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O treinador do Sporting não poupou o árbitro Duarte Gomes e o presidente da Comissão de Arbitragem, Vítor Pereira, na “flash interview” a seguir ao jogo do Sporting no Dragão, que terminou com a derrota dos “leões” por 1-0 e com as expulsões de Polga e Miguel Veloso.

Foi em especial em relação ao cartão vermelho a Veloso que Bento mais se irritou e também ele acabou expulso pelo árbitro do jogo Duarte Gomes. Isto faz com que o técnico do Sporting seja reincidente, depois dos dois castigos anteriores com uma suspensão de 12 meses.

No primeiro, após o Benfica-Sporting, em Setembro de 2007, quando afirmou existir “falta de vergonha de quem dirige os jogos e os árbitros” e, em Março deste ano, na final da Taça da Liga também frente ao Benfica, chamando “roubo” à arbitragem de Lucílio Baptista.

Segundo o Regulamento Disciplinar, nos casos de reincidência, as penas referidas no número 1 do artigo 107.º serão agravadas para o dobro. Se no primeiro artigo diz que os dirigentes “são punidos com a pena de suspensão de um mês a um ano”, o artigo 2 lembra que as penas para quem reincide passam a ser agravada para o dobro.

As palavras de Bento no final do clássico no Dragão:

"O jogo acabou por se estragar por outros motivos, que são normalmente os motivos que estragam um jogo de futebol. Assumimos os nossos erros, mas as questões que se vão passando e a dualidade de critérios penalizou-nos. O Miguel Veloso fez duas faltas ao longo do jogo e levou dois amarelos. A primeira é inexistente e o árbitro até pediu desculpa. Quem como eu jogou durante 15 anos à bola conhece-os a todos e sabe como os árbitros fazem as coisas. Não há coincidências. No final da primeira parte, percebi que ele não ia expulsar o Raul Meireles. O Sporting é demasiado simpático com certas situações. Não quis falar sobre o Duarte Gomes e depois pagam os jogadores e o treinador. Não foi uma nomeação normal, mas vindo de quem vem não me surpreende. O grande problema desse senhor [Vítor Pereira] é que esteve para vir dar a cara sobre a nomeação mas acobardou-se. Nas situações mais fáceis dão a cara, nas mais difíceis ficam calados."

Fonte: Público