Portas: «Nem coligação nem acordos»



Paulo Portas disse que o objectivo do CDS é ser «a melhor oposição ao próximo Governo». Quanto à questão da possibilidade de uma coligação ou acordos com o PS, o líder popular respondeu com um «não».

«Ficou claro que o CDS recebeu mandato para ser oposição, o que significa nem coligação nem acordos», afirmou Paulo Portas na sede do partido, em Lisboa, depois de um encontro de duas horas, esta tarde, com José Sócrates. «Sempre disse que não estava obcecado nem por cargos nem por lugares, podem hoje confirmá-lo com toda a naturalidade».

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O líder do CDS salientou ainda: «Verificaremos lei a lei, proposta a proposta aquilo que nos é apresentado e tomaremos a iniciativa de apresentar projectos de lei e propostas que signifiquem o avanço das nossas políticas».

Paulo Portas recusou explicar se o líder do PS lhe propôs uma coligação governativa ou qualquer tipo de acordo. «Não estou a dizer que esta matéria foi uma resposta a qualquer pergunta do primeiro-ministro», apontou.

Paulo Portas salientou que o mandato que recebeu nas últimas eleições foi para trabalhar na oposição e que foi isso que transmitiu a José Sócrates. «Tencionamos trabalhar, e muito, para ser a melhor oposição ao próximo Governo, que é socialista», frisou.

O líder popular garantiu que a «independência» em relação ao Governo «estende-se a qualquer outro partido político». «Temos um caminho próprio», afirmou, com um duplo aviso ao Governo e à oposição, e um alerta à «responsabilidade».

«Não é altura para atitudes irresponsáveis. Desaconselhei por isso a apresentação de uma moção de confiança. O povo não deu uma maioria ao PS e apresentar uma tal moção de confiança significaria esticar a corda e começar mal», salientou. Mas, ao mesmo tempo, Paulo Portas disse também que são desaconselháveis «iniciativas de rejeição, que atirariam o país para situações incompreensíveis e sem saída».

Durante a conferência de imprensa desta tarde, Paulo Portas passou em revista dez pontos de um caderno de encargos que apresentou como vectores fundamentais do partido na legislatura que se inicia.

Entre estes pontos está a proposta da revisão do modelo de avaliação dos professores, mais apoios para as pequenas e médias empresas, a revisão das leis penais e o aumento das pensões mais baixas.


Fonte: IOL

POSTED BY Joana Vieira
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