Benfica vence Leixões
Quando o Benfica entrou em campo conhecia já os resultados do Sp. Braga e do Clássico, desfechos que não permitiam qualquer veleidade junto do adversário. Jorge Jesus não poupou jogadores para a jornada europeia com o AEK, em Atenas, a 1 de Outubro, pelo que Javi García e Ramires entraram de início, após queixas apresentadas durante a semana. César Peixoto foi mesmo a novidade no onze, com Shaffer e Keirrison a ficarem na bancada.
Já o Leixões só não repetiu a equipa que bateu o V. Guimarães por 3-1, devido à lesão de Fernando Alexandre que forçou José Mota a mexer no onze e a chamar Hugo Morais para o meio-campo, com Wénio a assumir as tarefas mais defensivas. A primeira vitória servia de mote aos visitantes, aquém do brilhante arranque da época passada e de má memória para os grandes, sobretudo.
A entrada fulgurante do Benfica não apanhou o Leixões desprevenido, mas mais por desacerto dos encarnados que por sucesso dos visitantes. Logo aos três minutos, um livre de Aimar descobriu Cardozo, que atirou para defesa à queima-roupa de Diego, com Maxi Pereira a acertar ao poste na recarga e o ressalto em Saviola a ser desviado por Nuno Silva.
Aos 20 minutos, nova benesse do Leixões, que Cardozo desperdiçou por centímetros. Laranjeiro e Nuno Silva falharam o corte e o paraguaio ganhou a corrida com Tucker, acabando por atirar ao lado do poste esquerdo da baliza de Diego.
O segundo cartão amarelo a Pouga, aos 27 minutos, após falta sobre Di María, deitou por terra a estratégia do Leixões, já de si desgastada com as demoras na reposição de bola. O Benfica continuou a sofrer... faltas, mas a encontrar melhor os espaços e o caminho do golo. Aimar não inaugurou o marcador em cima do intervalo, após jogada de Maxi Pereira e toque de Saviola, mas assistiu David Luiz para o primeiro golo, central que respondeu de cabeça a um livre do argentino, precedido de cartão amarelo, por, alegadamente, Aimar ter colocado a bola fora da zona apontada pelo árbitro.
Terceira goleada da época
O descanso chegou cedo na segunda parte, com Nuno Silva a ver o cartão vermelho directo, após falta sobre Aimar na pequena área. O árbitro assinalou grande penalidade, que Cardozo tratou de não desperdiçar, batendo Diego com o seu pé esquerdo, e mantendo o primeiro lugar isolado dos melhores marcadores do campeonato. Estava feito o 2-0 aos 56 minutos.
Joel entrou aos 60 minutos para o lugar de Léo, para reforçar a defesa, desfalcada com a expulsão de Nuno Silva. Pouco depois saiu Javi García para a entrada de Coentrão, a primeira poupança de Jorge Jesus.
Perdido, o Leixões tentava evitar um mal pior, mas sem êxito. E nem a saída de Aimar, aos 74 minutos, para premiar a excelente exibição do argentino e o seu regresso à selecção pelos mais de 43 mil adeptos presentes, abrandou o ritmo dos encarnados.
O desnorte dos de Matosinhos sentia-se a cada jogada, o desgaste também e o 3-0 chegou com naturalidade, por Ramires, após cruzamento de César Peixoto, aos 75 minutos. Tal como a goleada fazia sentido, nesta altura. E assim aconteceu. O médio brasileiro serviu Maxi Pereira para o quarto golo e o uruguaio respondeu com eficácia. A fechar as contas, Cardozo assinou o seu sétimo da temporada, após nova assistência de César Peixoto.
Fonte: MaisFutebol