Portugal joga contra a Hungria
Um velho princípio marxista diz que a história se repete sempre duas vezes. Aplicando a máxima ao Portugal-Hungria da noite deste sábado (20h45), resta à selecção portuguesa escolher que parte da sua história quer repetir: se a vitória de 9 de Outubro de 1999 (fez ontem dez anos), no antigo Estádio da Luz, por 3-0, frente a este mesmo adversário; se o percurso sem triunfos em solo português nesta fase de qualificação para o Mundial 2010.
O que, esta noite, não se repetirá de certeza é o “onze” que Queiroz lançou de início quando visitou Budapeste. Privado de Pepe, suspenso por um jogo, e de Tiago, lesionado na coxa esquerda, o seleccionador português tem de mexer na equipa. Nada de novo para o técnico que, nos oito jogos já cumpridos neste Grupo 1, nunca repetiu o mesmo “onze” titular.
Miguel Veloso é um forte candidato para a posição de “trinco”. Mas nada impede uma adaptação de Raul Meireles a essa posição, o que obrigaria a mexer no resto do sector intermédio. Queiroz não quis desfazer o segredo na conferência de imprensa antes do jogo. A única coisa que revelou é que “a ordem é para atacar”.
Sem mexer no esquema 4x4x2 losango, usado nas visitas a Copenhaga e Budapeste, falta alguém que ocupe as funções de Tiago. O médio foi o único a realizar apenas corrida no treino realizado na Luz. No seu lugar podem surgir Simão, Nani, João Moutinho ou até Pedro Mendes, regressado à selecção após longa ausência.
Bruno Alves está “muito optimista”. “Temos jogadores para colmatar qualquer ausência”, disse o central. Já Queiroz preferiu sublinhar que “todos estão aptos a dar o seu contributo”.
Bosingwa recuperou de uma lesão muscular, assim como Cristiano Ronaldo, que andou toda a semana em cuidados, para debelar uma lesão no tornozelo direito. “Estou quase a 100 por cento”, disse o jogador. Uma boa notícia para Queiroz, mesmo que o avançado apresente, nesta campanha, um registo fraco (ver caixa).
A “brincadeira” de Rooney
Má notícia para Wayne Rooney seria a qualificação de Portugal, disse, ontem, o internacional inglês. Para Queiroz, que treinou o avançado no Manchester United, essa frase representa o respeito pela qualidade portuguesa, enquanto Ronaldo considerou-a “uma brincadeira”. “Ele sabe que não tem boas recordações de Portugal, que é uma equipa sempre candidata a ganhar”, retorquiu Ronaldo. “Tenho a certeza de que, se nos apurarmos, vamos fazer muito melhor do que nesta fase de qualificação”. Para isso, há que chegar lá e Queiroz entende que “a oportunidade está aí”. “Não queremos deixá-la fugir”, disse.
Na realidade, Portugal não controla o seu destino. Tem de ultrapassar Hungria e Malta, mas só chegará ao Mundial se Dinamarca e Suécia deixarem. Desde a era Scolari que a selecção não ganha em casa. A última vez foi há quase dois anos (17 de Novembro de 2007, 1-0 sobre a Arménia). Desde então, está sem pontaria diante do seu público. Se for esta a história a repetir neste sábado, a brincadeira de Rooney torna-se séria.
Fonte: Público
O que, esta noite, não se repetirá de certeza é o “onze” que Queiroz lançou de início quando visitou Budapeste. Privado de Pepe, suspenso por um jogo, e de Tiago, lesionado na coxa esquerda, o seleccionador português tem de mexer na equipa. Nada de novo para o técnico que, nos oito jogos já cumpridos neste Grupo 1, nunca repetiu o mesmo “onze” titular.
Miguel Veloso é um forte candidato para a posição de “trinco”. Mas nada impede uma adaptação de Raul Meireles a essa posição, o que obrigaria a mexer no resto do sector intermédio. Queiroz não quis desfazer o segredo na conferência de imprensa antes do jogo. A única coisa que revelou é que “a ordem é para atacar”.
Sem mexer no esquema 4x4x2 losango, usado nas visitas a Copenhaga e Budapeste, falta alguém que ocupe as funções de Tiago. O médio foi o único a realizar apenas corrida no treino realizado na Luz. No seu lugar podem surgir Simão, Nani, João Moutinho ou até Pedro Mendes, regressado à selecção após longa ausência.
Bruno Alves está “muito optimista”. “Temos jogadores para colmatar qualquer ausência”, disse o central. Já Queiroz preferiu sublinhar que “todos estão aptos a dar o seu contributo”.
Bosingwa recuperou de uma lesão muscular, assim como Cristiano Ronaldo, que andou toda a semana em cuidados, para debelar uma lesão no tornozelo direito. “Estou quase a 100 por cento”, disse o jogador. Uma boa notícia para Queiroz, mesmo que o avançado apresente, nesta campanha, um registo fraco (ver caixa).
A “brincadeira” de Rooney
Má notícia para Wayne Rooney seria a qualificação de Portugal, disse, ontem, o internacional inglês. Para Queiroz, que treinou o avançado no Manchester United, essa frase representa o respeito pela qualidade portuguesa, enquanto Ronaldo considerou-a “uma brincadeira”. “Ele sabe que não tem boas recordações de Portugal, que é uma equipa sempre candidata a ganhar”, retorquiu Ronaldo. “Tenho a certeza de que, se nos apurarmos, vamos fazer muito melhor do que nesta fase de qualificação”. Para isso, há que chegar lá e Queiroz entende que “a oportunidade está aí”. “Não queremos deixá-la fugir”, disse.
Na realidade, Portugal não controla o seu destino. Tem de ultrapassar Hungria e Malta, mas só chegará ao Mundial se Dinamarca e Suécia deixarem. Desde a era Scolari que a selecção não ganha em casa. A última vez foi há quase dois anos (17 de Novembro de 2007, 1-0 sobre a Arménia). Desde então, está sem pontaria diante do seu público. Se for esta a história a repetir neste sábado, a brincadeira de Rooney torna-se séria.
Fonte: Público