com calma à superfície mas com medo debaixo da pele, pode ficar totalmente às escuras.
Toda a região Leste do Japão, onde se situa a capital, Tóquio, está em risco de sofrer um apagão se o consumo de energia eléctrica não abrandar, advertiu o ministro da Indústria, Banri Kaieda. Este responsável explicou que quando se aproximar o pico de consumo, é possível que a procura seja maior do que a produção que foi bastante reduzida depois do sismo e maremoto que danificaram as centrais nucleares e outras infraestruturas.
Banri Kaieda, citado pela AFP, disse que ontem à noite – hora japonesa – que o consumo já se aproximou muito da produção. E apelou aos japoneses para que tentem por tudo não consumir energia: “Imploramos a ajuda de todos”. Porém, as temperaturas nesta região do país continuavam a cair para níveis abaixo de zero, baralhando ainda mais a vida dos japoneses e dos mais de 35 milhões de habitantes das prefeituras que constituem Tóquio. E o pior, dizem, é não saber a verdade, não ter dados suficientes para tomar decisões.
Para baralhar mais os dados, um porta-voz do Governo citado pela Reuters desdramatizava as declarações de Banri Kaieda dizendo que os cidadãos devem reduzir o consumo de energia mas que são poucas as probabilidades do apagão acontecer.
Perante as incertezas, Tóquio continuava a esvaziar-se. Os que podem continuam a sair do país. E as agências noticiosas davam conta de filas no centro de passaportes da cidade. “Subitamente começámos a ter mais pedidos, 1,5 vezes mais do que o habitual”, disse à Reuters um funcionário, Shigeaki Ohashi. E há quem chegue ao aeroporto sem reserva ou destino escolhido, optando pelo que houver para se afastar da cidade e do país até estar resolvida a crise nuclear nas centrais danificadas pela catástrofe natural – sobretudo Fukushima –, que fizeram subir os níveis de radiação na capital japonesa até três vezes mais do que o considerado normal.
Em todo o país, mas em especial nas zonas mais afectadas pelo sismo e maremoto, há 850 mil de habitações sem electricidade. (Um milhão e meio não tem água potável.
Mais em: Público
Toda a região Leste do Japão, onde se situa a capital, Tóquio, está em risco de sofrer um apagão se o consumo de energia eléctrica não abrandar, advertiu o ministro da Indústria, Banri Kaieda. Este responsável explicou que quando se aproximar o pico de consumo, é possível que a procura seja maior do que a produção que foi bastante reduzida depois do sismo e maremoto que danificaram as centrais nucleares e outras infraestruturas.
Banri Kaieda, citado pela AFP, disse que ontem à noite – hora japonesa – que o consumo já se aproximou muito da produção. E apelou aos japoneses para que tentem por tudo não consumir energia: “Imploramos a ajuda de todos”. Porém, as temperaturas nesta região do país continuavam a cair para níveis abaixo de zero, baralhando ainda mais a vida dos japoneses e dos mais de 35 milhões de habitantes das prefeituras que constituem Tóquio. E o pior, dizem, é não saber a verdade, não ter dados suficientes para tomar decisões.
Para baralhar mais os dados, um porta-voz do Governo citado pela Reuters desdramatizava as declarações de Banri Kaieda dizendo que os cidadãos devem reduzir o consumo de energia mas que são poucas as probabilidades do apagão acontecer.
Perante as incertezas, Tóquio continuava a esvaziar-se. Os que podem continuam a sair do país. E as agências noticiosas davam conta de filas no centro de passaportes da cidade. “Subitamente começámos a ter mais pedidos, 1,5 vezes mais do que o habitual”, disse à Reuters um funcionário, Shigeaki Ohashi. E há quem chegue ao aeroporto sem reserva ou destino escolhido, optando pelo que houver para se afastar da cidade e do país até estar resolvida a crise nuclear nas centrais danificadas pela catástrofe natural – sobretudo Fukushima –, que fizeram subir os níveis de radiação na capital japonesa até três vezes mais do que o considerado normal.
Em todo o país, mas em especial nas zonas mais afectadas pelo sismo e maremoto, há 850 mil de habitações sem electricidade. (Um milhão e meio não tem água potável.
Mais em: Público