20º Festival Internacional de BD da Amadora


Os 50 anos de Astérix e da carreira de Maurício de Sousa (turma da Mônica) são as principais atracções do 20º Festival Internacional de BD da Amadora, que se realiza entre 23 de Outubro e 8 de Novembro. A maioria das exposições são apresentadas no Fórum Camões (Brandoa), mas há também núcleos espalhados por outros equipamentos do concelho.


O tema central do festival é “O Grande Vigésimo”, infeliz adaptação de um lema adoptado há anos pelo Festival de Angoulême (França), apostando num trocadilho com o jornal belga Le Petit Vingtième, onde surgiu pela primeira vez Tintin, que se perde por completo na sua transposição para português.


A ideia é equacionar o papel do certame na dinamização da BD em Portugal através de quatro núcleos – Almanaque (os anos editoriais), Contemporaneidade Portuguesa (relação entre a BD e a arte portuguesa contemporânea), Colecção CNBDI (acervo de originais recolhidos) e 20 Anos de Concurso (os autores que iniciaram a sua carreira nos concursos do festival)


A programação internacional não tem grandes motivos de interesse: o argumentista argentino Hector Oesterheld (que já registou presença numa exposição no ano passado), o brasileiro Maurício de Sousa, presença recorrente no festival, e uma mostra de coleccionismo relacionada com o mundo de Astérix. O italiano Giorgio Fratini e o francês Emmanuel Lepage completam a lista de autores estrangeiros com direito a exposição autónoma.


Há ainda a referir duas mostras colectivas com autores polacos e canadianos (destes últimos, têm presença confirmada no festival Cameron Stewart, Karl Kerschl e Ramón Pérez). Os argentinos Óscar Zarate e Carlos Sampayo e o belga Johan De Moor são outros autores confirmados no festival.


Em contrapartida, a participação da banda desenhada portuguesa aparece este ano consideravelmente reforçada. Há exposições dos clássicos José Garcês (História do Jardim Zoológico de Lisboa, no Fórum Camões) e José Ruy (Riscos do Natural, na Escola Superior de Teatro e Cinema). Das gerações mais novas, o festival inclui exposições sobre Rui Lacas e António Jorge Gonçalves (prémios nacionais de BD 2008) na Brandoa. No Centro Comercial Dolce Vita Tejo estará patente a colectiva Em Traços Miúdos, com obras de Ricardo Ferrand, Pedro Leitão e José Abrantes.


Dois nomes de referência da BD portuguesa são homenageados: Vasco Granja, falecido este ano, é evocado na Galeria Municipal Artur Boal. Na Casa Roque Gameiro assinala-se o centenário do nascimento de Adolfo Simões Müller, cujo papel na dinamização de publicações periódicas primeira metade do século XX foi fundamental.



Fonte: Público

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