Três manifestantes condenados à morte
O Irão anunciou hoje três condenações à morte de manifestantes ligados aos protestos contra as presidenciais de Junho, noticiou a agência Isna.
“Três pessoas que participaram nos incidentes pós-eleitorais foram condenadas à morte” pelo Tribunal Revolucionário de Teerão, indicou a agência, citando um porta-voz do Ministério da Justiça, Zahed Bashiri Rad.
O anúncio dos resultados das eleições de 12 de Junho, que levaram à recondução do Presidente Mahmoud Ahmadinejad, desencadearam a mais grave crise política das três décadas da República Islâmica. Os manifestantes denunciavam fraudes maciças e exigiam um novo escrutínio. A violência fez 36 mortos, segundo os números oficiais – a oposição fala em 72. As autoridades detiveram quatro mil pessoas, a maioria libertadas em seguida, mas 200 continuam presas e 140 compareceram em tribunal.
O mesmo responsável adiantou que os três condenados, identificados apenas pelas suas iniciais, foram considerados culpados de ligações a organizações terroristas proibidas no Irão. “M.Z. e A.P. foram condenados pelos laços à Associação Monárquica do Irão, e N.A. pelas suas ligações aos Monafeghin”, ou Moujahidine do Povo, um grupo de oposição no exílio.
Bashiri Rad ressalvou que as condenações “não são definitivas” e que os arguidos podem recorrer da sentença ao Tribunal Supremo. A AFP adianta que a lei iraniana prevê que as condenações à morte sejam revistas por uma instância de recurso e depois pelo Supremo antes de serem executadas.
Na quinta-feira, o site reformista Mowjcamp tinha avançado com a notícia de que Mohammad Reza Ali Zamani, membro da Associação Monárquica, de 37 anos, recebera a pena capital pelo seu envolvimento nas manifestações. A agência francesa não obteve a confirmação de que o arguido identificado como M.Z. fosse a mesma pessoa. Esta condenação já tinha levado a Amnistia Internacional a pedir a anulação da pena.
Zamani foi a julgamento a 8 de Agosto, no mesmo dia da universitária francesa Clotilde Reiss, de 24 anos, libertada sob caução.
Fonte: Público
“Três pessoas que participaram nos incidentes pós-eleitorais foram condenadas à morte” pelo Tribunal Revolucionário de Teerão, indicou a agência, citando um porta-voz do Ministério da Justiça, Zahed Bashiri Rad.
O anúncio dos resultados das eleições de 12 de Junho, que levaram à recondução do Presidente Mahmoud Ahmadinejad, desencadearam a mais grave crise política das três décadas da República Islâmica. Os manifestantes denunciavam fraudes maciças e exigiam um novo escrutínio. A violência fez 36 mortos, segundo os números oficiais – a oposição fala em 72. As autoridades detiveram quatro mil pessoas, a maioria libertadas em seguida, mas 200 continuam presas e 140 compareceram em tribunal.
O mesmo responsável adiantou que os três condenados, identificados apenas pelas suas iniciais, foram considerados culpados de ligações a organizações terroristas proibidas no Irão. “M.Z. e A.P. foram condenados pelos laços à Associação Monárquica do Irão, e N.A. pelas suas ligações aos Monafeghin”, ou Moujahidine do Povo, um grupo de oposição no exílio.
Bashiri Rad ressalvou que as condenações “não são definitivas” e que os arguidos podem recorrer da sentença ao Tribunal Supremo. A AFP adianta que a lei iraniana prevê que as condenações à morte sejam revistas por uma instância de recurso e depois pelo Supremo antes de serem executadas.
Na quinta-feira, o site reformista Mowjcamp tinha avançado com a notícia de que Mohammad Reza Ali Zamani, membro da Associação Monárquica, de 37 anos, recebera a pena capital pelo seu envolvimento nas manifestações. A agência francesa não obteve a confirmação de que o arguido identificado como M.Z. fosse a mesma pessoa. Esta condenação já tinha levado a Amnistia Internacional a pedir a anulação da pena.
Zamani foi a julgamento a 8 de Agosto, no mesmo dia da universitária francesa Clotilde Reiss, de 24 anos, libertada sob caução.
Fonte: Público