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Há 300 anos que o auto-retrato do pintor flamengo fazia parte da colecção particular do conde de Jersey. O quadro foi acabado meses antes de Anthony Van Dyck morrer, em 1641, aos 42 anos.

Este é apenas um dos três auto-retratos que Van Dyck pintou em Inglaterra – um está na posse do Duque de Westminster e o outro, em que o pintor está na companhia do seu amigo Endymion Porter, encontra-se no Museu do Prado, em Madrid.

A venda do último quadro do pintor, na posse da mesma família desde 1712, deverá ultrapassar os três milhões de libras (cerca de 3,2 milhões de euros). O leilão irá decorrer em Londres, no dia 9 de Dezembro.

Segundo o jornal inglês “The Independent”, David Moore-Gwin, vice-presidente da Sotheby’s, descreveu a obra como “o retrato mais importante de Van Dyck a vir a leilão” na sua carreira de 35 anos na leiloeira. Moore-Gwin reconheceu também que Van Dyck foi “um dos maiores pintores do mundo e um dos poucos [dessa categoria] a trabalhar em Inglaterra”.

A obra esteve recentemente na Tate Gallery, na exposição “Van Dyck and Britain”.

De acordo com o britânico “Times”, o quadro terá pertencido, numa fase inicial, ao seu aprendiz preferido, Sir Peter Lely, que se tornaria no principal pintor da corte de Carlos II.

A última vez que esteve no mercado foi em 1712, tendo sido comprado por Sir Francis Child, um banqueiro londrino. Um dos seus descendentes tornou-se familiar do conde de Jersey e o quadro tem permanecido na posse da família desde então.


Fonte: Público