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Um grupo de 49 mil portugueses vai começar a ser vacinado dia 26 de Outubro, sendo que até ao final do ano deverão estar imunizados um milhão de portugueses. Ou seja, a grande parte das vacinas (dois milhões) só será usada a partir de Janeiro.

Questionada sobre a hipótese de a vacinação decorrer já depois do pico da pandemia, a ministra da Saúde, Ana Jorge disse hoje, em conferência de imprensa, que tal se deve ao ritmo possível de produção da vacina por parte do laboratório e nada tem a ver com qualquer incapacidade do país.

Dada a impossibilidade de ter mais doses disponíveis, as primeiras 49 mil doses servirão para imunizar grupos considerados essenciais, como os profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) considerados "imprescindíveis e insubstituíveis nos seus locais de trabalho". As grávidas no segundo e terceiro trimestres, mas apenas se tiverem patologias graves associadas, assim como doentes crónicos (com diabetes, obesidade, patologias cardíacas ou respiratórias) farão parte desta primeira fatia de vacinados.

Deverão ser os médicos de família a indicar a pessoa em causa para vacinação ou, caso sejam pessoas seguidas no sector privado, os médicos devem passar uma declaração onde atestem, sob compromisso de honra, que a pessoa faz parte deste primeiro grupo. Sem este documento, esclareceu a titular da pasta da Saúde, não será autorizada a administração da vacina. As imunizações serão sempre feitas nos centros de saúde.

Nas 49 mil doses estarão ainda incluídos profissionais de vários sectores considerados essenciais "ao normal funcionamento da sociedade". Ana Jorge deu como exemplo funcionários de empresas que fornecem serviços como gás, electricidade, comunicações, segurança, saneamento e também da comunicação social, mas não especificou quantos serão. Caberá às empresas apontá-las, de acordo com os planos de contingência que devem ter descrito o número de funcionários essenciais. Nesta primeira fase deverão ainda ser vacinados os titulares de órgãos de soberania.

Ana Jorge afirma que estas 49 mil pessoas receberão as duas doses, uma vez que ainda não estão concluídos os ensaios clínicos que permitirão saber se basta uma dose para imunizar contra a gripe A (H1N1). Portugal tem encomendadas vacinas para três milhões de portugueses.


Fonte: Público