Vendem-se amigos no Facebook
A família de Michael Jackson, o departamento de turismo da Coreia do Sul, a Igreja Mórmon e os “marines” norte-americanos. Dizem os rumores que todos já compraram amigos através de uma empresa australiana de marketing online que vende amigos nas redes sociais e está a causar polémica.
A uSocial.net começou por vender “followers” na rede social Twitter, mas esta semana passou também a angariar amigos e fãs no popular Facebook. Mas não de graça. Mil amigos custam 177,30 dólares (cerca de 124 euros) e cinco mil amigos (o limite máximo autorizado pelo Facebook) valem 654,30 dólares (cerca de 444 euros).
Mas porquê pagar para ser popular? Ter muitos amigos no Facebook significa ganhar uma rede de contactos bem recheada, ideal para fazer publicidade ou divulgar um trabalho, responde o uSocial no seu site. A ideia não entusiasma os proprietários do Facebook.
“Já abrimos uma investigação, mas parece claro que os potenciais clientes devem ser prudentes”, indicaram os responsáveis do Facebook, através de um comunicado. É que se é tão fácil angariar amigos, desfazer-se deles caso não respondam aos objectivos pretendidos não o será tanto, acrescentaram.
A rede social mais popular da internet com mais de 250 milhões de utilizadores deixa ainda um sério aviso: todos os que comprarem “amigos” para fins comerciais arriscam-se a ter a “conta bloqueada de modo permanente” no Facebook.
Mas o fundador e proprietário do uSocial tem outro entendimento. Para Leon Hill, um jovem de 24 anos, o serviço é útil para empresários, músicos e artistas que queiram divulgar os trabalhos. À agência AFP, Leon Hill garantiu que os termos de uso e política de privacidade do Facebook não são violados, como acusa a empresa.
Os “amigos” são angariados conforme os interesses: se uma banda rock quiser comprar mil fãs, o uSocial começa a bombardear fãs dos U2 com “friends requests” no Facebook. No final, a última palavra é sempre do utilizador. "Não manipulámos as contas", assegura Leon Hill.
Certo é que o Facebook não é o único a torcer o nariz ao uSocial. O Twitter já tentou fechar o serviço, acusando-o de lançar spam.
Fonte: ionline